Redação TN Petróleo/Assessoria Firjan
A nova edição da Pesquisa ESG da Firjan, lançada durante o Rio Construção Summit, nesta quarta-feira (20/9), atualizou o público incluindo um total de 162 empresários associados à federação. Na primeira, em 2021, foram ouvidas 64 grandes empresas ligadas aos Conselhos Empresariais da federação. Um dos principais interesses da Pesquisa foi visualizar como as empresas evoluíram em relação à adoção dos critérios ESG às suas práticas.
A pesquisa teve grande amplitude setorial e atingiu grandes, médias, pequenas e microempresas nacionais e multinacionais. Verificou-se um elevado nível de conhecimento das empresas sobre o ESG: 85% adotam os critérios na sua estratégia de negócios e 71% na gestão dos fornecedores. “Isso é muito relevante: 87% das empresas afirmaram conhecer o termo ESG. Esses resultados mostram que o empresário sabe o que é, conhece o ESG, adota os critérios no seu modelo de negócios e utiliza na gestão dos seus fornecedores. A mensagem indica uma linha que já havíamos percebido em 2021”, analisa Jorge Peron Mendes, gerente de Sustentabilidade da Firjan.
Entre os eixos temáticos mais adotados, o Ambiental se destaca, mas houve também um resultado crescente do eixo de Governança. Isso não surpreende. O ambiental tem uma legislação de base consolidada, desde a década de 80. Os critérios ambientais são amplamente usados na concessão de empréstimo e na classificação de empresas. Foi possível notar também um aumento no percentual das empresas que adotaram critérios do eixo Social.
“Destaque para o amadurecimento do mercado, no eixo de Governança. Foi o que mais evoluiu em relação à última Pesquisa. Isso mostra a prática de atributos como ética, compliance, transparência em modelos de negócio, além do amadurecimento nas relações com os governos, traduzidas em práticas anticorrupção e informação de dados. Excelente notícia,” completa Peron.
Na questão: “Por que as empresas adotaram ESG como estratégia de negócios”, a maioria das empresas respondeu que era para reforçar a reputação da marca na sociedade. “O ESG é uma ferramenta corporativa de gestão de risco. A aplicação na gestão de fornecedores está ligada à cadeia de valor. Os fornecedores também fazem parte do risco do negócio. Estão incluídos na política de integridade e compliance. A aplicação na gestão de fornecedores é uma estratégia de sustentabilidade”, completa Andréa Lopes (foto), especialista em Sustentabilidade da Firjan.
A empresa que contrata, reconhece que o fornecedor é parte do negócio e da sua reputação. Cresce nas grandes corporações, mas já é uma prática empresarial geral. As empresas apontaram que os principais problemas em relação ao ESG é encontrar fornecedores e parceiros que atendam aos critérios. É um grande desafio. As grandes devem ajudar as médias, pequenas e micro a se desenvolver.
“A Firjan tem capacitações, como as do IEL, que integram as empresas no processo ESG. Assim a grande empresa reduz seu risco de negócio e passa a contar com parceiros mais qualificados que entendem o ESG como ferramenta de gestão de risco, transformando todo o processo. É um jogo de ganha-ganha. A capacidade de mobilizar muitos atores com impacto positivo”, garante Andréa.
O presidente da Firjan, Eduardo Eugenio Gouvea Vieira, acredita que as empresas têm um papel fundamental como impulsionadores das mudanças necessárias para ampla adoção da agenda ESG na indústria. "Uma estratégia de negócios alinhada aos critérios ESG é fundamental para a reputação das empresas perante os investidores, consumidores, colaboradores e outros atores. E uma surpresa muito positiva constatada na pesquisa deste ano foi o amadurecimento do mercado em relação ao eixo governança. É excelente constatarmos o aumento de práticas como ética, compliance e transparência em modelos de negócio, além do amadurecimento nas relações com os governos, traduzido em práticas anticorrupção e informação de dados", analisou.
Para Marco Saltini, vice-presidente da Firjan CIRJ e coordenador do grupo de trabalho ESG da Firjan, a Pesquisa Firjan ESG 2023 se configura como um importante termômetro para medir a aplicação de critérios e métricas em ESG na indústria fluminense. “A crescente relevância dos temas ESG aponta para uma necessária agenda de transformação em direção a um novo modelo de desenvolvimento econômico. Absorver práticas dessa agenda nas estratégias de negócios é uma realidade sem volta, e uma jornada compartilhada entre as empresas e suas partes interessadas, para alcançar a sustentabilidade. Os resultados deste estudo, portanto, são de grande valor para apoiar a jornada de transformação para empresas de todos os portes e setores”, analisou.
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