Pré-Sal

União e estatal podem rever acordo

Renegociação dos termos da cessão onerosa deve ocorrer ainda este ano.

Valor Econômico
13/03/2014 10:21
Visualizações: 735

 

O volume de óleo recuperável na área da cessão onerosa, região do pré-sal adquirida pela Petrobras no processo de capitalização, pode chegar ao dobro dos 5 bilhões de barris previstos em 2010. Segundo estimativas do diretor da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) Florival Carvalho, com base nas recentes descobertas feitas pela petroleira, existem 10 bilhões de barris na área.
"Dos 5 bilhões de barris, estimamos que possa chegar talvez ao dobro em termos de óleo recuperável", afirmou ontem o diretor, em seminário na sede da agência, no Rio. Em seguida, em entrevista a jornalistas, ele foi mais cauteloso ao explicar que a estimativa é uma visão "otimista" e que os números ainda são muito "primários". "Vamos ter mais dados quando a Petrobras declarar a comercialidade das demais áreas. A nossa perspectiva é que vai dar mais de cinco bilhões [de barris]. Se vai ser seis, sete, oito ou nove, vamos ver".
O governo e a Petrobras devem renegociar os termos do acordo da cessão onerosa ainda este ano, mas apenas quando a petroleira tiver declarado a comercialidade de todas as áreas da região, o que está previsto para setembro. Em dezembro foram declarados comerciais Franco e Tupi Sul.
O preço do petróleo nas áreas da cessão onerosa negociado com a União foi de US$ 8,5 por barril, na média. A renegociação será feita com base nos novos preços do petróleo e dos custos de extração, quando se esclarecerá se a Petrobras pagou muito ou pouco por esses barris. Existe também a opção de devolver barris, que foi descartada pelo diretor de exploração e produção da Petrobras, José Formigli, na entrevista de apresentação do Plano de Negócios 2014-2018. Se a avaliação ficar abaixo do que foi pago, o governo terá que devolver a diferença para a estatal. Em relatório sobre a estatal feito pelo Credit Suisse, os analistas Vinicius Canheu e André Sobreira não apostam em mudanças.
"Não achamos que a [nova] avaliação vai ser muito diferente: os preços do petróleo mais elevados agora são compensados por atrasos e inflação de custos. Além disso, mesmo se Petrobras tiver que pagar mais [pelos barris], a empresa teria até três anos após a conclusão da renegociação para pagar, ou seja, provavelmente em um momento em que o balanço estará mais saudável", afirmam os analistas.
O diretor da ANP estimou que as vendas de combustíveis este ano deverão crescer entre 4% e 5% em relação a 2013. No ano passado, o consumo de combustíveis no país totalizou 136,2 bilhões, com alta de 5% na comparação com 2012. O destaque foi o óleo combustível, cujas vendas cresceram 26,8% (para 5 bilhões de litros), motivada principalmente pelo acionamento das usinas termelétricas.

O volume de óleo recuperável na área da cessão onerosa, região do pré-sal adquirida pela Petrobras no processo de capitalização, pode chegar ao dobro dos 5 bilhões de barris previstos em 2010. Segundo estimativas do diretor da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) Florival Carvalho, com base nas recentes descobertas feitas pela petroleira, existem 10 bilhões de barris na área.

"Dos 5 bilhões de barris, estimamos que possa chegar talvez ao dobro em termos de óleo recuperável", afirmou ontem o diretor, em seminário na sede da agência, no Rio. Em seguida, em entrevista a jornalistas, ele foi mais cauteloso ao explicar que a estimativa é uma visão "otimista" e que os números ainda são muito "primários". "Vamos ter mais dados quando a Petrobras declarar a comercialidade das demais áreas. A nossa perspectiva é que vai dar mais de cinco bilhões [de barris]. Se vai ser seis, sete, oito ou nove, vamos ver".

O governo e a Petrobras devem renegociar os termos do acordo da cessão onerosa ainda este ano, mas apenas quando a petroleira tiver declarado a comercialidade de todas as áreas da região, o que está previsto para setembro. Em dezembro foram declarados comerciais Franco e Tupi Sul.

O preço do petróleo nas áreas da cessão onerosa negociado com a União foi de US$ 8,5 por barril, na média. A renegociação será feita com base nos novos preços do petróleo e dos custos de extração, quando se esclarecerá se a Petrobras pagou muito ou pouco por esses barris. Existe também a opção de devolver barris, que foi descartada pelo diretor de exploração e produção da Petrobras, José Formigli, na entrevista de apresentação do Plano de Negócios 2014-2018. Se a avaliação ficar abaixo do que foi pago, o governo terá que devolver a diferença para a estatal. Em relatório sobre a estatal feito pelo Credit Suisse, os analistas Vinicius Canheu e André Sobreira não apostam em mudanças.

"Não achamos que a [nova] avaliação vai ser muito diferente: os preços do petróleo mais elevados agora são compensados por atrasos e inflação de custos. Além disso, mesmo se Petrobras tiver que pagar mais [pelos barris], a empresa teria até três anos após a conclusão da renegociação para pagar, ou seja, provavelmente em um momento em que o balanço estará mais saudável", afirmam os analistas.

O diretor da ANP estimou que as vendas de combustíveis este ano deverão crescer entre 4% e 5% em relação a 2013. No ano passado, o consumo de combustíveis no país totalizou 136,2 bilhões, com alta de 5% na comparação com 2012. O destaque foi o óleo combustível, cujas vendas cresceram 26,8% (para 5 bilhões de litros), motivada principalmente pelo acionamento das usinas termelétricas.

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