GNL

Shell tem menor lucro em 30 meses com impacto da divisão de GNL

Reuters, 02/08/2019
02/08/2019 08:50
Visualizações: 1455

A petroleira anglo-holandesa Shell viu seus lucros caírem ao menor nível em 30 meses devido à fraqueza nos preços do gás e em margens de refino, ameaçando uma estável recuperação dos resultados nos últimos anos e derrubando as ações da companhia.

Os resultados ficaram amplamente abaixo de estimativas de analistas, levando à maior queda das ações da companhia em um único dia em mais de três anos, com recuo de cerca de 5%.

A Shell, segunda maior empresa de energia listada do mundo, juntou-se às rivais Total e Equinor ao divulgar resultados fracos no trimestre, enquanto a BP registrou ganhos acima do esperado.

Os resultados da Shell foram atribuídos principalmente à sua unidade de gás natural liquefeito (GNL), com a companhia culpando também a economia global mais fraca e o ambiente comercial que prejudicou seu negócio de petroquímicos.

“O (ambiente) macro em geral neste momento claramente não ajuda em diversas áreas”, disse o CEO da companhia, Ben van Beurden, a jornalistas.

As tensões comerciais entre EUA e China estão gerando uma “reação bem dramática” no setor petroquímico, uma vez que a demanda por plásticos nas duas maiores economias globais tem sido prejudicada, acrescentou ele.

Uma elevação na geração de caixa, que sinaliza melhoria nas operações, foi o único ponto amplamente positivo nos resultados da companhia.

O lucro líquido atribuído aos acionistas no trimestre, excluindo determinados itens, caiu 25% na comparação anual, para 3,6 bilhões de dólares —menor nível desde o final de 2016.

O resultado foi 30% abaixo da estimativa média de analistas.

A dívida da Shell cresceu para 66,5 bilhões de dólares na metade do ano, de 64,7 bilhões no final de 2018, ressaltando a pressão de seu programa de dividendos —o maior do mundo, com mais de 15 bilhões de dólares— e o programa de recompra de ações de 25 bilhões de dólares.

A divisão de GNL da Shell, conhecida como Integrated Gas, teve os maiores problemas, ao ser impactada por 479 milhões de dólares em custos de impairment em Trindad e Tobago e na Austrália, assim como menores vendas e preços mais fracos.

Mas a diretora financeira da Shell, Jessica Uhl, afirmou que a empresa, maior negociante de GNL do mundo, continua a prever uma forte perspectiva de longo prazo para o mercado, esperando uma alta na demanda.

 

 

Mais Lidas De Hoje
veja Também
Drilling
Shell assina contrato com a Valaris para uso de sonda of...
12/12/25
Royalties
Estudo revela proporção de royalties na receita municipa...
12/12/25
Sergipe Oil & Gas 2026
SOG26 destaca Sergipe como nova fronteira na produção de...
12/12/25
Biocombustíveis
Sessão especial celebra 8 anos do RenovaBio e reforça su...
12/12/25
Navegação Interior
A Revolução Livre de Graxa no setor de embarcações de se...
12/12/25
Reconhecimento
IBP conquista novamente o "Oscar dos Eventos" com a ROG....
11/12/25
Firjan
Rio pode ganhar mais 676 mil empregos com estímulo a 9 n...
10/12/25
Reconhecimento
Programa Nacional de Transparência Pública concede certi...
10/12/25
Combustíveis
Com novo aumento do ICMS para 2026, impacto nos preços d...
10/12/25
PPSA
Contratos de partilha vão produzir 2 milhões de barris a...
10/12/25
Logística
Transpetro amplia atuação logística com integração da PB...
09/12/25
Posicionamento IBP
Imposto Seletivo sobre petróleo e gás ameaça exportações...
09/12/25
Energia Solar
ArcelorMittal e Atlas Renewable Energy concluem construç...
09/12/25
ANP
Audiência pública debate apresentação de dados visando a...
09/12/25
Evento
PPSA realiza nesta terça-feira Fórum Técnico para debate...
09/12/25
Firjan
PN 2026-2030 - Novo ciclo de oportunidades é apresentado...
08/12/25
Prêmio ANP de Inovação Tecnológica
Projeto da Petrobras em parceria com a CERTI é vencedor ...
08/12/25
Margem Equatorial
Ineep apresenta recomendações estratégicas para início d...
08/12/25
Energia Elétrica
Primeiro complexo híbrido de energia da Equinor inicia o...
08/12/25
Prêmio ANP de Inovação Tecnológica
Parceria premiada - Petrobras participa de quatro dos se...
05/12/25
Evento
Petrolíferas debatem produção mais limpa e tecnologias d...
04/12/25
VEJA MAIS
Newsletter TN

Fale Conosco

Utilizamos cookies para garantir que você tenha a melhor experiência em nosso site. Se você continuar a usar este site, assumiremos que você concorda com a nossa política de privacidade, termos de uso e cookies.