Offshore

Ocyan busca plataformas maiores para cimentar retorno ao mercado

Reuters/ 04/08/2020
04/08/2020 18:03
Visualizações: 1230 (0) (0) (0) (0)

A Ocyan planeja participar de licitações para plataformas de petróleo muito maiores do que as que têm hoje na costa do Brasil, o maior mercado mundial de unidades de produção flutuantes, disse à Reuters o presidente da companhia, Roberto Bischoff.

A Ocyan mira contratos, potencialmente de centenas de milhões de dólares, para plataformas de águas profundas que atendem empresas como a Petrobras. 

Produtores de petróleo no Brasil cortaram investimentos e adiaram decisões, disse o executivo, mas mantiveram ainda forte a expansão da atividade offshore enquanto petroleiras em outros países cancelam projetos. 

A alta produtividade do pré-sal garante maior resiliência para projetos de longo prazo, apesar da queda do preço do petróleo no mercado mundial e da baixa de consumo durante a pandemia de coronavírus, segundo ele. 

“Várias oportunidades estão se materializando”, disse Bischoff em uma entrevista por vídeo, citando como exemplo a abertura pela Petrobras de concorrências para os chamados FPSOs, as plataformas flutuantes em formato de navio capazes de produzir, armazenar e descarregar petróleo. 

InstitucionalA Ocyan quer construir e operar - ou ambos - embarcações médias com capacidade para processar até 150.000 barris por dia (bpd), mais do que seus FPSOs nos campos de Baúna e Libra, este último com 50.000 barris por dia de capacidade, disse ele. 

A empresa também quer crescer em serviços de manutenção para unidades em mar ou em operação de plataformas de terceiros, setor em que disputa uma concorrência da petroleira Enauta. 

A aquisição de novos contratos pela Ocyan, que hoje tem na carteira cinco sondas de perfuração e dois FPSOs, consolidaria um retorno para a empresa, até 2018 chamada Odebrecht Óleo e Gás.

A companhia foi temporariamente bloqueada pela Petrobras após o escândalo da Lava Jato, que levou à prisão dezenas de políticos e empresários, incluindo a liderança da Odebrecht. 

O Brasil passou quase toda a última década sem novos contratos para construir plataformas em território nacional, após a Petrobras estourar níveis de endividamento e, depois, a Lava Jato encontrar fraudes em obras no Brasil, inclusive para a construção de plataformas. 

A investigação levou a estatal a interromper obras com empreiteiras brasileiras. 

Endividada, a Petrobras também priorizou na última década empresas estrangeiras que poderiam alugar - afretar - unidades, de forma a diluir ao longo de anos gastos com plataformas que chegam a custar mais de 2 bilhões de dólares. 

Algumas fornecedoras estrangeiras também foram enquadradas pela Lava Jato e suspensas pela Petrobras após denúncias de corrupção. 

Obras no Brasil

Hoje, a estatal busca ampliar o número de fornecedores, depois que o mercado mundial para grandes FPSOs se concentrou em basicamente em duas afretadoras, a SBM e a Modec. 

Em 2019, a Ocyan, que é 100% controlada pela Odebrecht, ganhou seu primeiro contrato com a Petrobras, com uma sonda de perfuração, depois de liberada para novos contratos. 

A retomada da construção de plataformas no Brasil é possível, disseram executivos da estatal durante uma conferência com analistas na semana passada. Mas o local das obras será decidido pelas empresas que vencerem os contratos. 

O número de possíveis clientes da Ocyan também tem crescido à medida que a Petrobras vende campos em declínio de produção para produtoras médias, disse o executivo. 

“Poderíamos participar de mais de uma competição por vez, existem projetos de 36 meses, dependerá do que aparecer”, disse Bischoff.

Mais Lidas De Hoje
veja Também
Pré-Sal
Com 900 mil barris de petróleo por dia, Campo de Búzios ...
18/08/25
Logística
PetroReconcavo e Dislub constroem rota inédita para esco...
18/08/25
IBP
Programa NAVE avança com 21 startups do setor de energia
18/08/25
Bacia de Campos
ANP interdita FPSO Peregrino
18/08/25
Fenasucro
Fenasucro & Agrocana encerra edição com recorde de públi...
18/08/25
Combustíveis
Etanol anidro e hidratado sobem na segunda semana de ago...
18/08/25
Emprego
Firjan alerta: aumento do FOT cria tarifaço fluminense e...
15/08/25
Pré-Sal
PRIO vence disputa por carga de Atapu e pela primeira ve...
15/08/25
Petrobras
Com 225 mil barris/dia, FPSO Almirante Tamandaré bate re...
15/08/25
Resultado
Porto do Rio de Janeiro lidera crescimento entre os port...
15/08/25
Etanol de milho
Biocombustível impulsiona uso do milho e amplia fronteir...
15/08/25
ANP
TIP ANP: 3ª edição do evento debateu temas relacionados ...
15/08/25
Descomissionamento
ABPIP promove debate para otimizar custos e prazos de de...
15/08/25
Fenasucro
Cogeração, biometano e CCS colocam Brasil no centro da t...
15/08/25
Paraná
Petrobras entrega primeiro lote de ARLA 32 na Ansa, em A...
14/08/25
Fenasucro
Biodiesel avança como pilar da transição energética e ga...
14/08/25
Fenasucro
Na FenaBio, Anfavea afirma que com 100% de etanol na fro...
14/08/25
Dutos
Transpetro investe R$ 100 milhões por ano para ampliar a...
14/08/25
Logística
Super Terminais recebe Selo Ouro e tem inventário de emi...
14/08/25
PD&I
Tecnologia brasileira utiliza inteligência artificial pa...
14/08/25
Energia Elétrica
GE Vernova fornecerá subestação de energia para fábrica ...
14/08/25
VEJA MAIS
Newsletter TN

Fale Conosco

Utilizamos cookies para garantir que você tenha a melhor experiência em nosso site. Se você continuar a usar este site, assumiremos que você concorda com a nossa política de privacidade, termos de uso e cookies.

23