Pré-Sal

Barra garante ter caixa para investimento em Carcará

Empresa tem capital de US$1,2 bilhão.

Valor Econômico
17/08/2012 09:49
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Uma das mais recentes histórias de sucesso no pré-sal brasileiro, a descoberta do reservatório Carcará, no pré-sal de Santos, e o último descoberto no bloco BM-S-8, tem dois fundos de investimentos americanos como sócios, o Riverstone e o First Reserve. Eles são os maiores acionistas da Barra Energia, empresa que tem 10% do bloco BM-S-8 da bacia de Santos, onde três reservatórios já foram encontrados. O maior até agora é Carcará, ainda em perfuração, e onde foi descoberta uma coluna de óleo com mais de 400 metros. José Formigli Filho, diretor de Exploração e Produção da Petrobras, que opera a área, confirmou que pode ser comparado a outros gigantes do pré-sal, evitando mencionar volumes recuperáveis de petróleo.

Para se ter uma ideia do que isso significa, a última grande descoberta no Brasil, o reservatório Pão de Açúcar, anunciado pela Repsol no BM-C-33, tem uma coluna de 500 metros. Mas tão importante como essa informação é saber qual a extensão horizontal do reservatório. No Pão de Açúcar, a Repsol, que tem como sócias a Petrobras e Statoil, calcula reservas recuperáveis de 700 milhões de barris de petróleo leve e 3 trilhões de pés cúbicos (TCFs) de gás.

Em Carcará, além da Petrobras, com 66%, e da Petrogal, com 14%, existem duas empresas novatas: QGEP, do grupo Queiroz Galvão, e a Barra Energia, cada uma com 10%. Depois de comprar fatias em dois blocos no pré-sal de Santos, a Barra Energia ainda tem cerca de US$ 750 milhões para futuros investimentos, o que dois executivos da empresa garantem ser suficiente para financiar também as próximas perfurações no bloco BM-S-8.

Se o volume disponível para investimentos for insuficiente diante da enormidade que parece ser essa descoberta, Renato Bertani, diretor executivo da Barra, diz que esse será "um ótimo problema". Segundo o executivo, as projeções da companhia apontam que há dinheiro suficiente para atender às demandas de capital e novos negócios. "Temos capital para os investimentos necessários. Agora, se [o reservatório] for muito maior e caso haja uma demanda adicional por capital, não vemos problema para nos financiarmos. Pode ser via aumento de capital ou financiamento", afirmou.

Presidente da Barra Energia, João Carlos de Luca se disse animado com a existência de outros prospectos (como são chamados os reservatórios cuja descoberta só pode ser confirmada com a perfuração) a nordeste do bloco BM-S-8 com "potencial extremamente bom".

O Riverstone e o First Reserve se comprometeram a investir, cada um, US$ 500 milhões na Barra Energia e outros fundos aplicaram mais US$ 200 milhões, o que permitiu que a empresa fosse criada, em 2010, com capital de US$ 1,2 bilhão. Uma curiosidade sobre os dois principais acionistas da Barra é que ambos participação no capital da Cobalt, que teve grande sucesso exploratório recentemente ao descobrir reservas no pré-sal de Angola.

O First Reserve tem ações de empresas prestadoras de serviços que operam no Brasil, entre elas a BHS (helicópteros), DOF e Acteon (ambas prestadoras de serviços submarinos) e a Weatherford. As fatias da Barra e da QGEP foram compradas da Shell. Além de Carcará, foram encontrados Bem-Te-Vi e Biguá.

A Barra também tem 30% do bloco BS-4, adquiridos da Shell e da Chevron, onde foram encontrados os campos de Atlanta e Oliva. A participação da Barra dá direito a 100 milhões de barris de óleo. "Agora escasseiam oportunidades de novos negócios e o fato de não termos novas rodadas é um fator limitante. Não existem muitas oportunidades e seremos cautelosos no nosso projeto de crescimento", disse de Luca.

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