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Mercado de óleo e gás acende luz verde para novas vagas em 2023, por Kleber Bonancio

Especialistas em ESG serão um dos principais desafios na busca por talentos

Redação TN Petróleo/Assessoria
07/12/2022 11:14
Mercado de óleo e gás acende luz verde para novas vagas em 2023, por Kleber Bonancio Imagem: Divulgação Visualizações: 2558 (0) (0) (0) (0)

Com excelentes projeções para os próximos anos, o mercado de óleo e gás, no Brasil, deverá gerar cerca de 500 mil novas vagas de trabalho até 2025. 
Estável no ano de 2022, inclusive com uma demanda maior que a oferta, o mercado rodará nessa esteira oportunidades para profissionais tanto da área técnica quanto administrativa, sendo as vagas principais para engenheiros químicos e de petróleo, engenheiro de processo, especialistas em exploração de poços, especialistas em saúde e segurança e, um dos mais desafiadores: aqueles que estão respirando a agenda ESG (Environmental, Social and Corporate Governance). 
Enquanto no ano de 2020 o mercado operou um pouco mais truncado e em 2021 recuperou fôlego, em 2022 apresentou novas perspectivas, inclusive a curto e longo prazo, como o próprio Ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida, sinalizou na recente edição da Rio Oil & Gas. 

Estou falando aqui dos próximos 10 anos, em que o país, como bem disse o Ministro, deve aumentar em 73% a sua produção em petróleo, com uma previsão de investimento robusta no setor de petróleo, gás e combustível, batendo cerca de US$ 400 bilhões.

Enquanto isso, os profissionais das áreas que citei acima, precisarão estar preparados não só para uma alta na demanda por especialistas, pesquisadores e técnicos, como também para um mercado que estará cada vez mais exigente, inclusive com olhos abertos, para aqueles que estiverem trabalhando nas siglas ESG. E vale lembrar que o mercado de óleo e gás ainda atua um pouco na retranca quando o assunto é inclusão. E o motivo esbarra no óbvio: o cenário sensível em colocar pessoas portadoras de deficiência, por exemplo, em operação de risco. Daí a importância da busca por especialistas que consigam administrar esse cenário indo na mão da inclusão. 

Para corroborar com essa previsão, que já é evidente para a indústria, lembro que a própria Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Petróleo (AbesPetro), anunciou que o setor deverá investir no país, R$ 102 bilhões ao ano, em exploração e produção, até o 2025. 

São oportunidades para a economia do país, com um cenário promissor para a geração de novos empregos e postos de trabalho, diferente do que aconteceu em 2020, com uma indústria operando no limite, sem ambiente favorável para contratação de mão-de-obra.

Insisto, portanto, que é preciso investir em carreira – e não somente o profissional que está entrando no mercado ou aquele que já está atuando nele, como também as companhias. Ou seja, as empresas precisam investir cada vez mais em educação corporativa, proporcionando musculatura técnica e administrativa aos seus colaboradores, de ponta a ponta – desde estagiários aos líderes e gestores. É agir a favor delas mesmas e também do mercado. 

Cursos e capacitações podem ser feitos via plataformas, de forma remota. Esse ano, mesmo com todos os eventos externos, tangendo esferas políticas e econômicas, o mercado aqueceu chegando às plataformas de produção, refinarias e transporte de petróleo e seus derivados para diferentes outros mercados, como o agronegócio. Estas oportunidades foram abertas em 2022, anunciando uma grande expansão para 2023. 

Dito isso, é importante lembrar que muitos profissionais do mercado de óleo e gás ingressaram há décadas sem especialização acadêmica. E meu objetivo não é desvalorizar essas pessoas que, sem dúvida, operam com excelência. Mas é reforçar que o mundo vive transformações, em escalas praticamente imensuráveis, com a digitalização, os debates sobre sustentabilidade, diversidade e inclusão e novos modelos de negócios e trabalho, impactando a forma como as novas gerações pensam, se comportam e se movimentam. São mudanças que exigem, partindo da sociedade como um todo, uma nova forma de atuar no mercado, incluindo propósito e segurança emocional. 

Então, estudar para além do que se faz no cotidiano, tem se tornado cada vez mais fundamental. Porque é preciso, sim, ser especialista no micro, mas é incontestável a necessidade em se ter um olhar macro sensível. E porque é preciso atuar no tático de forma muito estratégica e, daí, desenvolver inteligência emocional, empatia e resiliência, é imprescindível. 

Com o polo da indústria de óleo e gás concentrado no Rio de Janeiro, o estado atrai profissionais para além da região, como do Espírito Santo, Bahia, Sergipe, São Paulo e Ceará – estados que também contam com relevante presença da atividade petroleira. 

Esse mapa da indústria ficará cada vez mais fortalecido e ansioso por profissionais que estejam preparados e obstinados a fazerem a diferença no mercado de óleo e gás no Brasil. Serão aproximadamente 500 mil novas oportunidades a partir de 2023, geradas por investimentos bilionários anualmente. 

Dado esse cenário, o momento de investir no próprio talento, olhar com carinho para a sigla ESG e tatear o mercado, é agora. 

Sobre o autor: Kleber Bonancio, Associate Manager da Talenses, empresa de recrutamentos.

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