Sustentabilidade

Sócia-fundadora, Usina Batatais deixa Copersucar

Foi o segundo grupo a sair da Copersucar nesta safra 2013/14.

Valor Econômico
02/04/2014 17:55
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As duas usinas de cana do grupo Usina Batatais, uma das sócias fundadoras da Copersucar, se desligou da trading, a maior em movimentação de açúcar e etanol do mundo. A empresa, que faturou em 2013 R$ 588 milhões, decidiu ter independência na comercialização dos subprodutos da cana, conforme antecipou ontem o Valor PRO, serviço de informações em tempo real do Valor.
Foi o segundo grupo a sair da Copersucar nesta safra 2013/14. A outra empresa foi a Aralco, que pediu recuperação judicial e, portanto, se desligou no mês passado. Juntos, os dois grupos somaram moagem de 11 milhões de toneladas de cana na última temporada.
Procurada, a Copersucar não comentou. A Batatais, cujas usinas estão localizadas em São Paulo, não retornou as ligações da reportagem. Conforme o último balanço da Copersucar, referente à safra 2012/13, a Batatais detém 6,24% de suas ações. A trading teve nesse ciclo uma receita de R$ 14,7 bilhões e um resultado operacional (Ebitda) ajustado de R$ 398 milhões. As duas empresas vão agora negociar os termos da saída, anunciada ao conselho da trading há pouco mais de uma semana.
Pelo contrato, a Batatais ainda será obrigada a entregar à Copersucar, por três safras, toda sua produção de açúcar e etanol. Assim, em termos de volumes movimentados, não se espera um impacto imediato sobre a trading, que recentemente anunciou um contrato para originar na Austrália 150 mil toneladas de açúcar - o equivalente a uma moagem de 1,6 milhão de toneladas de cana.
Nos bastidores, comenta-se que a decisão da Batatais, que está na Copersucar desde 1985, tem duas razões principais. A primeira deriva da percepção de que o "agigantamento" da Copersucar trouxe riscos maiores ao negócio - motivo de preocupação para a tradicional Batatais, administrada pelo empresário Bernardo Biagi, conhecido pelo seu perfil conservador.
O argumento é contestado por alguns agentes do mercado, que consideram que a recém anunciada joint venture entre Copersucar e Cargill - que criaram a maior comercializadora de açúcar do mundo - vai justamente reduzir o risco para a trading brasileira, na medida em que a "exposição" será agora compartilhada com a gigante americana, dona de uma robustez financeira significativa.
Mas a Batatais teria se apoiado também na visão de que se comercializar de forma independente sua produção conseguirá capturar melhores resultados, em especial na entressafra da cana, que costuma oferecer preços mais atrativos às usinas na venda de etanol e açúcar.
Atualmente, pelo "modelo Copersucar", as usinas recebem, por meio de dividendos, os ganhos obtidos pela trading na venda de produtos a preços acima dos praticados no mercado. Esses resultados, no entanto, são fruto de venda conjunta de produtos de todos os sócios. Não são resultados individualizados. E, por cláusulas contratuais, as usinas sócias da Copersucar são obrigadas a entregar toda a sua produção para a trading, não podendo, portanto, fazer a própria comercialização na entressafra. O outro lado dessa moeda, afirmam especialistas, é que as usinas também não arcam sozinhas com os riscos de vender o produto.

As duas usinas de cana do grupo Usina Batatais, uma das sócias fundadoras da Copersucar, se desligou da trading, a maior em movimentação de açúcar e etanol do mundo. A empresa, que faturou em 2013 R$ 588 milhões, decidiu ter independência na comercialização dos subprodutos da cana, conforme antecipou ontem o Valor PRO, serviço de informações em tempo real do Valor.

Foi o segundo grupo a sair da Copersucar nesta safra 2013/14. A outra empresa foi a Aralco, que pediu recuperação judicial e, portanto, se desligou no mês passado. Juntos, os dois grupos somaram moagem de 11 milhões de toneladas de cana na última temporada.

Procurada, a Copersucar não comentou. A Batatais, cujas usinas estão localizadas em São Paulo, não retornou as ligações da reportagem. Conforme o último balanço da Copersucar, referente à safra 2012/13, a Batatais detém 6,24% de suas ações. A trading teve nesse ciclo uma receita de R$ 14,7 bilhões e um resultado operacional (Ebitda) ajustado de R$ 398 milhões. As duas empresas vão agora negociar os termos da saída, anunciada ao conselho da trading há pouco mais de uma semana.

Pelo contrato, a Batatais ainda será obrigada a entregar à Copersucar, por três safras, toda sua produção de açúcar e etanol. Assim, em termos de volumes movimentados, não se espera um impacto imediato sobre a trading, que recentemente anunciou um contrato para originar na Austrália 150 mil toneladas de açúcar - o equivalente a uma moagem de 1,6 milhão de toneladas de cana.

Nos bastidores, comenta-se que a decisão da Batatais, que está na Copersucar desde 1985, tem duas razões principais. A primeira deriva da percepção de que o "agigantamento" da Copersucar trouxe riscos maiores ao negócio - motivo de preocupação para a tradicional Batatais, administrada pelo empresário Bernardo Biagi, conhecido pelo seu perfil conservador.

O argumento é contestado por alguns agentes do mercado, que consideram que a recém anunciada joint venture entre Copersucar e Cargill - que criaram a maior comercializadora de açúcar do mundo - vai justamente reduzir o risco para a trading brasileira, na medida em que a "exposição" será agora compartilhada com a gigante americana, dona de uma robustez financeira significativa.

Mas a Batatais teria se apoiado também na visão de que se comercializar de forma independente sua produção conseguirá capturar melhores resultados, em especial na entressafra da cana, que costuma oferecer preços mais atrativos às usinas na venda de etanol e açúcar.

Atualmente, pelo "modelo Copersucar", as usinas recebem, por meio de dividendos, os ganhos obtidos pela trading na venda de produtos a preços acima dos praticados no mercado. Esses resultados, no entanto, são fruto de venda conjunta de produtos de todos os sócios. Não são resultados individualizados. E, por cláusulas contratuais, as usinas sócias da Copersucar são obrigadas a entregar toda a sua produção para a trading, não podendo, portanto, fazer a própria comercialização na entressafra. O outro lado dessa moeda, afirmam especialistas, é que as usinas também não arcam sozinhas com os riscos de vender o produto.

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