Com o aumento de 7,9% nas exportações pelo Porto de Santos no primeiro semestre deste ano, o Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp) em Santos passou a ocupar a terceira posição no ranking de todas as filiais do Estado. No período, as exportações estaduais somaram US$ 29,9 bilhões, o equivalente a 25,5% do montante vendido pelo Brasil ao mercado externo.
A Cidade perde apenas para a Capital e para São José dos Campos, no interior do Estado. Porém, os dois municípios seguem com saldo negativo na relação entre exportações e importações.
O ranking foi elaborado com base nos dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). As informações foram tabuladas pelo Departamento de Estudos e Pesquisas Econômicas (Depecon) e pelo Departamento de Relações Exteriores (Derex) do Ciesp e da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).
O crescimento dos embarques no Porto de Santos resultou em uma receita de US$ 2,71 bilhões nos seis primeiros meses do ano. No mesmo período do ano passado, o montante não ultrapassou os US$ 2,51 bilhões. A participação da região da Baixada Santista nas exportações estaduais chegou a 9,1%.
Com este resultado, Santos aparece no primeiro lugar no saldo da balança comercial paulista. De acordo com a Fiesp, com o aumento de 23,3%, a relação entre exportações e importações chegou a US$ 2,2 bilhões no semestre. Em termos de comparação, a Capital teve saldo negativo de US$ 3,2 bilhões e São José dos Campos seguiu pela mesma linha com US$ 3,4 bilhões negativos.
Para o diretor da regional de Santos da Fiesp, Ronaldo de Souza Forte, que também é vice-diretor da Ciesp na Cidade, os números mostram o quanto a economia brasileira depende do Porto de Santos para escoar um quarto da sua produção.
“O Porto está equipado, preparado e tem o estado de São Paulo como máquina maior, com acesso capaz de escoar a produção industrial e agroindustrial de outras regiões, como os 85% de produção da soja de outros locais do País”, destaca.
Santos concentrou 99,9% do volume regional exportado. Os produtos que se destacam são o açúcar refinado, com receita de US$ 689,3 milhões, além de acessórios para lavouras, com saldo de US$ 603,4 milhões e derivados de petróleo, que somam US$ 310,9 milhões.
No País, as exportações somaram US$ 117,2 bilhões, valor 0,9% menor sobre o primeiro semestre de 2011. Já a entrada de importados movimentou US$ 110,1 bilhões, com aumento de 4,6% sobre o mesmo período do ano passado.
Siscoserv
Um novo controle de exportações de serviços entra em operação hoje em todo o País. O Sistema Integrado de Comércio Exterior de Serviços Intangíveis e Outras Operações que Produzam Variações no Patrimônio (Siscoserv) é uma parceria do Ministério da Fazenda e do MDIC para controlar os serviços executados por brasileiros no exterior.
De acordo com o diretor da Ciesp, um exemplo de modalidade que será controlada é a garantia de assistência técnica de produtos brasileiros vendidos ao mercado externo. Com a inserção dos dados no sistema, a ideia é prever a médio e longo prazo as oportunidades de negócios fora do País.
“Precisamos conquistar o mercado com o que nos interessa. É preciso sair mercadoria e inteligência e é isso que vamos comparar detalhadamente. Isso tudo, sem esquecer a qualidade dos custos e a geração de empregos no Brasil”, destaca.