Programa completa dois anos.
Ascom Sedeis
O Programa Rio Capital da Energia, coordenado pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Energia, Indústria e Serviços, completou o segundo ano de existência com quase o dobro de projetos lançados em 2012. De acordo com apresentação feita pela coordenadora do o Programa, Paula Martins, em reunião do Comitê executivo, o número de projetos lançados em 2012, visando a eficiência energética, a inovação tecnológica e a energia verde, passou de 34 para 66 projetos em dois anos. Do total, 11 já foram finalizados.
O secretário de Desenvolvimento Econômico, Julio Bueno, destacou projetos do Programa que, segundo ele, “colocam o Rio na vanguarda”, como o Maracanã Solar, já lançado em parceria entre o Governo do Estado, a Light e a EDF, e o GT Veículos Elétricos, grupo que estuda uma forma de viabilizar a instalação de uma fábrica de carros elétricos no Rio.
Outro projeto citado como destaque pelo secretário foi a renovação de frota de caminhões, criado por decreto com o objetivo de retirar os caminhões com mais de 20 anos de uso das estradas do estado, por meio da concessão de benefícios para a compra de veículos novos e que levará a uma importante redução nas emissões de gás carbônico.
Como novidade já em curso no âmbito do Programa, uma iniciativa citada pelo secretário e a coordenadora Maria Paula é a elaboração do Atlas Solar do Rio, que vai revelar todo o potencial de geração solar do estado e deverá apontar as tecnologias a serem utilizadas no desenvolvimento dessa fonte. “Nós acreditamos que o Brasil não pode estar longe das tecnologias na energia solar. Particularmente, acho que deveríamos fazer um leilão para as novas fontes, isso não encarece em nada as tarifas de energia. O Atlas vislumbra, descortina essa possibilidade para o Brasil e, em particular, para o Rio de Janeiro”, disse Bueno.
O Atlas Solar foi uma das novidades que surgiram no Programa desde novembro do ano passado, quando havia sido realizada outra reunião do Comitê, e foi apresentada por Maria Paula no último dia 28. Ela mostrou também dois projetos que estão sendo implementados em parceria com a agência alemã GIZ: energia fotovoltaica no Cefet e mapeamento do potencial fotovoltaico dos telhados de Niterói e do Rio de Janeiro.
No Cefet, além da instalação de painéis fotovoltaicos, haverá qualificação de mão de obra para instalação e manutenção dos equipamentos. No caso do mapeamento, o objetivo é checar o potencial de micro e minigeração fotovoltaica nas duas cidades, em parceria com o Instituto Pereira Passos, Light, Ampla e prefeitura de Niterói.
A coordenadora destacou também as parcerias internacionais e a visibilidade que o Programa está ganhando no mercado externo. No que diz respeito às parcerias, está sendo estabelecido um convênio com a fundação R 20 (Rede de Regiões para a Ação Climática), criada pelo ator Arnold Schwarzenegger e que já está presente em 33 cidades brasileiras, nas quais são desenvolvidos projetos de iluminação LED junto às prefeituras.
No Rio de Janeiro, será iniciado em breve um estudo da R 20 que visa a troca de lâmpadas da capital fluminense. Segundo explicou Maria Paula, a Secretaria da Casa Civil está estudando incluir mais duas cidades do estado, uma da área da Light e outra da Ampla. Além disso, o The Climate Group, organização internacional sem fins lucrativos com foco na redução de emissões de carbono, também está escolhendo duas cidades do Rio para instalação de iluminação pública a LED.
Até o fim do ano, o Programa será apresentado em Barcelona e Milão, depois de já ter sido apresentado aos portugueses no ano passado. “O nosso objetivo é reunir as empresas, entidades e olhar o Rio de Janeiro segundo a ótica da inovação e da eficiência energética, pensando a questão da energia não de uma forma clássica, mas com visão do século 21”, frisou o secretário Julio Bueno.
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