Programa já conta com 55 projetos.
Ascom Sedeis
Dois novos projetos que integram o portfólio do Rio Capital da Energia foram apresentados na quinta-feira (7) pela coordenadora do programa, Maria Paula Martins, na oitava reunião do Comitê Executivo, na sede da Firjan.
Uma das novidades é a geração fotovoltaica na sede da Reserva Biológica Estadual da Praia do Sul, em Ilha Grande, que deverá estar concluído até o final deste ano. Coordenado pela Petrobras, através da UTE Leonel Brizola, com participação também do Instituto Estadual do Ambiente (Inea) e da Secretaria de Desenvolvimento, o projeto consiste em um sistema de captação e armazenamento de energia solar, através de placas de painéis fotovoltaicos. “É significativo para nós, do programa, uma reserva florestal sem nenhum tipo de cabeamento”, salientou Maria Paula Martins.
O segundo projeto anunciado se chama GNR Dois Arcos, que pretende produzir 10 mil metros cúbicos de gás/dia em São Pedro da Aldeia, na Região dos Lagos, já em abril de 2014, chegando a 15 mil metros cúbicos/dia, em 2018. Esta é a primeira iniciativa incentivada através da lei e está em implantação no município.
Maria Paula destacou, também, para os parceiros que participaram da reunião do Comitê, os avanços que estão ocorrendo no Grupo de Trabalho de Veículos Elétricos, que tem como objetivo estudar a viabilidade de instalação de uma fábrica no estado. Recentemente, passaram a integrar o grupo representantes do Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES) e do Inmetro.
“Estamos trabalhando na homologação do veículo elétrico junto ao governo federal e estudando um conjunto de incentivos. Temos evoluído bastante e, no ano que vem, deveremos anunciar se há viabilidade econômica ou não em ter uma fábrica no Rio de Janeiro”, explicou a coordenadora.
A parceria entre o Rio Capital da Energia e a GIZ – empresa pública alemã que apoia o desenvolvimento sustentável em vários países – tem, segundo observou Maria Paula, se desdobrado em vários projetos, com foco em geração fotovoltaica e eficiência energética. Entre esses projetos, os destaques são o levantamento de todos os telhados do Rio de Janeiro e de Niterói; iniciativas na região do Maracanã, incluindo o Cefet, com o objetivo de transformá-la em referência fotovoltaica, além do resgate de um projeto da Aneel de geração fotovoltaica no Arsenal da Marinha e a proposta de instalação de energia fotovoltaica em postos de gasolina, que poderão ganhar um selo sustentável.
O programa
Desde junho de 2012, quando iniciou as atividades, o Rio Capital da Energia elevou o número de projetos de 34 para 55. O secretário de Desenvolvimento Econômico do Rio de Janeiro, Julio Bueno, disse que o objetivo do programa é ser uma iniciativa de estado, e não somente de governo.
“Queremos que este seja um fórum de articulação para troca de ideias entre todos do setor energético do Estado e que isso sirva para qualquer governo, à esquerda ou à direita, no futuro”, afirmou.
Agerio
A AgeRio, agência de fomento do governo do estado, firmou uma parceria com o Sebrae RJ para desenvolvimento de ações de eficiência energética focadas em micro e pequenas empresas. Segundo Dario de Araújo, a ação conjunta responde a uma necessidade de atender às demandas dos negócios de menor porte, no âmbito do Rio Capital da Energia.
Para atingir esses objetivos, foi desenvolvido o “AgeRio Ecoeficiência”, no qual a AgeRio está disponibilizando R$ 80 milhões em recursos para investimentos nas micro e pequenas empresas e a habilitação ao Fundo de Aval para as Micro e Pequenas Empresas (Fampe). As taxas praticadas são de 0,89% a 1,12% ao mês, podendo chegar a 60 meses de prazo. “É um produto bastante competitivo no mercado”, avalia o diretor. O Sebrae, por sua vez, oferece uma consultoria para uso racional e sustentável de energia, além de disponibilização do Fampe.
Outro produto que integra a parceria é o Inova Crédito, através do qual a Agerio é repassadora da Finep, com foco em inovação. Neste caso, o encargo é fixado pela TJLP, atualmente em torno de 5% ao ano. Já há ações em andamento, como a troca de todos os fornos de 50 franqueados do Grupo Trigo (marca Spoleto) para equipamentos mais eficientes, o que significa um aporte de R$ 2,5 milhões. “Há um potencial para que as parcerias atinjam um universo de mil empresas em 2014”, adiantou Dario de Araújo.
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