Durante lançamento da publicação realizada pela Firjan SENAI SESI, imposto seletivo, estímulo aos campos maduros e necessidade de expansão da atividade exploratória também foram temáticas ressaltadas.
Redação TN Petróleo/Assessoria FirjanNo lançamento do Anuário do Petróleo no Rio 2024, em 13/8, na sede da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), empresários, representantes sindicais e de órgãos dos governos federal e estadual discutiram o cenário atual e perspectivas para o mercado de petróleo no Rio e Brasil. A nova edição, elaborada pela Firjan SENAI SESI, conta com a colaboração de importantes players, como Petrobras, Equinor e Ipiranga, e tem como objetivo ressaltar a importância desse mercado para o estado e o país, assim como disponibilizar informações qualificadas para pautar as decisões da indústria sobre investimentos e planejar negócios futuros.
Para baixar o Anuário do Petróleo no Rio 2024 clique no link
O impacto da pauta de transição energética e descarbonização no futuro do mercado de petróleo foram pontos fortes do debate. "O petróleo é estratégico para o desenvolvimento econômico e social do Rio de Janeiro. Além disso, a produção de óleo tem uma enorme rede de suporte e de serviços fornecidos a partir do território nacional, da qual o Rio participa fortemente. Uma cadeia produtiva dessa magnitude precisa ser estimulada em benefício de mais emprego e renda para o território fluminense", defendeu Luiz Césio Caetano (foto), 1º vice-presidente da Firjan.
Caetano disse também que a inclusão do petróleo entre os produtos a serem penalizados com o imposto seletivo, chamado imposto do pecado, é extremamente injusta. "Nosso óleo já é um dos mais limpos, obtido por meio de processos cada vez mais eficientes. Por isso, possui um dos menores percentuais de carbono, cerca de 40% inferior à média global. Portanto, é da maior importância que os representantes do nosso estado no Congresso reflitam sobre a necessidade de tal taxação", afirmou.
A importância da Firjan em desenvolver estudos e debater temas relevantes para o Rio de Janeiro foi ressaltada por Felipe Peixoto, secretário estadual de Energia e Economia do Mar. "Nossa sinergia é muito grande. Além da expressiva produção de petróleo, o estado também é um polo importante de energia, que concentra as principais empresas do setor. Há vários projetos de hidrogênio e de eólicas offshore, e as empresas de petróleo começam a migrar para a área de energia como um todo. Pode ser uma grande oportunidade para preparar o Rio para transição energética".
Royalties e participações governamentais - A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) foi a primeira parceira da federação para a produção do Anuário do Petróleo. Rodolfo Saboia, diretor-geral da ANP, destacou os dados do setor: "Em julho deste ano, a produção fluminense de petróleo representou 87% da brasileira e 76%, de gás natural. A produção de petróleo e gás no estado em 2023 resultou em arrecadação de quase R$ 24 bilhões em royalties e participações governamentais. É, portanto, fundamental haver um anuário no Rio à altura da importância dessa indústria, identificando potencialidades e atraindo mais investimentos."
Também presente no lançamento, Jair Rodrigues, diretor de Políticas de Exploração e Produção de Petróleo e Gás Natural do Ministério de Minas e Energia (MME), falou sobre o desenvolvimento desse mercado e reforçou: "Vamos precisar do petróleo por muitos anos na transição energética. O país contribui para uma transição mais limpa, por termos uma das matrizes mais limpas do mundo. A receita de petróleo anual no país é de R$ 130 bilhões. Há oportunidades para o Brasil aproveitar suas potencialidades", afirmou.
"O Anuário é um marco da Firjan e traz informações relevantes para quem atua na área ou está interessado em saber mais sobre esse mercado", pontuou Emiliano Gomes, presidente do Conselho Empresarial de Petróleo e Gás da federação, em vídeo de agradecimento à equipe e aos colaboradores externos que participaram da publicação.
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