Construção de navios gaseiros no Poço da Draga foi rejeitada pela Inace. Proposta havia sido feita pela prefeita Luizianne Lins, a fim de encontrar uma solução para o impasse
Diário do NordesteConstrução de navios gaseiros no Poço da Draga foi rejeitada pela Inace. Proposta havia sido feita pela prefeita Luizianne Lins, a fim de encontrar uma solução para o impasse
Em meio ao jogo político, a área do Titanzinho parece perder força, enquanto surgem novas alternativas O jogo de xadrez em que se transformou a instalação do Estaleiro Promar Ceará, em Fortaleza, avança e recua a cada dia, de acordo com os "lances e jogadas" de cada um dos atores que atuam no tablado.
Em meio ao debate político, o diretor presidente da PJMR, Paulo Haddad, empresa sócia do Estaleiro Promar Ceará, descartou ontem, a possibilidade de uma parceria com a Indústria Naval do Ceará (Inace), à construção dos navios gaseiros, no Poço da Draga, conforme sugeriu a prefeita Luizianne Lins, no último sábado.
Por questões ambientais e de custos, Haddad desconsiderou também o Plano B, no caso a Praia do Pirambu, revelado sexta-feira passada, pelo presidente da Agência de Desenvolvimento Econômico do Ceará (Adece), Antônio Balhmann, e voltou a defender a construção do estaleiro na Praia do Titanzinho, no Serviluz, apesar do posicionamento contrário do Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB-CE). "A Inace é uma área muito pequena, precisariam ser feitas muitas intervenções, além de que teria (a indústria) de ser remanejada para outra área", respondeu Haddad, descartando o interesse dos investidores em adquirir ou fundir-se com a Inace, à construção dos oito navios. Atualmente, a PJMR está em fase final de negociações de preços e especificações das embarcações, junto à Transpetro e aguarda para o início de abril, uma definição para o certame.
"Esperamos receber esse presente (contrato da Transpetro) na Páscoa", exclamou o empresário, sinalizando para breve, um desfecho total da licitação, que já leva mais de três meses. "A aquisição ou fusão (à Inace) não está nos nossos planos, até porque esse problema da terra (localização) é a prefeita e o governador que têm que resolver", declarou Haddad. Conforme ratificou, o empreendimento só se viabilizaria financeiramente com o Estado cedendo a área de instalação para a empresa Promar Ceará.
Pirambu
Em relação ao Pirambu, Haddad explicou que a área exigiria muitos recursos para ampliação dos dois espigões hoje existentes, além da necessidade de remoção de moradias para alargamentos de vias de acessos. "O Pirambu apresenta muitos problemas de logística e de meio ambiente". Além disso, acrescentou, "o que iria acontecer com as praias lá na frente?".
Diante do acirramento do debate na sociedade cearense, o empresário disse que espera que Cid Gomes e Luizianne Lins encontrem, logo, uma solução negociada à localização do estaleiro no Ceará.
Urgência
"O tempo está passando e assim que a Transpetro nos chamar para assinar o contrato (da ordem de R$ 570 milhões, para construção dos oito gaseiros), vamos ter que apontar um local", cobrou. Segundo ele, o Ceará é único Estado onde estariam ocorrendo restrições à instalação do estaleiro. Sem revelar as opções de que dispõe para construir o equipamento, e caso as negociações entre Cid e Luizianne sejam frustradas, Haddad disse que foi muito bem acolhido no Ceará, mas "nos outros Estados estão pondo ´tapete vermelho´, para receber o estaleiro".
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