Presidente da entidade sugere investigação na venda de combustíveis isenta de imposto estadual e no setor de solventes, no qual a refinaria teria aumentado os preços em 600% entre 2000 e 2004.
RedaçãoApesar de o presidente da Fecombustíveis (Federação Nacional do Comércio de Combustíveis), Gil Siuffo, considerar legítima a possível ajuda do governo federal à refinaria de Manguinhos, ele acredita que é necessário que haja uma profunda investigação feita pela Polícia Federal e pelo Ministério Público na unidade.
Para Siuffo é fundamental apurar se a gasolina vendida por Manguinhos sem o ICMS recolhido na refinaria está sendo tributada nas distribuidoras. Seguno o informa da entidade, por meio de um decreto da governadora Rosinha Garotinho (PMDB), Manguinhos não está mais obrigada a recolher o imposto estadual. Na prática, quando qualquer distribuidor ou grande consumidor de produtos petroquímicos comprarem algum produto lá, serão eles e não Manguinhos quem deverão pagar o imposto estadual. É preciso ver se estão realmente pagando impostos. Principalmente em outros Estados, diz Siuffo.
Outra frente de produção de Manguinhos que deve ser investigada, segundo o presidente da Fecombustíveis, é a de solventes. Segundo dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP), Manguinhos aumentou mais de 600% a sua produção de solvente de 2000 para 2004. Em 2000, eram produzidos 30.301 metros cúbicos de solventes, em 2004, esse número saltou para 276.065. Tem que investigar se esse solvente está sendo utilizado na indústria de tintas ou na adulteração da gasolina, disse Siuffo.
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