Bahia Oil & Gas Energy 2024
Redação TN Petróleo/AssessoriaPatrocínio de cobertura:
No dia 24/05, durante a feira Bahia Oil & Gas Energy 2024, foi realizada na Plenária Petronor o painel com o tema: “Desafios do mercado de manutenção de rotina e paradas de manutenção em ativos industriais”, no qual estiveram presentes as empresas Eneva, 3R Petroleum, PetroReconcavo e Brainmarket. Os painelistas discutiram sobre os desafios do mercado de manutenção de rotina e paradas em ativos industriais onshore.
Pela Eneva, Anselmo Mariano e Pedro Taveira apresentou um portfólio com capacidade de geração de energia de 5,95 GW, além deum pipeline de projetos para os complexos Azulão, Parnaíba, Futura e Hub Sergipe. Além disso, foi abordada a estratégia de manutenção na qual se define o escopo de trabalho, considerando um cenário de despacho de até 2,8MMm3/dia e uma janela de 6 dias despressurizado, dessa forma, trabalha-se o planejamento dos pacotes de execução para as unidades de tratamento de gás. As usinas térmicas e solares da Eneva possuem estratégias de paradas distintas, de acordo com fatores internos e externos.
A empresa abordou seu modelo de contratação de fornecedores que inclui memoriais descritivos, segregados por pacotes de contratação, visando consolidação de escopos, quando aplicável. A depender das especificidades de cada escopo, são trabalhados modelos de remuneração distintos e seus pacotes de contratação que buscam a negociação de indicadores de nível de serviço, e diferentes modelos de remuneração, podendo ser: preço global, preços unitários ou por disciplina. As contratações são acompanhadas, semanalmente, pela área de suprimentos junto com as equipes de manutenção e operação até a conclusão de todos os processos e realização de reuniões de Kick-off.
Para a Eneva, os principais desafios são o recebimento da demanda com antecedência para que a contratação de materiais e serviços sejam realizados conforme cronograma,aderência aos requisitos de HSE na pré-qualificação, além da disponibilidade de fornecedores exclusivos nas janelas disponíveis para parada geral. A empresa busca trabalhar com o desenvolvimento de fornecedores locais que sejam aptos tecnicamente para execução, que consigam atender as demandas para mobilização (ex: documentação de integração) e que aumentem a utilização de SLA´s de atendimentos nos contratos de parada geral.
Joedson Morais da 3R Petroleum apresentou as operações no midstream e downstream com um portifólio variado, informando que a 3R Petroleum possui 33 concessões na Bacia do Potiguar. A empresa atua em 5 estados, está presente em 40 municípios e possui mais de 50 concessões em 4 bacias sedimentares. A empresa processou no refino, em abril, no Ativo Industrial de Guamaré-RN, aproximadamente 35 mil BPD, além de produzir GLP, Nafta, Qav, Mgo, S500, Bunker e GN, empregando cerca de 1.200 profissionais (diretos e indiretos). Em 2023, foram realizadas com sucesso paradas gerais de manutenção nas unidades de processamento de gás natural, diesel e querosene de aviação, permitindo cumprir os requisitos da NR-13, bem como atingir os objetivos planejados de manutenir equipamentos para assegurar a produção, confiabilidade e a segurança operacional dos principais sistemas do ATI.
Por fim, a PetroReconcavo (Stênio Tavares) apresentou os processos de Gestão de Manutenção em Ativos de Sondas & Serviços. O portfólio de Sondas e Serviços da empresa é diversificado, com foco em operações em poços e inspeções de equipamento. Sua gestão de integridade de ativos é realizada utilizando normas e melhores práticas da indústria, com uso de ferramentas digitais e vem se consolidando nos últimos anos, com foco nas sondas de WO e Perfuração e expandindo sua atuação por toda sua frota de Sondas e Serviços. Seu processo de Gestão de Integridade de Ativos de Sondas & Serviços já reduziu a indisponibilidade mecânica em 50%, gerando um valor anual para a companhia de mais de R$ 7 milhões.
Além das gestões de manutenção diárias, a PetroReconcavo tem um programa de integridade com paradas programadas das sondas, utilizando como base as normas nacionais e internacionais.
Para a PetroReconcavo, o mercado onshore de O&G brasileiro enfrenta desafios para manter a excelência e competitividade, destacando-se a falta de disponibilidade de serviços qualificados e de serviços específicos, além da disponibilidade de equipamentos e de mão-de-obra qualificada e/ou especializada.
Já pela BrainMarket, Eduardo Aragon apresentou as modalidades de contratação utilizadas em serviços de manutenção e paradas, além de apresentar os principais requisitos que os fornecedores desses serviços precisam cumprir. Também foi destacado os riscos, neste tipo de atividade, que incluem a falta de mão de obra qualificada e a inexistência de um banco de dados que identifique esses profissionais com precisão e rapidez.
A empresa abordou sobre a expectativa da realização de grandes investimentos em CAPEX, que irá impactar, ainda mais, no problema da mão de obra já escassa e com baixa qualificação. Para que uma prestadora de serviços esteja devidamente qualificada a realizar paradas de manutenção, ela precisa de um corpo técnico que comprove experiência. Com isso, já se torna fundamental o monitoramento, em tempo real, com câmeras, do rastreamento da mão de obra e de uma gestão online com utilização de drones.
Para concluir, a BrainMarket apresentou uma relação com os Ativos Onshore Privados e da Petrobras e o calendário de Paradas de Manutenção de segmentos industriais programadas para o ano de 2024 envolvendo mais de 500 mil contratações de MO. O painel foi conduzido pelo mediador João Henrique, PMO da Qualidados Engenharia.
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