Redação/Assessoria Firjan
A Firjan lançou na quarta-feira (4/12) a 3ª edição do documento "Perspectivas do Gás Natural no Rio de Janeiro". Além dos principais dados estatísticos de oferta e demanda do produto no estado e no país, a publicação faz uma análise do arcabouço regulatório do gás, por meio de artigos da ANP, e do governo do estado do Rio de Janeiro.
O documento traz ainda um Mapa da Indústria de Gás Natural no Rio de Janeiro, produzido pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), e a visão das empresas sobre as oportunidades de mercado e para o futuro do gás natural com destaque para o Rio. A Petrobras apresenta o posicionamento para o mercado do energético e a NTS faz uma avaliação da importância de um sistema integrado de transporte de gás natural.
Já o BNDES apresenta as perspectivas para o gás natural como fator de desenvolvimento da mobilidade urbana e a Marlim Azul Energia os benefícios do parque termoelétrico em Macaé. A Naturgy destaca o papel da distribuidora na abertura do mercado do gás e a Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro faz uma avaliação de potencial de expansão do mercado de gás no Rio.
De acordo com o estudo, no Brasil, entre 2014 e 2019, a produção total aumentou em mais de 30%, enquanto a produção líquida cresceu apenas 9%. No entanto, a reinjeção subiu mais de 150% e houve queda de 54% na importação, confirmando a mudança no perfil da oferta total de gás no estado, passando a ser majoritariamente nacional (de 45% para 70%).
Já no estado do Rio de Janeiro, no mesmo período, a produção total aumentou em mais de 110% e a produção líquida cresceu mais de 70%. Já a reinjeção teve um aumento de mais de 440%. Assim, mesmo com expressivo aumento na reinjeção do produto no estado, a disponibilidade do energético foi puxada pelo crescimento da produção no Rio de Janeiro, que aumentou em 15 pontos percentuais sua participação na produção líquida total do país.
Na abertura do evento na Casa Firjan, o presidente da federação, Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira, ressaltou a importância de todos os agentes desse mercado estarem atuando para melhorar o ambiente de negócios do gás natural. Segundo ele, a diversificação de agentes contribui para baixar os custos e dar mais transparência ao setor. "Tenho a certeza de que esse encontro é um grande passo para avançarmos em direção de um ambiente de negócios mais competitivo e com resultados mais efetivos", disse Eduardo Eugenio.
Já a gerente de Petróleo, Gás e Naval da Firjan, Karine Fragoso, afirmou que são enormes os desafios para a consolidação do novo mercado de gás com objetivo de tornar o mercado e preço do produto mais competitivos, mas que os benefícios a serem colhidos são ainda maiores.
No painel, que discutiu os "Avanços no arcabouço regulatório do gás", o diretor de Estudos do Petróleo, Gás e Biocombustíveis da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), José Mauro, declarou que até 2030, o país deve mais que duplicar a produção líquida de gás natural. Segundo ele, a estimativa prevê um salto dos atuais 59 milhões para 147 milhões de metros cúbicos (m³) ao dia.
Participaram ainda da discussão, Aldo Barbosa, diretor substituto do departamento de Gás Natural do MME; Hélio da Cunha Bisaggio, superintendente de Infraestrutura e Movimentação da ANP; e Celso Bastos, superintendente de Óleo, Gás e Energia da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Energia e Relações Internacionais do governo do estado do Rio.
Já o segundo painel discutiu as "Oportunidades para o Rio e a visão do mercado para o futuro do gás natural". O debate reuniu Andre Pompeo, gerente do Departamento de Gás, Petróleo e Navegação do BNDES; Álvaro Tupiassú, gerente geral da Petrobras; Ricardo Pinto, diretor comercial da NTS; Bruno Chevalier, presidente da Arke Energia/ Marlim Azul Energia; e Katia Repsold, presidente da Naturgy.
Para acessar o documento "Perspectivas do Gás Natural no Rio de Janeiro" clique no link https://www.firjan.com.br/publicacoes/publicacoes-de-economia/perspectivas-do-gas-natural-no-rio-de-janeiro.htm#pubAlign
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