Lançamento Editorial

Ambiente Onshore de Petróleo e Gás no Brasil é lançado na sede da Firjan

Redação/Assessoria
27/06/2018 17:21
Ambiente Onshore de Petróleo e Gás no Brasil é lançado na sede da Firjan Imagem: Vinícius Magalhães/Firjan - João Vicente de Carvalho, MME Visualizações: 1640 (0) (0) (0) (0)

O Sistema FIRJAN lançou nesta terça-feira (26/06) a publicação Ambiente Onshore de Petróleo e Gás no Brasil, em evento que reuniu os principais players da área. Em sua segunda edição, o documento traz a visão de especialistas sobre o contexto no qual o Brasil se encontra no mercado onshore (exploração em terra), assim como as oportunidades existentes de investimento.

Segundo Raul Sanson, vice-presidente da Federação, o ambiente de negócios para o mercado de Petróleo e Gás (P&G) vem melhorando nos últimos anos. Ainda assim, a exploração em terra não deslanchou. Para ele, destravar esses investimentos passa por estudar melhor a geologia nesse segmento, atualizar a capacidade produtiva e atrair investidores.

“O Canadá, por exemplo, produz 4 milhões de barris por dia no onshore. Por isso, este mês participamos da Global Petroleum Show 2018, em Calgary, e aproveitamos para estreitar as relações com o governo local. O Brasil ainda não é visto como oportunidade de investimento nesse mercado, e estamos trabalhando para mudar essa visão”, afirmou.

Para José Fernando de Freitas, coordenador de Áreas Terrestres da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o projeto de desinvestimentos da Petrobras é essencial para alavancar esse segmento. Por isso, a instituição está trabalhando de modo a facilitar esse processo da empresa estatal. “Precisamos aumentar nosso portfólio de campos disponíveis para leiloar, assim como aprimorar ainda mais o ambiente regulatório”, destacou.

Exemplo no Maranhão

A Eneva é uma das empresas que vem aproveitando o potencial do onshore. Por meio de sua subsidiária Parnaíba Gás Natural, a empresa começou a produzir em Santo Antônio dos Lopes, a 300 km de São Luís (MA), em 2012, na Bacia do Parnaíba. Seis anos depois e com R$ 8 bilhões investidos, a companhia possui cinco campos produtores, 121 poços perfurados e 200 km de gasodutos construídos. Como resultado, o Maranhão se tornou o quinto maior produtor de gás natural do país.

Para alcançar esse rendimento, a Eneva apostou em modelos integrados de energia como o gas-to-wire, que consiste na construção de usinas térmicas na proximidade dos poços produtores terrestres. Desse modo, o gás produzido é utilizado para geração elétrica, e a energia é escoada via linhas de transmissão. Hoje, quatro usinas térmicas são abastecidas a partir do gás natural produzido nos campos terrestres nas proximidades.

“Vemos diversos benefícios em aumentar a atratividade do gás natural em terra, como desenvolvimento e renda por meio da interiorização da produção e a criação da capacidade de atender localmente as demandas por gás natural”, destacou Lino Cançado, diretor de Exploração e Produção da empresa.

Dados do mercado

No ano passado, a produção onshore brasileira atingiu cerca de 130 mil barris/dia de produção petróleo e 22 milhões de m³/dia de gás natural, correspondendo a 5% e 19% do total nacional, respectivamente. Atualmente, existem 242 campos terrestres em produção, distribuídos em 10 bacias sedimentares.

Estudo da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) aponta que do total de 53 bacias sedimentares terrestres, 25 apresentam algum interesse para atividades de Exploração e Produção (E&P) de petróleo e gás natural. Dessas, cinco são consideradas bacias maduras.

Sobre a publicação

Entrega do Sistema FIRJAN em correalização com a Organização Nacional da Indústria do Petróleo (Onip), a publicação reúne análises qualificadas, com principal objetivo de pautar os empresários sobre as oportunidades em petróleo e gás no Brasil, além do offshore (exploração em alto mar). O documento contou com o patrocínio das empresas Eneva, Schlumberger e Böing Gleich.

Os artigos são das seguintes instituições: MME, destacando os resultados do Programa de Revitalização das Áreas Terrestres (Reate); EPE, com mapeamento das bacias terrestres e seus potenciais de riquezas; ANP, contextualizando o segmento onshore; Associação Brasileira dos Produtores Independentes de Petróleo e Gás (ABPIP) e Associação Brasileira das Empresas de Serviços do Petróleo (Abespetro), apresentando a visão dessas associações.

As Federações das Indústrias do Amazonas, Bahia, Maranhão, Minas Gerais, Espírito Santo, Sergipe e Rio Grande do Norte assim como a FIRJAN, também contribuíram com avaliações sobre as oportunidades nas regiões do Brasil. “O Rio pode ser um grande parceiro no desenvolvimento do mercado onshore de petróleo e gás, por meio de sua base de conhecimento e de bens e serviços”, pontuou Karine Fragoso, gerente de Petróleo, Gás e Naval do Sistema FIRJAN.

Por sua vez, a Petrobras expõe no documento as oportunidades que o seu plano de desinvestimento traz, enquanto a Eneva e a Associação Colombiana de Engenheiros de Petróleo (Acipet) compartilham sua experiência de sucesso no Maranhão e na América Latina, respectivamente.

Mais Lidas De Hoje
veja Também
Pré-Sal
Com 900 mil barris de petróleo por dia, Campo de Búzios ...
18/08/25
Logística
PetroReconcavo e Dislub constroem rota inédita para esco...
18/08/25
IBP
Programa NAVE avança com 21 startups do setor de energia
18/08/25
Bacia de Campos
ANP interdita FPSO Peregrino
18/08/25
Fenasucro
Fenasucro & Agrocana encerra edição com recorde de públi...
18/08/25
Combustíveis
Etanol anidro e hidratado sobem na segunda semana de ago...
18/08/25
Emprego
Firjan alerta: aumento do FOT cria tarifaço fluminense e...
15/08/25
Pré-Sal
PRIO vence disputa por carga de Atapu e pela primeira ve...
15/08/25
Petrobras
Com 225 mil barris/dia, FPSO Almirante Tamandaré bate re...
15/08/25
Resultado
Porto do Rio de Janeiro lidera crescimento entre os port...
15/08/25
Etanol de milho
Biocombustível impulsiona uso do milho e amplia fronteir...
15/08/25
ANP
TIP ANP: 3ª edição do evento debateu temas relacionados ...
15/08/25
Descomissionamento
ABPIP promove debate para otimizar custos e prazos de de...
15/08/25
Fenasucro
Cogeração, biometano e CCS colocam Brasil no centro da t...
15/08/25
Paraná
Petrobras entrega primeiro lote de ARLA 32 na Ansa, em A...
14/08/25
Fenasucro
Biodiesel avança como pilar da transição energética e ga...
14/08/25
Fenasucro
Na FenaBio, Anfavea afirma que com 100% de etanol na fro...
14/08/25
Dutos
Transpetro investe R$ 100 milhões por ano para ampliar a...
14/08/25
Logística
Super Terminais recebe Selo Ouro e tem inventário de emi...
14/08/25
PD&I
Tecnologia brasileira utiliza inteligência artificial pa...
14/08/25
Energia Elétrica
GE Vernova fornecerá subestação de energia para fábrica ...
14/08/25
VEJA MAIS
Newsletter TN

Fale Conosco

Utilizamos cookies para garantir que você tenha a melhor experiência em nosso site. Se você continuar a usar este site, assumiremos que você concorda com a nossa política de privacidade, termos de uso e cookies.

23