Mercado

Alta no preço da soja intensifica movimentação no Porto de Paranaguá

Uma combinação de fatores vem fazendo com que os exportadores de soja promovam uma verdadeira corrida aos portos. No primeiro quadrimestre, o Porto de Paranaguá já exportou 3 milhões de toneladas de soja, volume 68% superior ao exportado no mesmo período do

APPA
22/05/2012 14:32
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Uma combinação de fatores vem fazendo com que os exportadores de soja promovam uma verdadeira corrida aos portos. O dólar está apresentando a melhor cotação dos últimos três anos e atingiu os R$ 2.

O preço pago pela saca de soja em Paranaguá também é o melhor da história e já ultrapassou os R$ 60. Paralelamente a isso, o prêmio pago pela soja exportada por Paranaguá na bolsa de Chicago está em US$ 0,74, o melhor dos últimos três anos. O prêmio é pago pelos compradores para estimular a exportação, quando há suspeitas de que pode faltar produto no mercado.

De acordo com o superintendente da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina, Luiz Henrique Dividino, o mercado de commodities não se comporta igual todos os anos e quando há um alinhamento de valores positivos, as transações comerciais são aceleradas e tem-se uma corrida para os portos. “Os exportadores e tradings analisam rotineiramente o comportamento dos mercados buscando oportunidades para comprar ou vender seus produtos na melhor época na busca por melhores resultados. E no caso da soja, o momento é agora”, disse.

O reflexo desta conjunção de fatores é a movimentação atípica no terminal. No primeiro quadrimestre, o Porto de Paranaguá já exportou 3 milhões de toneladas de soja, volume 68% superior ao exportado no mesmo período do ano passado. Também foi escoado 1,6 milhão de toneladas de farelos de soja, volume 23% superior ao registrado em 2011.


Navios

A alta na movimentação reflete-se diretamente na quantidade de navios. Nesta segunda-feira (21), 51 navios estão aguardando para atracar no Porto de Paranaguá. Destes, 25 esperam para atracar no corredor de exportação. Os navios em espera estão distribuídos em 20 berços de atracação. Sob a ótica da produção é importante mencionar que o porto finaliza aproximadamente 10 navios por dias e por outro lado podem chegar mais de 10 embarcações diariamente. A fila é dinâmica e em determinados momentos a espera é maior ou menor, dependendo das operações.

Esta situação pode ser observada também nos portos vizinhos. Em Santos, o relatório de navios apontava nesta segunda-feira (21) 76 navios aguardando atracação. Em São Francisco do Sul, nove. No Porto de Rio Grande, 20 navios estão aguardando para atracar nesta mesma data. O evento fila em momentos como este ocorre em todo o sistema portuário.

O tempo de espera varia de acordo com o tipo de carga. “Neste momento, quando temos todos os eventos comerciais favoráveis e os produtores e tradings buscando resultados, forma-se esta corrida aos portos. Hoje, o tempo de espera pode chegar até 30 dias em função desta corrida pela carga. Mas este tempo de espera se reduz rapidamente. O Porto de Paranaguá pode atender seis navios simultaneamente reagindo rapidamente no carregamento dos grãos”, explica Dividino.

É importante ressaltar também que o Porto de Paranaguá tem hoje a operação mais versátil de todos os portos brasileiros. No corredor de exportação existem oito armazéns interligados ao cais de atracação - seis privados, um público e os armazéns de entreposto do Paraguai. O sistema permite carregar cargas de diversas empresas, origens ou até países diferentes num mesmo navio, o que permite aos exportadores buscar melhor técnica e a racionalização das operações. Estes fatores positivos também ajudam atrair cargas e navios para o Porto de Paranaguá.
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