Iniciada há 14 meses, no rio Xingu, a obra atravessa momento crítico.
Valor Econômico
A construção da usina de Belo Monte, a maior hidrelétrica do Brasil, corre o risco de ter seu cronograma de operação atrasado em até um ano. Iniciada há 14 meses, no rio Xingu, a obra atravessa um momento crítico. Para iniciar a barragem definitiva da usina, é preciso desviar o rio com uma barragem provisória. A execução dessa estrutura, de quase um quilômetro de extensão, corre contra o tempo para ficar pronta até dezembro, quando começa o período das chuvas.
"Neste momento, essa é a nossa maior preocupação", diz Duílio Diniz de Figueiredo, novo presidente da Norte Energia, consórcio responsável pela usina. "Isso significa suspender ou até mesmo demitir boa parte das 13 mil pessoas que hoje atuam em Belo Monte". Já foram investidos mais R$ 5 bilhões na usina desde o início das obras, em junho de 2011.
A Norte Energia tem ainda de vencer duas etapas para iniciar o desvio do Xingu. Primeiro, tem de derrubar determinação do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, que ordenou a suspensão imediata da obra sob alegação de que o processo de licenciamento ambiental não teria incluído a consulta prévia às populações indígenas. Além disso, a barragem provisória precisa obter a autorização do Ibama para que os trabalhos possam começar.
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