Redação/Assessoria Datagro
Durante audiência pública realizada na última semana na Comissão Mista Permanente sobre Mudanças Climáticas (CMMC) do Congresso Nacional, que tratou sobre a Política Nacional de Biocombustíveis (RenovaBio), a Embrapa destacou a importância do RenovaCalc, que será responsável pelo cálculo da nota de desempenho ambiental da produção de biocombustíveis.
Durante o debate. o chefe-geral da Embrapa Meio Ambiente, Marcelo Morandi, disse que o Renovacalc será a base para a implementação do RenovaBio. A plataforma irá realizar o cálculo da intensidade de carbono de cada produtor de biocombustível e assim gerar as notas que darão acesso aos créditos de descarbonização (CBios), que serão o instrumento de cumprimento das metas individuais dos distribuidores de combustível e das metas globais do país estabelecidas pelo RenovaBio.
Diferentemente de medidas tradicionais, o RenovaBio não propõe a criação de imposto sobre carbono e nem subsídios para os produtores de biocombustíveis. Na prática, produtores rurais, empresas e indústrias que atuam na cadeia produtiva de biocombustíveis, como cana-de-açúcar, milho, soja entre outros, poderão ser beneficiados a partir da contribuição que estarão dando para a redução do carbono, relacionando sua eficiência energética e emissão de gases de efeito estufa.
E será a partir da RenovaCalc que o desempenho ambiental da produção de biocombustíveis pelas usinas de biocombustíveis será calculado. Para isso, as usinas deverão detalhar aspectos agrícolas e industriais de seus processos produtivos que resultam na emissão de carbono, relacionando eficiência energética e emissão de gases de efeito estufa, com base em ACV (Avaliação do Ciclo de Vida) - e estabelecendo as diretrizes para sua certificação.
A emissão total é comparada com a do combustível fóssil equivalente (a gasolina, no caso do etanol, ou o diesel, para o biodiesel) resultando em uma nota final, caracterizando a mitigação das emissões. Essa nota se transforma em um fator multiplicador no momento da emissão dos Créditos de Descarbonização (CBios) negociados em bolsa de valores e que funcionarão como um novo produto para as companhias.
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