Produção

Produção de petróleo vai crescer 40% em 5 anos, prevê ANP

Redação/Boletim SCA
02/08/2019 16:17
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A produção de petróleo no Brasil deve passar dos atuais 2,7 milhões de barris diários para 3,756 milhões de barris diários em 2023, de acordo com projeções da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Para o mesmo horizonte, a autarquia prevê que a produção de gás natural passe dos atuais 118 milhões de metros cúbicos/dia para 167,6 milhões de metros cúbicos/dia.

Os dados foram divulgados ontem, junto com as previsões sobre atividades de desenvolvimento e produção de petróleo e gás para os próximos cinco anos.

A ANP, por exemplo, estima que serão necessários R$ 17,4 bilhões de investimentos em novas unidades de produção petrolífera nos próximos cinco anos.

Ontem também a diretoria da ANP aprovou o edital e os modelos de contratos do leilão dos volumes excedentes da cessão onerosa, previsto para 6 de novembro. Segundo a autarquia, os documentos serão submetidos à aprovação do Ministério de Minas e Energia e, posteriormente, do Tribunal de Contas da União (TCU). A previsão é que a versão final seja publicada em 6 de setembro.

Com relação aos valores de combustíveis no país, o diretor de Planejamento Estratégico e Mercado da Associação Nacional das Distribuidoras de Combustíveis (Plural), Helvio Rebeschini,disse que os valores corrigidos pela Petrobras nas refinarias afetam apenas uma parcela dos preços desses produtos cobrados nas distribuidoras e postos revendedores.

A Petrobras anunciou na quarta-feira reajuste de 3,75% do preço médio do diesel e de 4% do preço médio da gasolina nas refinarias. Os novos valores entraram em vigor ontem.

Rebeschini, no entanto, explicou que o diesel fornecido pela Petrobras responde por cerca de 50% do preço final do produto comercializado nos postos de combustíveis. No caso da gasolina, essa fatia cai para algo entre 30% e 33%.

"Isso é uma questão matemática. Se baixar 5% [o preço na refinaria], o percentual que vai cair [nos postos] não é 5%", disse ao Valor.

Ele destacou ainda haver forte competição na distribuição e revenda, o que impede o repasse integral do reajuste nas refinarias.

Levantamento feito pela Plural indicou que, do início do ano até 20 de julho, o preço médio da gasolina nas refinarias avançou 10,3%, enquanto o valor na bomba cresceu apenas 0,2%. No caso do diesel, o preço na refinaria aumentou 14,2%, enquanto o valor na bomba avançou 3%.

 

 

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