Iniciativa teve início no final do ano passado e produz resultados
Redação TN Petróleo/AssessoriaA Ocyan, empresa de óleo e gás, deu início à impressão de peças em 3D para atender sua cadeia de suprimentos. A primeira experiência foi a criação de um filtro utilizado no sistema de água potável das sondas da companhia. A confecção dessas peças por meio dessa tecnologia poderá diminuir gastos com logística, que incluiu o abastecimento das sondas que operam a dezenas de quilômetros da costa brasileira. A produção do filtro gerou uma integração ainda maior de expertises da empresa incluindo os setores de suprimentos, inovação e engenharia. O 3D é amplamente utilizado nas indústrias automobilísticas, aeroespaciais e de medicina, mas ainda não é comum no mercado de óleo e gás. Umas das vantagens da tecnologia é buscar materiais mais leves e resistentes.
“O mercado de óleo e gás apresenta muitas oportunidades e esse é mais um importante passo que nos abrirá um leque de opções na área tecnológica. Nos últimos anos, a impressão 3D vem revolucionando os métodos tradicionais de manufatura, trazendo uma maior liberdade de design, possibilidade de digitalização do estoque, assim como redução de custos. São esses ganhos que queremos alcançar”, explica Lineu Aguiar, analista de Suprimentos da Ocyan. A impressão de peças no local contribuirá ainda para reduzir gastos e racionalizar a cadeia de suprimentos, o que ajuda no cumprimento de metas de ESG.
Após essa experiência, considerada exitosa pelas áreas técnicas, a Ocyan já iniciou o trabalho para a impressão de outras peças. O projeto foi possível depois de uma busca por parceiros no Brasil capazes de prestar este serviço.
Para a produção da primeira peça, a equipe de Manutenção e Serviços offshore realizou a elaboração de um desenho técnico, a partir da utilização de técnicas de engenharia, com o objetivo de tornar a peça parte do acervo digital da Ocyan. “O desenho elaborado por nós foi enviado para nossa consultoria e eles fizeram um modelo 3D para a impressão. O material que utilizamos para manufatura não é exatamente o mesmo da peça anteriormente utilizada. Nossa opção foi fazer uma adaptação que atende a todas as especificações e traz uma redução de custos”, complementa Lineu Aguiar.
O custo final da peça foi 33% inferior àquele pago à fornecedora tradicional, localizada em Singapura. Além desse ganho, os custos logísticos também foram reduzidos. A viabilidade da produção com tecnologia 3D de outras peças será analisada caso a caso, uma vez que nem sempre o custo da impressão será inferior ao daquela adquirida no mercado.
O projeto de manufatura aditiva está sendo liderado por uma equipe multidisciplinar de suprimentos com grande apoio das áreas de inovação, engenharia e Manutenção e Serviços Offshore.
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