Eólica Offshore

Marco regulatório da energia eólica offshore posiciona Rio Grande do Sul como um dos líderes do setor no Brasil

O Estado, que apresenta boa infraestrutura, inovações tecnológicas e condições naturais favoráveis, busca potencializar as oportunidades e superar os desafios de desenvolvimento para despontar como protagonista dessa transição energética.

Redação TN Petróleo/Assessoria Neoenergia
14/02/2025 08:43
Marco regulatório da energia eólica offshore posiciona Rio Grande do Sul como um dos líderes do setor no Brasil Imagem: Divulgação Neoenergia Visualizações: 2210

A recente sanção da Lei nº 576/2021 cria um marco histórico para a energia eólica offshore no Brasil, regulando a exploração em áreas sob domínio da União e impulsionando o setor. Com boa infraestrutura, inovações tecnológicas e condições naturais favoráveis, o Rio Grande do Sul desponta como um dos protagonistas  dessa transformação.

Transição Energética Justa

A diretora-executiva de Renováveis da Neoenergia, Laura Porto (foto), reforça a importância de um marco regulatório sólido e previsível para o sucesso da geração eólica offshore. "A Neoenergia acredita que a geração eólica offshore necessita de um marco regulatório que traga segurança jurídica e previsibilidade para investidores, prezando pelo equilíbrio do setor como um todo e oferecendo um cenário seguro para a sociedade brasileira, em linha com os preceitos da modicidade tarifária e da transição energética justa," pontua.

Com um legado de pioneirismo no desenvolvimento de geração eólica onshore, a Neoenergia também está atenta à oportunidade de médio e longo prazo que as eólicas offshore representam para o Brasil. Atualmente, a organização possui 4,3 GW de capacidade instalada em geração, sendo 88% de energia renovável.

A Neoenergia também destaca a relevância do Rio Grande do Sul nesse contexto. "É importante que o Brasil esteja preparado e se posicione para esta nova fonte limpa e renovável, que beneficiará outras regiões do Brasil, incluindo a região Sul. Nesse sentido, a companhia vem conduzindo estudos para promover e avaliar a viabilidade da eólica offshore em estados como o Rio Grande do Sul, tanto que já firmou um memorando de entendimento (MoU, na sigla em inglês) com o Governo Estadual," conclui Laura Porto.

O potencial do RS

O CEO da Corio Generation, Ricardo De Luca, reforça o potencial gaúcho e a estratégia da empresa, que investiu em estudos sobre conexão de rede e operação portuária. "Temos 6 GW de projetos planejados, com prioridade para uma implementação inicial de 1,2 GW no Sul, devido à disponibilidade técnica e à qualidade dos ventos", explica. "Esperamos que o primeiro leilão aconteça em 2025, permitindo os avanços necessários, como gargalos na transmissão que ainda precisamos superar", acrescenta.

Para Guilherme Grossi, engenheiro-chefe da Ocean Winds, a nova legislação é resultado de anos de discussão e se torna crucial para o desenvolvimento nacional das eólicas offshore. Segundo ele, o Rio Grande do Sul tem condições ideais para liderar essa indústria, com ventos fortes, águas pouco profundas e área portuária preparada. A Ocean Winds, que já firmou um Memorando de Entendimento com o governo estadual, aposta em parcerias. "Para evoluirmos, é essencial um enfoque colaborativo, além de mais investimentos em infraestrutura e inovação", conclui.

A presidente do Sindienergia-RS, Daniela Cardeal, ressalta que o RS concentra cerca de 30% do potencial brasileiro de eólicas offshore e está pronto para atender à crescente demanda por energia renovável. No entanto, alerta para desafios, como a criação de unidades de conservação no litoral sul, que podem impactar a geração. "Precisamos reconstruir esse debate com dados atualizados e buscar soluções equilibradas. Pois fortalecer a indústria nacional é um dos objetivos dessa legislação", pontua.

Com o marco regulatório estabelecido, o Rio Grande do Sul se posiciona como um dos líderes na transição energética, atraindo investimentos e impulsionando o crescimento da energia renovável no Brasil.

Mais Lidas De Hoje
veja Também
Biodiesel
ANP reúne representantes de laboratórios para discussões...
17/12/25
Pré-Sal
Cerimônia marca início da produção do campo de Bacalhau,...
17/12/25
Logística
Santos Brasil recebe autorização para operar com capacid...
16/12/25
Indicadores
ETANOL/CEPEA: Indicadores são os maiores da safra 25/26
16/12/25
Sergipe
Projeto Sergipe Águas Profundas reforça expansão da ofer...
15/12/25
Etanol
Hidratado sobe pela 9ª semana seguida
15/12/25
Meio Ambiente
Shell Brasil, Petrobras e CCARBON/USP lançam o Carbon Co...
12/12/25
Energia Solar
Desafios de topografia na geração de energia solar: conh...
12/12/25
Oferta Permanente
Seminário da ANP apresenta informações sobre a Oferta Pe...
12/12/25
Drilling
SLB conclui a construção do primeiro poço de injeção de ...
12/12/25
Drilling
Shell assina contrato com a Valaris para uso de sonda of...
12/12/25
Royalties
Estudo revela proporção de royalties na receita municipa...
12/12/25
Sergipe Oil & Gas 2026
SOG26 destaca Sergipe como nova fronteira na produção de...
12/12/25
Biocombustíveis
Sessão especial celebra 8 anos do RenovaBio e reforça su...
12/12/25
Navegação Interior
A Revolução Livre de Graxa no setor de embarcações de se...
12/12/25
Reconhecimento
IBP conquista novamente o "Oscar dos Eventos" com a ROG....
11/12/25
Firjan
Rio pode ganhar mais 676 mil empregos com estímulo a 9 n...
10/12/25
Reconhecimento
Programa Nacional de Transparência Pública concede certi...
10/12/25
Combustíveis
Com novo aumento do ICMS para 2026, impacto nos preços d...
10/12/25
PPSA
Contratos de partilha vão produzir 2 milhões de barris a...
10/12/25
Logística
Transpetro amplia atuação logística com integração da PB...
09/12/25
VEJA MAIS
Newsletter TN

Fale Conosco

Utilizamos cookies para garantir que você tenha a melhor experiência em nosso site. Se você continuar a usar este site, assumiremos que você concorda com a nossa política de privacidade, termos de uso e cookies.