Porto de Santos

Infra-estrutura limita embarques de álcool

<P>A crescente movimentação de álcool pelo Porto de Santos deve continuar no próximo ano, somente se a Codesp conseguir manter a dragagem de manutenção do cais e a racionalização do uso dos berços de atracação. A avaliação é do diretor comercial e de Desenvolvimento da estatal, Fabrizi...

A Tribuna (Santos)
16/10/2006 00:00
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A crescente movimentação de álcool pelo Porto de Santos deve continuar no próximo ano, somente se a Codesp conseguir manter a dragagem de manutenção do cais e a racionalização do uso dos berços de atracação. A avaliação é do diretor comercial e de Desenvolvimento da estatal, Fabrizio Pierdomenico, ao comentar os resultados dos embarques do combustível nos primeiros oito meses do ano. Entre janeiro e agosto últimos, essas operações aumentaram em 54,5%, na comparação com o mesmo período do ano anterior.

Segundo Pierdomenico, para crescer além desse índice, será preciso investir na ampliação da infra-estrutura do complexo, com a construção de mais píeres de atracação e a dragagem de aprofundamento.

A ponderação do diretor foi feita depois da divulgação dos números da Codesp sobre a movimentação no cais santista em agosto último (o melhor mês da história do porto) no último dia 6. O levantamento mostrou que o álcool foi a carga que mais cresceu no acumulado dos oito primeiros meses do ano, atingindo a marca de 1,2 milhão de toneladas (contra 776 mil toneladas nos dois primeiros quadrimestres de 2005). Em seguida, o melhor desempenho foi o do café em grãos, cujo incremento foi de 29,8% no período (chegando a 582 mil toneladas).

As obras de superestrutura feitas neste ano no complexo foram determinantes para abarcar as crescentes exportações do álcool, afirmou Pierdomenico. O fato de estarmos neste ano com o TIS (Terminal Intermodal de Santos, empreendimento privado instalado na região) em plena carga e a oferta de mais superestrutura (por exemplo, com a ampliação de terminais com o da Stolthaven, na Alemoa, que aumentou em 40% sua capacidade de recepção de álcool) mostra para o mercado que estamos navegando um bom momento. Há interesse mundial pelo álcool e o porto está refletindo isso, argumentou.

De acordo com o diretor, entretanto, se o porto pretende aumentar para além do atual índice o crescimento nas exportações da carga, terá de expandir sua infra-estrutura. Nós próximos quatro anos têm de estar prontos os píeres 5 e 6 da Alemoa e, o que acho fundamental, a dragagem de aprofundamento. Com isso poderemos receber navios de maior calado, explicou o executivo.

Usinas

Também para o diretor da Associação Brasileira de Terminais Líquidos (ABTL), Mike Sealy, os novos pontos de atracação têm de estar operando em 2010. Além disso, os próprios terminais têm de investir para aumentar a capacidade de recebimento e escoamento da carga. O álcool será um dos produtos de maior exportação da pauta brasileira, sem dúvida alguma, visto que existe um incremento enorme na construção de novas usinas de açúcar, destacou.

Segundo Sealy, o País tem hoje 144 projetos de construção de usinas de açúcar, que devem estar prontas a médio prazo. A maioira será implantada em São Paulo, estado que lidera a produção e a exportação sucroalcooleira do País. Eu considero isso uma revolução no setor. E diria que Santos será a porta que irá fornecer a possibilidade da verdadeira revolução no sistema mundial do agronegócio e energia para o futuro, sentenciou.

Soja

Já a exportação da soja, a vilã das vendas para o mercado externo entre janeiro e agosto, conforme os dados divulgados pela Codesp no início do mês, deve ter um desempenho melhor em 2007. De acordo com o presidente do complexo soja na Associação Comercial de Santos (ACS), Reinaldo Ruas, as perspectivas são que os preços reajam no decorrer do ano.

'Basicamente este ano não foi bom para os preços da soja, além do real valorizado (diante do dólar)', listou Ruas, para quem o cenário ideal é um dólar a R$ 2,80. A cotação atual está na casa dos R$ 2,10.

A previsão de exportação da soja para este ano em todos os portos do país é de 25 milhões de toneladas, um crescimento de 11% em relação ao exportado no ano passado: 22,5 milhões de toneladas.

Fonte: A Tribuna (Santos)

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