O governo quer que grandes empreiteiras como Andrade Gutierrez, Camargo Corrêa e Odebrecht sejam contratadas para construir a usina de Belo Monte, no rio Xingu (PA). A avaliação é de que a participação delas - mesmo que seja apenas na condição de contratadas para a obra - é essencial para garantir que a usina seja entregue.
Na avaliação de uma importante fonte do governo, o consórcio vencedor do leilão de Belo Monte, liderado pelo grupo Eletrobras, é formado também por muitas empresas do setor de construção, mas algumas delas de médio porte e com um porcentual pequeno na sociedade.
Daí as articulações de bastidores dos últimos dias para garantir que as três grandes empreiteiras (Odebrecht, Camargo Corrêa e Andrade Gutierrez) sejam contratadas para cuidar da obra. "As grandes construtoras, experientes na construção de usinas, dão segurança ao governo", disse a fonte.
A Andrade, que estava no consórcio derrotado no leilão de Belo Monte, deve conseguir ainda uma fatia na sociedade que deterá a concessão da usina. Mas, para isso, precisará comprar um porcentual junto a algum, ou alguns, dos atuais 18 sócios do projeto.
O governo manteve uma interlocução intensa com as construtoras nesses últimos dias. A ministra-chefe da Casa Civil, Erenice Guerra, por exemplo, teve reuniões individuais com representantes da Andrade Gutierrez e da Queiroz Galvão.