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Gazeta MercantilCURITIBA - O crescimento da movimentação de produtos exportados através de contêineres já está provocando a falta destes equipamentos em alguns portos brasileiros. O maior problema é a falta de contêineres refrees, utilizados no transporte de cargas congeladas e refrigeradas porque o Brasil é um grande exportador de produtos como carnes e frutas mas não importa uma quantidade significativa de produtos congelados. Os contêineres refrees estão saindo e acabam não voltando para o País por causa desta falta de movimento no sentido inverso, alerta o diretor do TCP (Terminal de Contêineres de Paranaguá), Juarez Moraes, que assumiu neste mês a presidência do Conselho de Administração da Associação Brasileira de Terminais de (Abratec), em substituição a Wady Jasmin, da Santos Brasil.
Segundo ele, as 13 empresas afiliadas a Abratec, em cujos terminais transitam 98% dos contêineres movimentados no País, estão operando no limite por causa do crescimento das exportações. Em Paranaguá este tipo de operação cresceu 50% em 2007 e neste primeiro semestre já aumentou 16%, disse ele. Há um cálculo no mercado que a movimentação com este tipo de equipamento vai alcançar a 18 milhões de TEUs ( o equivalente a contêiner de 20 pés) em 2010. Em 2003, a movimentação era de apenas 3,5 milhões de TEUs. Ainda não temos levantamento de prejuízos porque os armadores estão tentando resolver esta situação de todas as formas possíveis. Hoje eles já estão enviando carga normal para o Brasil em contêineres refrees desligados, mas o problema é que este tipo de equipamento é mais sofisticado e delicado, não aceitando qualquer tipo de carga. Até aqui eles só obtiveram sucesso trazendo pneus e lâmpadas, o que ainda não é suficiente para manter o equilíbrio entre o que está saindo do País e o que está entrando, informa Juarez Moraes.
A grande procura pelo contêiner refree pode significar maior custo do frete por contêiner, mas os exportadores brasileiros também têm de enfrentar maiores custos com armazenagem porque, quando não conseguem embarcar as cargas na data inicialmente prevista, têm de recorrer à estocagem em armazéns de terceiros até que seja possível realizar a operação já que sem o contêiner não é possível nomear navios. Esta é uma situação onde ainda não vemos solução até o final do ano, completa o presidente da Abratec.
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