Petrobras

Estatal vê integração entre projetos de alcooldutos

Valor Econômico
15/06/2009 03:58
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A prevalecer o ponto de vista da PMCC, empresa de nome provisório controlada, em partes iguais, por Petrobras, Mitsui (Japão) e Camargo Corrêa, a integração entre os três projetos de alcooldutos em desenvolvimento no país será feita à moda dos sistemas de metrô de cidades cujas linhas foram feitas por vários operadores, como o de Londres: os trechos com trajeto comum serão compartilhados, mas cada um terá sua independência. “Não tem negociação ainda estruturada. Está caindo de maduro [um acordo nesses moldes], mas ainda não caiu”, disse ao Valor Alberto Guimarães, presidente da PMCC.

 


De acordo com ele, desde que obedeçam a padrões comuns de especificação, os dutos e terminais podem perfeitamente ser compartilhados como se fossem linhas e estações de um metrô. “Nos Estados Unidos funciona assim [a rede de dutos de derivados de petróleo]“, afirmou. “Acho que no futuro os empreendimentos [alcooldutos] também irão se conjugar, sem se fundirem, em benefício do usuário”, previu.

 

Além do projeto da PMCC, que pretende ser o primeiro alcoolduto do mundo, também estão em andamento um projeto da Uniduto, empresa formada por vários produtores de álcool, como o grupo Cosan, e outro da Brenco, companhia formada por investidores nacionais e internacionais que tem como vice-presidente Rogério Manso, ex-diretor de Abastecimento da Petrobras.

 

Da mesma forma que o projeto da PMCC, o da Uniduto tem Paulínia (SP) como destino central e uma intersecção com a hidrovia Tietê-Paraná. O projeto da Brenco, que pretende transportar 8 bilhões de litros, tem traçado ligando ligando o litoral paulista ao Centro-Oeste, um caminho também parecido com o da PMCC. Conforme Guimarães, em parte as negociações ainda não começaram porque os projetos têm cronogramas diferentes. O empreendimento que ele comanda está previsto para operar em 2010 e os outros dois só entrariam em 2011 e 2012.

 

A inauguração prevista para o fim de 2010 é a da primeira fase do sistema que a empresa tripartite pretende criar, interligando Uberaba, no Triângulo Mineiro, a Paulínia - um trecho de 342 quilômetros -, e esta com os portos de São Sebastião (Terminal Marítimo Almirante Barroso) e do Rio de Janeiro (Terminal da Ilha d’Água), via Taubaté (SP).

 

“Sou capaz de apostar como fica pronto antes do fim de 2010″, disse Guimarães, baseando-se, entre outros aspectos, no fato de já existir pronta a linha do Rio de Janeiro - 500 quilômetros até Paulínia -, hoje ainda usada para derivados de petróleo, e no de que não será necessário fazer aquisições de terrenos no trecho em direção ao Centro-Oeste. Até o começo do quarto trimestre deste ano a PMCC já pretende estar fazendo as encomendas dos tubos e bombas a serem utilizadas no trecho que terá capacidade inicial para bombear 12 milhões de metros cúbicos de álcool/ ano.

 

A conexão de Paulínia com a hidrovia Tietê-Paraná será feita por uma linha de 110 quilômetros até Santa Maria da Serra (SP). A parte hidroviária prevê três terminais de embarque de álcool ao longo do trecho navegável e a encomenda de 80 barcaças e 20 empurradores. Embora ainda não esteja definido quem vai operar o transporte aquaviário, Guimarães considera que, por sua capacidade operacional, a Transpetro, subsidiária da Petrobras, é candidata natural.

 

Até 2012 o traçado do duto alcança Itumbiara, em Goiás, segundo o cronograma atual. A ligação até Senador Canedo, prevista para 2014, pode ser antecipada para 2012 se o trabalho de comercialização do sistema conseguir firmar contratos que justifiquem a antecipação.

 

Todo o sistema da PMCC, com aproximadamente 1.580 quilômetros de dutos, tem orçamento provisório estimado entre US$ 1,7 bilhão e US$ 2 bilhões, mas Guimarães disse que espera reduzir os custos, talvez a US$ 1,5 bilhão. Na atual fase, mais concentrada em estudos, ele disse que o orçamento de R$ 52 milhões ficou em R$ 41 milhões.

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