Em crescimento contínuo, principalmente no último ano, a energia solar vem conquistando cada vez mais espaço nos telhados dos brasileiros e deve alcançar o segundo lugar na matriz elétrica em breve
Redação TN Petróleo/AssessoriaO Brasil alcançou, em novembro, 22 gigawatts (GW) de potência instalada da fonte fotovoltaica, o que representa 10,8% da matriz elétrica do país. De janeiro a novembro deste ano, a energia solar registrou aumento de 56%. São números históricos e um reflexo da força do setor que segue num contínuo crescimento desde 2012. Os dados são da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar).
O resultado representa a soma das usinas de grande porte e o segmento de geração própria de energia - a mais representativa, inclusive. A expectativa é que, em breve, a energia solar ultrapasse a eólica (atualmente com 23,2 GW) e assuma a segunda posição na matriz elétrica brasileira, atrás apenas da fonte hídrica.
Para o CEO da Solar Vale, uma das principais empresas de instalação de energia solar de Santa Catarina, Thomas Knoch (foto), o avanço da fonte fotovoltaica é uma tendência mundial, incentivada pela preocupação com a sustentabilidade e a economia gerada. “O Brasil é um país privilegiado quando o assunto é presença do sol e não poderia ficar de fora dessa tendência que os principais países têm incentivado para cumprirem seus compromissos ambientais. Também é muito importante que a nossa matriz se diversifique e a solar é a fonte sustentável mais acessível”, comenta.
O Brasil iniciou o ano com 13,8 GW de potência instalada de energia solar e no último quadrimestre manteve um ritmo de crescimento de um GW por mês. Segundo Knoch, esse aumento expressivo da adesão à energia solar visto no último ano se deve muito aos incentivos financeiros para a instalação de painéis fotovoltaicos e a proximidade do fim do prazo para garantir a isenção até 2045 de encargos para o uso da rede de distribuição.
“Existe, sim, uma preocupação maior das empresas e dos próprios consumidores em aderir a uma energia mais limpa e mais barata, mas a corrida pela adesão à fonte fotovoltaica que temos visto nos últimos meses se deve muito também a questão do Marco Legal da Geração Distribuída”, comenta.
Segundo a Absolar, na última década, a energia solar garantiu ao Brasil mais de R$ 114 bilhões em novos investimentos e mais de R$ 35,7 bilhões em arrecadação aos cofres públicos. Também gerou mais de 660 mil empregos acumulados e evitou a emissão de 30,6 milhões de toneladas de CO2 na geração de energia.
Fale Conosco
21