Redação TN Petróleo/Assessoria MME
O percentual de energia renovável no setor de transportes, considerado de difícil descarbonização, chegou a 22,5% em 2023. É o que mostra o Balanço Energético Nacional (BEN) 2024, divulgado nesta semana pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE) em parceria com o Ministério de Minas e Energia (MME). Nos últimos dez anos, a energia renovável no setor de transporte cresceu cinco pontos percentuais.
"Não é por acaso que lançamos, neste terceiro mandato do presidente Lula, o maior programa de descarbonização da matriz de transportes e de mobilidade do planeta: o Combustível do Futuro. Isso significa mais etanol na gasolina, mais biodiesel no diesel, combustível sustentável de aviação, diesel verde e captura de carbono. Tudo isso se traduz em mais emprego e renda para brasileiras e brasileiros.", pontuou o ministro Alexandre Silveira.
Entre os destaques do balanço para o setor de biocombustíveis está o aumento do consumo de Etanol, que cresceu 6,3%, e de Biodiesel, que subiu em 19,2% em 2023, em comparação ao ano anterior. Durante o ano de 2023, o mandato de adição do biodiesel ao diesel fóssil foi de 12% em volume (B12) a partir de abril.
Segundo o BEN 2024, os combustíveis mais consumidos ainda no setor de transportes são óleo diesel (43,4%), gasolina (27,8%), etanol 0 (17,3%) e o biodiesel (5,2%), seguidos pelo QAV (3,5%), gás natural (1,8%) e eletricidade e outros tipos de óleo (1%).
Vale destacar ainda que no ano de 2023, os principais movimentos estão relacionados ao aumento da produção de Gasolina (+ 6,9%), enquanto a importação do combustível teve uma queda de 4,7%. O consumo de energia em 2023 no setor de transportes aumentou 4,4% em relação a 2022.
Combustível do Futuro
A ampliação do uso de biodiesel na matriz energética se soma aos esforços previstos no Projeto de Lei do Combustível do Futuro. A iniciativa busca viabilizar a mobilidade sustentável e a transição energética justa e inclusiva, reduzindo a intensidade de carbono do setor de transportes a partir das mais diversas rotas tecnológicas e matérias-primas.
O Projeto de Lei Combustível do Futuro, já aprovado na Câmara dos Deputados, prevê integração das políticas públicas relacionadas à mobilidade no país como o RenovaBio, Mover e Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular, além de um aumento de até 35% (E35) na mistura de etanol à gasolina. A iniciativa introduz o SAF (combustível sustentável de aviação) e o Diesel Verde na matriz energética, além de criar um marco legal para atrair investimentos na atividade de captura e estocagem de CO2. O objetivo é estimular a pluralidade de fontes, sem trancamento tecnológico e buscando os melhores custos da energia para a população.
Mais informações sobre o BEN
O Balanço Energético Nacional divulga, anualmente, uma extensa pesquisa e a contabilidade de dados relativos à oferta e consumo de energia no Brasil, levantados pela EPE. O relatório contempla as atividades de extração de recursos energéticos primários, sua conversão em formas secundárias, a importação e exportação, a distribuição e o uso final da energia.
Até a próxima semana, o Ministério de Minas Energia divulgará uma série de matérias detalhando os principais destaques do BEN 2024 em relação aos setores de energia elétrica, planejamento energético, petróleo, gás natural e biocombustíveis.
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