Energia

Eletrobras terá de devolver R$ 2 bi para o fundo RGR

Determinação é da Aneel.

Valor Econômico
15/01/2014 10:10
Visualizações: 537

 

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) determinou ontem que a Eletrobras devolva R$ 2,04 bilhões para a Reserva Global de Reversão (RGR), um dos encargos incidentes sobre as tarifas de energia e que são administrados pela estatal, no prazo de 30 dias. Segundo a agência, sua equipe de fiscalização financeira verificou que houve o recolhimento desse recursos pela empresa, mas não há registro de repasse ao fundo setorial.
"A fiscalização da Aneel detectou uma diferença entre os valores financiados aos agentes do setor elétrico e devolvidos à Eletrobrás e que não foram repassados à conta da RGR", explicou a agência em resposta ao pedido de esclarecimento.
O ato que determinou o ressarcimento foi expedido pela a Superintendência de Fiscalização Econômica e Financeira (SFF) e publicado ontem no "Diário Oficial da União". A agência ressaltou que "a Eletrobras ainda pode entrar com recurso para ser analisado pela diretoria".
Questionada, a Eletrobras informou que está avaliando as providências a serem tomadas. "A companhia está verificando seu conteúdo e avaliando as providências a serem adotadas. Considerando que a Eletrobras é notoriamente gestora da RGR, as fiscalizações pela Aneel relativas a tal fundo são regulares, e são acompanhadas pela Eletrobras para os devidos esclarecimentos", ressaltou a estatal em nota. A companhia acrescentou ainda que, assim que tomar uma decisão sobre o caso, vai comunicá-la ao mercado "pelos canais competentes".
De acordo com a decisão da Aneel, a Eletrobras deve fazer o ressarcimento de R$ 1,92 bilhão devido a "amortizações do saldo devedor de financiamentos pelos agentes que não foram transferidos à RGR". Outros R$ 113,58 milhões são decorrentes da "apropriação de encargos financeiros da RGR" durante os anos de 1998 a 2011.
A RGR é administrada pela Eletrobras e alimentada com recursos pagos concessionárias do setor. O dinheiro do fundo serve para financiar programas como o Luz para Todos, além de projetos de eficiência energética e obras de melhoria e expansão do sistema elétrico, nas áreas de geração, transmissão e distribuição de energia. No entanto, sua principal finalidade é indenizar as empresas do setor pelos investimentos que não tiveram os custos cobertos pela tarifa de energia durante a vigência do contrato de concessão.
O governo contou com esses recursos, por exemplo, para viabilizar o plano de renovação antecipada das concessões, que garantiu uma redução média de 20% das contas de luz em 2013. Até agora, não foi definida ainda uma parte das indenizações a serem pagas às geradoras e transmissoras que aceitaram a proposta de renovação dos contratos.
No fim do ano passado, a Aneel ainda aprovava a metodologia de cálculo das indenizações que eram devidas pelo governo. Para as transmissoras, a conta será feita com base em investimentos realizados até maio de 2000. No caso das geradoras, serão considerados valores das melhorias realizadas nas estruturas dos empreendimentos não considerados, no primeiro momento, pelo governo.

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) determinou ontem que a Eletrobras devolva R$ 2,04 bilhões para a Reserva Global de Reversão (RGR), um dos encargos incidentes sobre as tarifas de energia e que são administrados pela estatal, no prazo de 30 dias. Segundo a agência, sua equipe de fiscalização financeira verificou que houve o recolhimento desse recursos pela empresa, mas não há registro de repasse ao fundo setorial.

"A fiscalização da Aneel detectou uma diferença entre os valores financiados aos agentes do setor elétrico e devolvidos à Eletrobrás e que não foram repassados à conta da RGR", explicou a agência em resposta ao pedido de esclarecimento.

O ato que determinou o ressarcimento foi expedido pela a Superintendência de Fiscalização Econômica e Financeira (SFF) e publicado ontem no "Diário Oficial da União". A agência ressaltou que "a Eletrobras ainda pode entrar com recurso para ser analisado pela diretoria".

Questionada, a Eletrobras informou que está avaliando as providências a serem tomadas. "A companhia está verificando seu conteúdo e avaliando as providências a serem adotadas. Considerando que a Eletrobras é notoriamente gestora da RGR, as fiscalizações pela Aneel relativas a tal fundo são regulares, e são acompanhadas pela Eletrobras para os devidos esclarecimentos", ressaltou a estatal em nota. A companhia acrescentou ainda que, assim que tomar uma decisão sobre o caso, vai comunicá-la ao mercado "pelos canais competentes".

De acordo com a decisão da Aneel, a Eletrobras deve fazer o ressarcimento de R$ 1,92 bilhão devido a "amortizações do saldo devedor de financiamentos pelos agentes que não foram transferidos à RGR". Outros R$ 113,58 milhões são decorrentes da "apropriação de encargos financeiros da RGR" durante os anos de 1998 a 2011.

A RGR é administrada pela Eletrobras e alimentada com recursos pagos concessionárias do setor. O dinheiro do fundo serve para financiar programas como o Luz para Todos, além de projetos de eficiência energética e obras de melhoria e expansão do sistema elétrico, nas áreas de geração, transmissão e distribuição de energia. No entanto, sua principal finalidade é indenizar as empresas do setor pelos investimentos que não tiveram os custos cobertos pela tarifa de energia durante a vigência do contrato de concessão.

O governo contou com esses recursos, por exemplo, para viabilizar o plano de renovação antecipada das concessões, que garantiu uma redução média de 20% das contas de luz em 2013. Até agora, não foi definida ainda uma parte das indenizações a serem pagas às geradoras e transmissoras que aceitaram a proposta de renovação dos contratos.

No fim do ano passado, a Aneel ainda aprovava a metodologia de cálculo das indenizações que eram devidas pelo governo. Para as transmissoras, a conta será feita com base em investimentos realizados até maio de 2000. No caso das geradoras, serão considerados valores das melhorias realizadas nas estruturas dos empreendimentos não considerados, no primeiro momento, pelo governo.

Mais Lidas De Hoje
veja Também
BRANDED CONTENT
Merax, 20 anos de confiança em soluções que movem o seto...
14/11/25
Mossoró Oil & Gas Energy 2025
Mossoró Oil & Gas Energy terá debates estratégicos em 10...
14/11/25
COP30
IBP promove painéis sobre descarbonização, metas globais...
14/11/25
Eólica Offshore
Japão e Sindienergia-RS: em visita a Porto Alegre, embai...
14/11/25
Bacia de Campos
Novo prazo de recebimento de propostas para o FPSO do pr...
14/11/25
Royalties
Participação especial: valores referentes à produção do ...
14/11/25
COP30
Indústria brasileira de O&> atinge padrões de excelência...
14/11/25
Pré-Sal
União aumenta sua participação na Jazida Compartilhada d...
14/11/25
COP30
Líderes e negociadores da COP30 receberão cartas de 90 a...
13/11/25
Energia Elétrica
Projeto Meta II: CCEE e PSR apresentam proposta para mod...
13/11/25
COP30
ANP participa do evento e avança em medidas para a trans...
13/11/25
Nova marca
ABPIP moderniza identidade visual e reforça alinhamento ...
13/11/25
Firjan
Enaex 2025 debate reindustrialização, competitividade do...
13/11/25
Entrevista
Rijarda Aristóteles defende protagonismo feminino na era...
13/11/25
COP30
IBP defende setor de O&> como parte da solução para desc...
13/11/25
COP30
Transpetro recebe o Selo Diamante do Ministério de Porto...
13/11/25
Bacia de Campos
PRIO assume operação do Campo de Peregrino com aquisição...
13/11/25
Pessoas
Francisco Valdir Silveira assume presidência do SGB
13/11/25
Curso
Radix e UniIBP lançam primeira edição do curso "Análise ...
13/11/25
Margem Equatorial
Rio-Macapá: novas fronteiras levam à região Norte
12/11/25
COP30
Petrobras e BNDES lançam primeiro edital do ProFloresta+...
12/11/25
VEJA MAIS
Newsletter TN

Fale Conosco

Utilizamos cookies para garantir que você tenha a melhor experiência em nosso site. Se você continuar a usar este site, assumiremos que você concorda com a nossa política de privacidade, termos de uso e cookies.