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Concessões devem puxar consumo de aço, prevê Usiminas

A Usiminas prevê que as concessões feitas pelo governo à iniciativa privada de rodovias, aeroportos, portos e ferrovias deverão aquecer a demanda por aço no país este ano. Porém, se a atividade econômica for mais fraca do que se prevê por o

Valor Econômico
17/02/2014 19:12
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A Usiminas prevê que as concessões feitas pelo governo à iniciativa privada de rodovias, aeroportos, portos e ferrovias deverão aquecer a demanda por aço no país este ano e, assim, representar um novo impulso para as vendas da empresa. Mas se a atividade econômica for mais fraca do que se prevê por ora, a direção da companhia fala em substituir parcialmente o mercado brasileiro pelo mercado dos EUA e dos países da América Latina.

A siderúrgica teve queda nas vendas de aço no quatro trimestre de 2013 em relação mesmo período de 2012. No período, a Usiminas vendeu 1,49 milhão de toneladas de aço, recuo de 13,8%. No ano, no entanto, as vendas domésticas chegaram a 5,4 milhões de toneladas, 7% a mais do que as vendas de 2012. Os resultados foram divulgados na sexta-feira (14).

Em entrevista ao 'Valor', o presidente da Usiminas, Julián Eguren, disse que apesar das incertezas em relação á economia este ano, o cenário que ele leva mais em conta é o de que o ritmo seja semelhante ao do ano passado.

"Estamos trabalhando com a premissa de que 2014 vai ser muito parecido com 2013, como nível de atividade", disse. A empresa fala em projeções de a economia crescer entre 1,9% e 2%. "Temos algumas dúvidas que podem trazer impactos negativos, mas outros pontos terão um impacto positivo. Por exemplo, as concessões", disse ele citando aeroportos, rodovias e ferrovias. "É uma oportunidade que se abre para a Usiminas, que estamos olhando muito de perto".

Eguren lembra que o setor de infraestrutura é grande consumidor de chapa grossa. "É um produto que teve a queda mais importante no quatro trimestre do ano passado." A Usiminas, afirma ele, "está totalmente preparada para fazer frente a esse negócio".

A Usiminas se apresenta como líder no mercado interno de aços planos. E depois de ter registrado prejuízo de R$ 598 milhões de 2012, a empresa obteve lucro líquido no quatro trimestre de R$ 47 milhões - superando o que previam analistas. O lucro do ano ficou em R$ 17 milhões.

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) bateu a marca de R$ 1,8 bilhão em 2013, alta de 159% em relação a 2012. O Ebitda do quatro trimestre, entretanto, ficou em R$ 514 milhões - 2,4% inferior ao que esperavam analistas consultados pelo 'Valor'.

As ações da empresa oscilaram para baixo após a divulgação dos resultados e terminaram o dia com queda de 4,49%. A bolsa fechou em alta de 0,81%. Para Ronald Seckelmann, vice-presidente de finanças e relações com investidores, todo o setor siderúrgico vem sofrendo na bolsa desde o início do mês muito em função do mau humor dos investidores estrangeiros em relação ao Brasil, mas também pelo efeito China. "O setor siderúrgico tem sido muito afetado também pela questão da China, pelas dúvidas sobre se a China vai crescer menos, se vai começar a exportar aço".

Perguntado quais são as dúvidas e os riscos, no curto e médio prazo para a Usiminas, o argentino Eguren, há dois anos no comando da siderúrgica, falou de um eventual enfraquecimento da demanda no Brasil. Mas procurou enfatizar que a direção tem um plano B. "Caso a demanda do mercado tenha uma queda significativa, que poderia [afetar as vendas], a Usiminas vai manter seu nível de produção porque mediante o convênio de associação que temos com a Ternium, há a possibilidade de exportar novamente para mercados importantes, para mercados onde a Ternium tem presença comercial e industrial de muito tempo".

A Ternium, que tem ações cotadas na Bolsa de Nova York, é uma das líderes da produção de aço na América Latina e entrou em 2012 para o bloco controlador da Usiminas, juntando-se à Nippon Steel e à Caixa dos Empregados da Usiminas (CEU).

A empresa diz que mantém como estratégia o foco das vendas no mercado interno, mas os potenciais mercados substitutos seriam Estados Unidos, México, América Central e América Central e Caribe, mais especificamente, Colômbia, Equador, Peru.
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