Meio ambiente

Comitê Científico Internacional recebe dados dos Projetos Baleia Jubarte e Franca Austral da Petrobras

Redação TN Petróleo, Agência Petrobras
28/04/2021 16:35
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Os projetos Baleia Jubarte e Baleia Franca Austral, patrocinados pela Petrobras, participam, de 27 de abril a 14 de maio, do encontro do Comitê Científico da Comissão Internacional Baleeira (IWC), que este ano será virtual. Os pesquisadores foram convidados a integrar a Delegação Brasileira, liderada pelo Ministério das Relações Exteriores e o Ministério do Meio Ambiente, e apresentarão dados e resultados mais recentes de suas pesquisas.

O Projeto Franca Austral (ProFranca) mostrará a estimativa mais atualizada sobre as baleias-franca do Brasil: a população da espécie está crescendo a uma taxa de 4,8% ao ano. Cada fêmea se reproduz em geral a cada três anos e a estimativa é que cerca de 560 baleias franca se reproduzem no Brasil a cada temporada, que vai de junho a outubro. Em algumas outras áreas o aumento populacional é maior, entre e 6% e 7% ao ano. Apesar dos números positivos, a sobrevivência e recuperação da espécie continua a exigir uma forte ação de conservação. De acordo com os dados do projeto, na Argentina nos últimos 10 anos tem se registrado uma alta mortalidade de filhotes no ano de nascimento.

A coordenadora de pesquisa do Projeto Franca Austral, Karina Groch, afirma que, “embora no hemisfério sul as baleias-franca sejam classificadas como "de menor preocupação" pela União Internacional para a Conservação da Natureza, no Brasil, em escala regional, a espécie ainda é considerada ameaçada de extinção, em função da caça intensiva que ocorreu até o início da década de 1970 e reduziu drasticamente a população”.

Já o Baleia Jubarte levará para os debates um estudo ainda em desenvolvimento no Brasil - uma câmera térmica com inteligência artificial para identificar a presença de baleias na rota dos navios que transportam celulose no Banco dos Abrolhos, no Sul da Bahia e Espirito Santo, local de reprodução das baleias jubartes. O médico veterinário Milton Marcondes comenta que a câmera está sendo testada em parceria com a Companhia de Navegação Norsul e a Veracel Celulose e funciona com infravermelho que consegue identificar a presença do animal pelo calor do corpo até um quilômetro de distância, e emitir um alerta para que o navio mude a rota. “Normalmente, durante o dia, um observador vai no navio observando o mar e avisa ao comandante quando um animal se aproxima, mas isso não é possível à noite. Por isso a importância do equipamento, para minimizar o risco de atropelamento das baleias”, explica Marcondes.

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Outro dado interessante que o Projeto Baleia Jubarte pretende compartilhar no Comitê Cientifico é a mudança de comportamento da espécie nos últimos anos. As jubartes que nascem no Brasil se alimentam, durante o verão, nas ilhas Geórgia do Sul, cerca de 4,5 mil km de Abrolhos, mas, desde 2015, foi observado que alguns animais nadaram até a Península Antártica para se alimentar, o que representa um aumento de dois mil quilômetros de distância. A informação surpreendeu os pesquisadores que, agora, tentam descobrir a motivação desta alteração no hábito, que pode ser causada pela mudança climática ou mesmo pelo aumento da população. “Em 2002 tínhamos cerca de 3.300 animais e hoje são aproximadamente 20 mil baleias jubartes na costa brasileira, elas podem estar indo mais ao sul em busca do krillm seu principal alimento”, comenta Marcondes.

A Comissão Internacional baleeira (IWC) é o maior fórum mundial sobre baleias e discute temas como conservação das espécies de cetáceos, poluição e a caça de baleias por alguns países. Para Milton Marcondes, do Baleia Jubarte, é essencial o Brasil participar do Comitê Científico, que dará a base técnica e cientifica para as decisões da Comissão. “Estar na delegação brasileira é uma excelente oportunidade não só para ter contato com o que há de mais recente nas pesquisas mundiais sobre baleias, mas também para ajudar a defender a posição pro conservação do Brasil”.

Programa Petrobras Socioambiental

O investimento em projetos socioambientais é um dos dez compromissos de sustentabilidade da Petrobras e é realizado de forma estruturada por meio do Programa Petrobras Socioambiental. Os projetos ambientais patrocinados visam à proteção e recuperação de quase 60 espécies da fauna ameaçadas de extinção, muitas delas integrantes da biodiversidade marinha e costeira, ambientes relevantes para a Petrobras.

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