Cabo Verde vai assinar um acordo de fiscalização marítima com os EUA ainda este ano, informou a embaixadora cabo-verdiana em Washington, Fátima Veiga.
Agência LusaCabo Verde vai assinar um acordo de fiscalização marítima com os EUA ainda este ano, informou a embaixadora cabo-verdiana em Washington, Fátima Veiga.
Os Estados Unidos têm apoiado o país africano na luta contra os tráficos ilícitos na região africana, mas de forma esporádica.
“Agora vamos assinar um acordo definitivo de fiscalização conjunta. Esta aposta é fundamental para Cabo Verde, já que não temos meios suficientes para controlar toda a zona econômica exclusiva”, explicou.
Ainda no âmbito da cooperação para segurança na região ocidental africana, Cabo Verde poderá receber meios técnicos e financeiros dos EUA.
A informação foi prestada à Agência Lusa por Veiga após a visita da Secretária de Estado norte-americana ao arquipélago.
Hillary Clinton terminou na ilha do Sal, na sexta-feira, um périplo de nove dias por sete países africanos.
Segundo Veiga, a segurança e estabilidade nesta região africana foi um dos assuntos discutidos no encontro com a delegação chefiada por Clinton e da reunião saiu o compromisso norte-americano de apoiar ainda mais Cabo Verde no reforço de combate ao tráfico naquela região do Atlântico.
A diplomata afirmou que, a partir de agora, Cabo Verde vai trabalhar com as autoridades norte-americanas para ver como o país pode ser enquadrado nesta iniciativa e possa receber partes desses fundos, bem como beneficiar de apoio técnico e formação profissional.
Investimento
Também da visita de Clinton ficou o entendimento de que a secretária de Estado Norte-americana vai ajudar as autoridades cabo-verdianas a convencer os empresários norte-americanos a investir em Cabo Verde, principalmente na área de energias renováveis.
Além disso, Clinton elogiou na sexta-feira a iniciativa cabo-verdiana de reduzir a utilização de combustíveis fósseis, referindo-se às metas do governo de ter 50% da energia consumida no país produzida a partir de fontes limpas até 2020.
“Há toda a abertura da parte norte-americana para nos apoiar, de forma que nos aproximemos cada vez mais das metas traçadas, que é ter até 2011 25% de energia proveniente de fontes renováveis e aumentar esta fasquia para 50% até 2020”, disse.
Ajuda
Quanto às pretensões de Cabo Verde conseguir um segundo compacto do programa Millenium Challenge Acount (MCA), Veiga disse que Hillary Clinton partiu “muito sensibilizada” para o caso de Cabo Verde.
“Nós demonstramos, com os resultados obtidos, o sucesso que foi o MCA em Cabo Verde, não só em termos de transformação econômica e maior transparência nas finanças públicas. Creio que essa nossa posição de que o sucesso deve ser recompensado teve o merecido eco da parte norte-americana”, adiantou.
A decisão sobre o MCA deverá ser tomada entre setembro e novembro pelo Millenium Challenge Corporation (MCC), cujo conselho de Administração é presidido por Hillary Clinton.
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