Redação TN Petróleo/Assessoria
O Brasil pretende firmar o compromisso de ser um país fonte de energia renovável para o mundo, na COP 27 — Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de 2022 — que está acontecendo no Egito desde o dia 6/11, além de solicitar preferência para investimentos externos devido às condições favoráveis que possui para produção de energia limpa.
A norma internacional ISO 50001, Sistema de Gestão de Energia, apresenta-se como aliada desse compromisso, pois prevê em seus requisitos o incentivo a fontes de energia alternativas e renováveis, anulando a emissão de gases de efeito estufa (GEE), principal motivo das mudanças climáticas.
Quando uma organização implementa a norma, além dos benefícios ambientais gerados, é estabelecido processos necessários para a melhoria de seu desempenho energético, utilizando a metodologia Plan, Do, Check, Act (PDCA) — planejar, fazer, checar e agir — que instaura um processo de melhoria contínua, corrigindo erros e melhorando resultados, mesmo aqueles que já sejam positivos.
O Brasil já é um grande exemplo de energia renovável para o mundo, e tem uma grande autonomia para apresentar-se na COP 27 como precursor nesse assunto. A implementação da norma ISO 50001 permite ir além, mais que aderir energia renovável, mas trazer eficiência energética, reduzindo o consumo e custos para a organização, por meio do incentivo à utilização de fontes alternativas de energia, importantes em casos de crise hídrica como aconteceu em 2021.
A baixa nos reservatórios das usinas hidrelétricas brasileiras — que correspondem a cerca de 70% da matriz energética do país, segundo dados do Balanço Energético Nacional —, escancarou o fato da enorme dependência do Brasil desta fonte energética.
A crise fez com que o Governo recorresse a usinas termoelétricas, mais caras e poluentes, resultando em um aumento de cerca de 25% na conta de energia, o que causou prejuízos para organizações de diversos setores. Em um país tropical como o nosso, com temperaturas elevadas e bastante vento, não faz sentido que fiquemos reféns da chuva que pode ou não cair do céu.
A ISO 50001 é facilmente integrada com outras normas ISO, como a 9001 (Sistema de Gestão da Qualidade), 14001 (Sistema de Gestão Ambiental), ISO 45001 (Sistema de Gestão de Saúde e Segurança Ocupacional), trazendo a oportunidade da organização alcançar outras certificações que melhorarão o funcionamento de seus processos, alavancando o posicionamento no mercado — cada vez mais competitivo — garantindo a continuidade do negócio.
Sobre a autora: Alessandra Gaspar Costa é diretora-executiva da APCER Brasil, uma empresa de origem portuguesa, reconhecida mundialmente como um dos principais prestadores de serviços de certificação, auditoria a fornecedores, auditoria interna e treinamento. A organização oferece soluções de valor a instituições de qualquer setor de atividade, permitindo que se diferenciem em um mercado cada vez mais complexo e em constante mudança. Conheça mais sobre os serviços oferecidos no site da APCER.
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