Energia

SP amplia pressão no TCU contra leilão de Três Irmãos

Leilão da usina está marcado para o dia 28.

Valor Econômico
14/03/2014 10:12
Visualizações: 633

 

A duas semanas para o leilão da usina de Três Irmãos, no rio Tietê, em São Paulo, marcado para o dia 28, crescem as incertezas sobre a sua realização. O governo paulista intensificou as ações sobre o Tribunal de Contas da União (TCU) pedindo a suspensão da venda da usina, devolvida pela Cesp ao governo federal.
O secretário estadual de Logística e Transportes do governo de São Paulo, Saulo de Castro Abreu Filho, e o presidente da Companhia Docas de São Sebastião, Casemiro Tércio Carvalho, estiveram ontem em Brasília com o ministro José Jorge, do TCU. Eles alegaram que o governo federal decidiu leiloar a operação da hidrelétrica, mas não incluiu no edital a obrigação de o vencedor do leilão operar as eclusas de Três Irmãos.
As eclusas são fundamentais para a operação da hidrovia Tietê-Paraná. Segundo o governo paulista, não há nenhuma garantia de que o novo dono de Três Irmãos assumirá a rotina dessas eclusas. "Essa situação é um absurdo total. Alertamos o governo federal há três meses sobre isso, mas fomos simplesmente ignorados", disse Abreu Filho, após reunião no TCU.
Na manhã de ontem, os representantes do governo estadual estiveram no Ministério dos Transportes para tratar da situação das eclusas. "Eles sugeriram que farão um convênio para operar as eclusas, mas simplesmente não deram nenhuma explicação de como isso funcionará", disse Carvalho.
Há um mês, o governo de São Paulo levou o problema ao TCU, que pediu esclarecimentos à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), Ministério de Minas e Energia (MME), Ministério dos Transportes, Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Agência Nacional de Águas (ANA) e Casa Civil. O prazo para que todos enviem esclarecimento vence hoje.
Caso o TCU não tome nenhuma medida sobre o assunto e o governo não mude a sua proposta, diz Saulo de Castro, o governo paulista vai à Justiça contra o leilão.
Mauro Arce, presidente da Companhia Energética de São Paulo (Cesp), que ainda opera a usina, disse ontem que está mantida a decisão de levar para a Justiça a discussão sobre a usina. Ao deixar o ministério de Minas e Energia, Arce disse ter entregue na quarta-feira ao TCU a resposta ao questionamento feito pelo órgão.
Em termos práticos, o receio do governo paulista é o de que o futuro operador da usina, ao priorizar a vazão de água pelas turbinas de Três Irmãos, prejudique a operação da hidrovia.
Pelas regras publicadas pela Aneel, vence o leilão a empresa que ofertar, em envelope fechado, o menor valor de custo de gestão da usina. O valor teto foi fixado em R$ 31,623 milhões por ano.
A hidrelétrica precisa ser licitada novamente porque a Cesp não aceitou renovar o contrato de concessão conforme as regras estabelecidas pelo governo federal no fim de 2012.
A usina, que está localizada no Rio Tietê - Pereira Barreto (SP), possui capacidade instalada de 807,50 megawatts (MW). Segundo a Aneel, o edital da usina foi submetido entre 29 de janeiro e 17 de fevereiro de 2014 à audiência pública, quando foram recebidas 106 contribuições.
A hidrovia Tietê-Paraná é muito utilizada pelo agronegócio. A partir dos rios, empresas combinam o transporte hidroviário ao ferroviário para acessar o porto de Santos, por onde é exportada 30% da soja e 50% do milho nacionais, reduzindo o uso de caminhões.

A duas semanas para o leilão da usina de Três Irmãos, no rio Tietê, em São Paulo, marcado para o dia 28, crescem as incertezas sobre a sua realização. O governo paulista intensificou as ações sobre o Tribunal de Contas da União (TCU) pedindo a suspensão da venda da usina, devolvida pela Cesp ao governo federal.

O secretário estadual de Logística e Transportes do governo de São Paulo, Saulo de Castro Abreu Filho, e o presidente da Companhia Docas de São Sebastião, Casemiro Tércio Carvalho, estiveram ontem em Brasília com o ministro José Jorge, do TCU. Eles alegaram que o governo federal decidiu leiloar a operação da hidrelétrica, mas não incluiu no edital a obrigação de o vencedor do leilão operar as eclusas de Três Irmãos.

As eclusas são fundamentais para a operação da hidrovia Tietê-Paraná. Segundo o governo paulista, não há nenhuma garantia de que o novo dono de Três Irmãos assumirá a rotina dessas eclusas. "Essa situação é um absurdo total. Alertamos o governo federal há três meses sobre isso, mas fomos simplesmente ignorados", disse Abreu Filho, após reunião no TCU.

Na manhã de ontem, os representantes do governo estadual estiveram no Ministério dos Transportes para tratar da situação das eclusas. "Eles sugeriram que farão um convênio para operar as eclusas, mas simplesmente não deram nenhuma explicação de como isso funcionará", disse Carvalho.

Há um mês, o governo de São Paulo levou o problema ao TCU, que pediu esclarecimentos à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), Ministério de Minas e Energia (MME), Ministério dos Transportes, Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Agência Nacional de Águas (ANA) e Casa Civil. O prazo para que todos enviem esclarecimento vence hoje.
Caso o TCU não tome nenhuma medida sobre o assunto e o governo não mude a sua proposta, diz Saulo de Castro, o governo paulista vai à Justiça contra o leilão.

Mauro Arce, presidente da Companhia Energética de São Paulo (Cesp), que ainda opera a usina, disse ontem que está mantida a decisão de levar para a Justiça a discussão sobre a usina. Ao deixar o ministério de Minas e Energia, Arce disse ter entregue na quarta-feira ao TCU a resposta ao questionamento feito pelo órgão.

Em termos práticos, o receio do governo paulista é o de que o futuro operador da usina, ao priorizar a vazão de água pelas turbinas de Três Irmãos, prejudique a operação da hidrovia.

Pelas regras publicadas pela Aneel, vence o leilão a empresa que ofertar, em envelope fechado, o menor valor de custo de gestão da usina. O valor teto foi fixado em R$ 31,623 milhões por ano.

A hidrelétrica precisa ser licitada novamente porque a Cesp não aceitou renovar o contrato de concessão conforme as regras estabelecidas pelo governo federal no fim de 2012.

A usina, que está localizada no Rio Tietê - Pereira Barreto (SP), possui capacidade instalada de 807,50 megawatts (MW). Segundo a Aneel, o edital da usina foi submetido entre 29 de janeiro e 17 de fevereiro de 2014 à audiência pública, quando foram recebidas 106 contribuições.

A hidrovia Tietê-Paraná é muito utilizada pelo agronegócio. A partir dos rios, empresas combinam o transporte hidroviário ao ferroviário para acessar o porto de Santos, por onde é exportada 30% da soja e 50% do milho nacionais, reduzindo o uso de caminhões.

Mais Lidas De Hoje
veja Também
Bacia de Campos
Petróleo de excelente qualidade é descoberto na Bacia de...
18/11/25
Oferta Permanente
ANP aprova nova versão do edital com a inclusão de 275 b...
18/11/25
Reconhecimento
Copa Energia avança no Ranking 100 Open Startups e é rec...
18/11/25
Reciclagem
Coppe e Petrobras inauguram planta piloto de reciclagem...
18/11/25
Firjan
Rio de Janeiro tem superávit de US$ 8,7 bilhões na balan...
18/11/25
Petrobras
Região da RPBC irá receber R$ 29 milhões em projetos soc...
18/11/25
COP30
Setor de biocombustíveis lança Carta de Belém na COP30 e...
17/11/25
COP30
Caminhão 100% a biodiesel cruza o Brasil rumo à COP30 e ...
17/11/25
Gás Natural
Decisão da ANP sobre revisão tarifária de transporte vai...
17/11/25
COP30
Inovação com coco de piaçava em usina de biodiesel na Ba...
17/11/25
COP30
Alerta na COP30: sem eletrificação, indústria não cumpri...
17/11/25
Etanol
Hidratado e anidro fecham a semana valorizados
17/11/25
COP30
Setor de óleo e gás usa tecnologia para acelerar a desca...
15/11/25
COP30
Encontro promovido pelas distribuidoras de energia elétr...
15/11/25
COP30
Fórum do IBP debate novas tecnologias e desafios na insp...
14/11/25
Apoio Offshore
Svitzer Copacabana chega para fortalecer operações de GN...
14/11/25
BRANDED CONTENT
Merax, 20 anos de confiança em soluções que movem o seto...
14/11/25
Mossoró Oil & Gas Energy 2025
Mossoró Oil & Gas Energy terá debates estratégicos em 10...
14/11/25
COP30
IBP promove painéis sobre descarbonização, metas globais...
14/11/25
Eólica Offshore
Japão e Sindienergia-RS: em visita a Porto Alegre, embai...
14/11/25
Bacia de Campos
Novo prazo de recebimento de propostas para o FPSO do pr...
14/11/25
VEJA MAIS
Newsletter TN

Fale Conosco

Utilizamos cookies para garantir que você tenha a melhor experiência em nosso site. Se você continuar a usar este site, assumiremos que você concorda com a nossa política de privacidade, termos de uso e cookies.