Empresas

Shell perde duas áreas próximas ao pré-sal em Santos

Afirmação é da ANP.

Valor Econômico
05/02/2014 13:09
Visualizações: 782 (0) (0) (0) (0)

 

Shell perde duas áreas próximas ao pré-sal em Santos
Quarta, 05 Fevereiro 2014 08:02
Indústria naval e Offshore
Imprimir
E-mail
A anglo holandesa Shell deverá perder dois prospectos na Bacia de Santos, confirmou a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). As duas áreas - Seawing, no pós-sal, e Epitonium, no pré-sal - estão no bloco BM-S-54, mesmo ativo que ganhou destaque recentemente por abrigar a acumulação Gato do Mato, cuja jazida extrapola os limites da concessão para áreas da União no pré-sal, ainda não licitadas.
A perda das áreas acontece porque a autarquia negou pedido da petroleira de mais 30 dias para decidir sobre a perfuração do prospecto de Seawing, prevista no Plano de Avaliação de Descoberta (PAD) na área. A decisão da autarquia foi tomada em reunião de diretoria de 23 de janeiro. "A ANP considerou que o prazo dado inicialmente era suficiente, negando, portanto, o pedido de prorrogação", declarou a autarquia em nota, ao Valor.
Já a Shell informou que ainda não foi notificada oficialmente pela agência e que a prorrogação de prazos foi pedida para que informações mais profundas pudessem ser avaliadas. "O consórcio pediu extensão do prazo para melhor avaliar os objetivos mais profundos em Seawing e Epitonium", disse a Shell, em nota.
Questionada se irá recorrer da decisão, a Shell disse que precisa analisar em detalhe o parecer da ANP e avaliar com o consórcio os próximos passos. As áreas pertencem à Shell, que é operadora e tem parcela de 80%, e à francesa Total, que tem outros 20%.
Apesar de estar no mesmo bloco, a acumulação Gato do Mato não será devolvida, já que a concessão da área está suspensa até que a Shell firme um acordo com a Pré-Sal Petróleo S.A. (PPSA), necessário para definir como a jazida continuará a ser explorada.
O BM-S-54 ganhou destaque por apresentar uma situação ainda inédita no país, porque a jazida de Gato do Mato encontra-se dividida em duas áreas que são regidas por diferentes contratos: partilha e concessão. Oswaldo Pedrosa, presidente da PPSA, afirmou na semana passada que situações como a do Gato do Mato serão muito comuns daqui para a frente no pré-sal.
"Provavelmente, todos os operadores que estão por aí, em áreas de concessões explorando o pré-sal em maior ou menor grau, vão ter que enfrentar isso mais cedo ou mais tarde", disse Pedrosa, na semana passada. Segundo ele, a Shell e a PPSA deverão chegar a um acordo, onde será definido um operador único. No entanto, "em cada área prevalece a regra constituída no contrato original", explicou.
Em outra decisão tomada no início do ano, a ANP autorizou que a Shell antecipe atividades de perfuração e completação de poços da Fase 3 do bloco BC-10, na Bacia de Campos, conhecido como Parque das Conchas, nos campos de Nautilus e Argonauta. A decisão foi tomada em reunião de diretoria em 15 de janeiro.
Para a Shell, a decisão é considerada positiva e estava sendo esperada. "O consórcio vai seguir com as atividades relativas ao desenvolvimento da Fase 3 de BC-10 ao longo de 2014", disse a empresa. A petroleira evitou entrar em detalhes sobre quando as perfurações devem começar. Para este ano, estão previstas atividades de instalação de equipamento e infraestrutura nos campos de Massa e Argonauta do Sul, que serão conectados à plataforma FPSO Espírito Santo.
A estimativa da empresa é que a fase 3 deve atingir um pico de 28 mil barris de óleo equivalente por dia. O Parque das Conchas pertence à Shell, operadora com 73%, e a indiana ONGC (27%). Entretanto, a Shell vendeu parcela de 23% do ativo à Qatar Petroleum, por US$ 1 bilhão, o que ainda necessita da aprovação de órgãos reguladores.

A anglo holandesa Shell deverá perder dois prospectos na Bacia de Santos, confirmou a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). As duas áreas - Seawing, no pós-sal, e Epitonium, no pré-sal - estão no bloco BM-S-54, mesmo ativo que ganhou destaque recentemente por abrigar a acumulação Gato do Mato, cuja jazida extrapola os limites da concessão para áreas da União no pré-sal, ainda não licitadas.

A perda das áreas acontece porque a autarquia negou pedido da petroleira de mais 30 dias para decidir sobre a perfuração do prospecto de Seawing, prevista no Plano de Avaliação de Descoberta (PAD) na área. A decisão da autarquia foi tomada em reunião de diretoria de 23 de janeiro. "A ANP considerou que o prazo dado inicialmente era suficiente, negando, portanto, o pedido de prorrogação", declarou a autarquia em nota, ao Valor.

Já a Shell informou que ainda não foi notificada oficialmente pela agência e que a prorrogação de prazos foi pedida para que informações mais profundas pudessem ser avaliadas. "O consórcio pediu extensão do prazo para melhor avaliar os objetivos mais profundos em Seawing e Epitonium", disse a Shell, em nota.

Questionada se irá recorrer da decisão, a Shell disse que precisa analisar em detalhe o parecer da ANP e avaliar com o consórcio os próximos passos. As áreas pertencem à Shell, que é operadora e tem parcela de 80%, e à francesa Total, que tem outros 20%.

Apesar de estar no mesmo bloco, a acumulação Gato do Mato não será devolvida, já que a concessão da área está suspensa até que a Shell firme um acordo com a Pré-Sal Petróleo S.A. (PPSA), necessário para definir como a jazida continuará a ser explorada.

O BM-S-54 ganhou destaque por apresentar uma situação ainda inédita no país, porque a jazida de Gato do Mato encontra-se dividida em duas áreas que são regidas por diferentes contratos: partilha e concessão. Oswaldo Pedrosa, presidente da PPSA, afirmou na semana passada que situações como a do Gato do Mato serão muito comuns daqui para a frente no pré-sal.

"Provavelmente, todos os operadores que estão por aí, em áreas de concessões explorando o pré-sal em maior ou menor grau, vão ter que enfrentar isso mais cedo ou mais tarde", disse Pedrosa, na semana passada. Segundo ele, a Shell e a PPSA deverão chegar a um acordo, onde será definido um operador único. No entanto, "em cada área prevalece a regra constituída no contrato original", explicou.

Em outra decisão tomada no início do ano, a ANP autorizou que a Shell antecipe atividades de perfuração e completação de poços da Fase 3 do bloco BC-10, na Bacia de Campos, conhecido como Parque das Conchas, nos campos de Nautilus e Argonauta. A decisão foi tomada em reunião de diretoria em 15 de janeiro.

Para a Shell, a decisão é considerada positiva e estava sendo esperada. "O consórcio vai seguir com as atividades relativas ao desenvolvimento da Fase 3 de BC-10 ao longo de 2014", disse a empresa. A petroleira evitou entrar em detalhes sobre quando as perfurações devem começar. Para este ano, estão previstas atividades de instalação de equipamento e infraestrutura nos campos de Massa e Argonauta do Sul, que serão conectados à plataforma FPSO Espírito Santo.

A estimativa da empresa é que a fase 3 deve atingir um pico de 28 mil barris de óleo equivalente por dia. O Parque das Conchas pertence à Shell, operadora com 73%, e a indiana ONGC (27%). Entretanto, a Shell vendeu parcela de 23% do ativo à Qatar Petroleum, por US$ 1 bilhão, o que ainda necessita da aprovação de órgãos reguladores.

 

Mais Lidas De Hoje
veja Também
RenovaBio
Lista de sanções a distribuidores de combustíveis inadim...
14/07/25
Gás Natural
Competitividade econômica e sustentabilidade para o Para...
14/07/25
Etanol
Etanol recua na segunda semana de julho, aponta Cepea/Esalq
14/07/25
Petrobras
Angélica Laureano assume como Diretora Executiva de Tran...
11/07/25
Gás Natural
Transportadoras de gás natural lançam nova versão de pla...
11/07/25
Parceria
Equinor e PUC-Rio firmam parceria de P&D de R$ 21 milhões
11/07/25
Resultado
Setor de Óleo e Gás lidera distribuição de proventos em ...
10/07/25
Gás Natural
Comgás recebe 41 propostas em chamada pública para aquis...
10/07/25
Pessoas
Lucas Mota de Lima assume gerência executiva da ABPIP
10/07/25
Biometano
Presidente Prudente (SP) inicia obra de R$12 milhões par...
10/07/25
Combustíveis
Preços do diesel, etanol e gasolina seguem tendência de ...
10/07/25
E&P
Hitachi Energy ajudará a Petrobras a analisar alternativ...
10/07/25
Energia Solar
Thopen capta R$ 293 milhões com XP e Kinea e acelera exp...
10/07/25
Exportação
Firjan manifesta grande preocupação com o anúncio de tar...
10/07/25
Debate
IBP debate direitos humanos na cadeia de suprimentos de ...
09/07/25
Macaé Energy
Com mais de dois mil participantes, 2ª edição do Macaé E...
09/07/25
Combustíveis
Vibra amplia presença da gasolina Petrobras Podium e ava...
09/07/25
Biocombustíveis
Brasil: protagonista da transição do transporte internac...
08/07/25
Evento
Nova Era Connections 2025 celebra os 20 anos da Nova Era...
08/07/25
Sustentabilidade
Foresea conquista Selo Social e apresenta resultados exp...
08/07/25
Meio Ambiente
Tecnologia da Unicamp viabiliza produção sustentável de ...
08/07/25
VEJA MAIS
Newsletter TN

Fale Conosco

Utilizamos cookies para garantir que você tenha a melhor experiência em nosso site. Se você continuar a usar este site, assumiremos que você concorda com a nossa política de privacidade, termos de uso e cookies.

22