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Shell, Coppe e Prooceano celebram uma década de inovação em observação oceânica

Lançado na Rio+20, Projeto Azul acumula contribuições científicas relevantes e constrói bases para auxiliar na transição energética

Redação TN Petróleo/Assessoria
07/12/2022 13:05
Shell, Coppe e Prooceano celebram uma década de inovação em observação oceânica Imagem: Divulgação Visualizações: 996 (0) (0) (0) (0)

Executado por meio de uma parceria entre Shell, Coppe/UFRJ e Prooceano, o Projeto Azul completou 10 anos de monitoramento e previsão meteoceanográfica nas Bacias de Santos e Campos, com a aplicação de métodos inovadores de observação e modelagem em alta resolução espacial. Desde 2013, a iniciativa mantém uma rede de coleta de dados oceanográficos, com destaque para o pioneirismo na operação de veículos autônomos em mares brasileiros. Além do monitoramento em tempo real, o sistema de observação fornece dados para assimilação em modelos numéricos, conferindo confiabilidade para as previsões operacionais de ondas, correntes e ventos. O projeto é financiado pela Shell Brasil com recursos da cláusula de Pesquisa e Desenvolvimento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

A tríade – observação, previsão e divulgação – é a base conceitual de sistemas de oceanografia operacional a partir da qual o Projeto Azul foi construído. A capacidade de monitorar, prever e disponibilizar as informações para as partes interessadas é crucial, não só para o planejamento de atividades e para a segurança das operações em alto-mar, mas também para subsidiar o gerenciamento sustentável dos recursos e empreendimentos futuros no ambiente offshore. Os dados coletados em tempo real e os resultados das previsões são disponibilizados em mapas e gráficos interativos no site: www.projetoazul.eco.br.

"Estamos muito orgulhosos com os resultados desta parceria. O Projeto Azul, além de gerar inovação, conhecimento e competências localmente, reforça em muito a capacidade de apoio da Shell às nossas operações no pré-sal, contribuindo, por exemplo, no aumento da disponibilidade operacional de equipamentos e das nossas instalações marítimas”, destaca Olivier Wambersie, gerente-geral de Tecnologia e Inovação da Shell Brasil.

Com uso de gliders (robôs mergulhadores) e outros equipamentos, como derivadores (boias acopladas com medidores) e perfiladores (obtêm, dentre outros parâmetros, o perfil das correntes principalmente em águas profundas), a equipe do Projeto Azul testou caminhos inovadores em operações marinhas, incluindo a utilização de um veículo autônomo de superfície (Autonomous Surface Vehicle - ASV) que coleta dados de onda, meteorológicos e de concentração de óleo no mar, além de duas linhas de fundeio instrumentadas para coleta de dados de ondas, correntes e características da água do mar. A adoção de uma estratégia de observação com múltiplas plataformas permitiu uma comparação e a validação dos métodos de aquisição para suporte às operações offshore.

“Desenvolvemos um sistema computacional de assimilação de dados observados no projeto, aprimorando as previsões operacionais de correntes marinhas, ondas e ventos para a região”, relata o professor Luiz Landau, coordenador do Laboratório de Métodos Computacionais em Engenharia (Lamce) da Coppe, e do projeto pela instituição. Segundo ele, outra inovação do Projeto Azul foi a maior integração entre os resultados dos modelos computacionais de circulação marinha, ondas e ventos, o que assegurou melhorias na representatividade e previsibilidade oceânica e atmosférica local.

São muitos os desafios em manter uma rede de coleta de dados operacional por tanto tempo. Dentre estes, por exemplo, a pandemia de Covid-19. “Nesse período realizamos a maior campanha com glider da história do projeto, contando com o comando remoto dos nossos pilotos, que trabalharam em segurança de suas casas”, relembra o diretor da Prooceano, Leonardo Marques.

O feito só foi possível em função das estratégias adotadas pela equipe da Prooceano, que é a empresa responsável pelo lançamento, manutenção e processamento em tempo real dos dados coletados pelo glider. Neste momento específico, o objetivo foi otimizar sua navegação e o consumo de bateria. Somente de 2020 até hoje, o equipamento percorreu mais de 7.000 km em cerca de 850 dias de coleta regular de dados, totalizando mais de 3.000 perfis de temperatura e salinidade na região de estudo – algo impensável para métodos de coleta de dados tradicionais, demonstrando a importância do caráter inovador do Projeto Azul.

Projeto Azul e a transição energética

A descarbonização das unidades de produção de óleo e gás offshore e a transição da matriz energética para fontes renováveis de baixo carbono, objetivos contidos no plano do Projeto Azul, são parte fundamental na estratégia da Shell de ser uma empresa de zero emissões líquidas até 2050. Além da conversão da energia eólica e solar, que possuem hoje maior maturidade tecnológica, outras fontes marinhas de energia renovável podem ser aproveitadas, como a conversão da energia das ondas, correntes e do gradiente térmico e salino.

Todo o esforço empenhado na iniciativa – traduzido em coleta contínua de dados oceanográficos, sistemas de previsão meteoceanográficos, soluções orientadas para o usuário, capacitação profissional e formação acadêmica – pode, e deve, contribuir para os desenvolvimentos científicos necessários para subsidiar a expansão do aproveitamento de energias renováveis marinhas, posicionando a continuação do Projeto Azul na vanguarda da maturação dessas tecnologias.

*Vale lembrar que todos os dados coletados no Projeto Azul são disponibilizados para uso não-comercial a pesquisadores e quaisquer instituições de pesquisa interessadas.

Sobre a Shell Brasil

Há 109 anos no país, a Shell é uma empresa de energia integrada com participação em Upstream, no Novo Mercado de Gás Natural, Trading, Pesquisa & Desenvolvimento e no Desenvolvimento de Energias Renováveis, com um negócio de comercialização no mercado livre e produtos ambientais, a Shell Energy Brasil. Aqui, a distribuição de combustíveis é gerenciada pela joint-venture Raízen, que recentemente adquiriu também o negócio de lubrificantes da Shell Brasil.

A companhia trabalha para atender à crescente demanda por energia de forma econômica, ambiental e socialmente responsável, avaliando tendências e cenários para responder ao desafio do futuro da energia.

Sobre o Lamce

Laboratório de Métodos Computacionais em Engenharia (Lamce) da Coppe (www.lamce.coppe.ufrj.br) atua há mais de 35 anos na área de pesquisa e desenvolvimento de métodos computacionais aplicados à Engenharia. Hoje, o Lamce é um dos maiores laboratórios da Coppe, com uma equipe multidisciplinar composta por oceanógrafos, meteorologistas, geólogos, geógrafos e engenheiros.

Por meio de seu Grupo de Modelagem Ambiental, o laboratório realiza as seguintes atividades científicas e acadêmicas: desenvolvimento e implementação de modelos computacionais regionais atmosféricos e oceânicos, análise de dados oceanográficos e meteorológicos, assimilação de dados em modelos oceânicos, geoprocessamento e sensoriamento remoto.

Sobre a Prooceano

A Prooceano (www.prooceano.com.br) é uma empresa brasileira de oceanografia de base tecnológica. Criada em 2004 no Rio de Janeiro, presta serviços principalmente para a indústria de Óleo & Gás offshore nas áreas de oceanografia operacional, coleta de dados, modelagem numérica, análise de risco ambiental e análise de dados oceânicos, além de forte atuação na área de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação.

Desde 2012, a PROOCEANO pertence ao Grupo internacional CLS, com sede em Toulouse, França.

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