Energia Elétrica

Setor elétrico se prepara para ampliar 350% carteira de clientes com abertura do mercado de alta tensão e migração de 106 mil consumidores em 2024

A pouco mais de um ano para entrar em vigor portaria do Ministério de Minas e Energia, que permite liberdade de escolha e melhores preços para o consumidor, empresas do mercado livre iniciam 2023 com o desafio de oferecer produtos aderentes às preferências e necessidades do novo público

Redação TN Petróleo/Assessoria
15/12/2022 17:35
Setor elétrico se prepara para ampliar 350% carteira de clientes com abertura do mercado de alta tensão e migração de 106 mil consumidores em 2024 Imagem: Divulgação Visualizações: 1048 (0) (0) (0) (0)

O consumidor de energia de alta tensão estará apto a escolher, a partir de 1º de janeiro de 2024, o fornecedor que melhor atende suas preferências e necessidades. A pouco mais de um ano para entrar em vigor a portaria 50/2022 do Ministério de Minas e Energia (MME), que permite a liberdade de escolha e melhores preços para o consumidor, as empresas que comercializam no mercado livre começam 2023 com o desafio de oferecer produtos atrativos para cerca de 106 mil novos consumidores – empresas de pequeno e médio portes como dos setores do comércio e da indústria. 

Há a possibilidade de ampliar 350% a atual carteira de clientes no Ambiente de Contratação Livre (ACL). Hoje, 30 mil usuários são atendidos no mercado livre, o que representa apenas 0,03% dos consumidores de todo o Brasil. "A abertura do mercado para clientes de alta tensão é um preparativo para o que vem no futuro", avalia Luiz Fernando Leone Vianna, vice-presidente Institucional e Regulatório do Grupo Delta Energia, que é um dos líderes do setor de energia no Brasil.

Para o executivo, 2023 será um ano intenso e de aprendizados para as empresas que desejam cativar este novo consumidor. "Oferecer um atendimento diferenciado, levar informação de qualidade e investir em inovação e tecnologia são essenciais nessa fase de abertura do mercado. Este é um processo gradual que resultará no desenvolvimento e fortalecimento do setor e, consequentemente, para a economia do País", destaca Vianna ao exemplificar que neste ano a Delta Energia adquiriu uma empresa de tecnologia dedicada ao desenvolvimento de produtos para o mercado de telecomunicações, energia e indústria.

"Temos de estar preparados para receber este consumidor porque ele escolherá o fornecedor que apresentar melhores preços, facilidades e benefícios, e a Delta Energia, que sempre esteve na vanguarda do setor, já vem trabalhando para esta nova fase do mercado", afirma. Esses novos consumidores de alta tensão abrangem um grupo cuja fatura é superior a R$ 10 mil mensais. Estima-se que a migração do mercado cativo para o livre deva representar uma economia de, em média, 30% de gastos com a conta de luz por mês. 

O consumidor está atento à modernização do setor elétrico e pede por mudanças. Segundo levantamento recente da Associação Brasileira dos Consumidores de Energia Elétrica (Abraceel), realizado pelo Datafolha, oito em cada dez brasileiros querem ter o direito de escolher o seu fornecedor de energia elétrica. 

"Estamos a um passo de assistir a uma verdadeira revolução no setor elétrico como já vimos nos mercados de telefonia, internet e TV por assinatura. Estimamos uma migração de 40% dos cerca de 89 milhões de consumidores do País para o mercado livre a partir da liberalização a todos. Há espaço para todas as organizações que, efetivamente, se prepararem com preços atrativos e oferta de produtos taylor made, ou seja, conforme a preferência e demanda do consumidor", diz o vice-presidente Institucional e Regulatório do Grupo Delta Energia.

Cenário nacional – Atualmente, o mercado livre de energia atende a grandes consumidores, com demanda mínima de 500 kW. Está em tramitação no parlamento o projeto de lei 414/2021, que já foi aprovado pelo Senado Federal e está previsto para entrar em votação na Câmara dos Deputados em 2023. Com sua aprovação, todos os consumidores comerciais e industriais independente da demanda passam a ser livres a partir de 2026, e os residenciais a partir de 2028. "O projeto de lei pode sofrer ajustes e retornar ao Senado Federal, onde nasceu. Acreditamos que há espaço para reflexões. Para nós, por exemplo, todos os consumidores já poderiam ter a liberdade de escolha de seu fornecedor a partir de 2026", conclui Vianna. 

 

 

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