Energias Renováveis

SENAI inaugura no RN o Instituto de Inovação em Energias Renováveis

Redação TN Petróleo, Agência CNI de Notícias
17/06/2021 16:52
SENAI inaugura no RN o Instituto de Inovação em Energias Renováveis Imagem: Divulgação Visualizações: 2039

O Instituto SENAI de Inovação em Energias Renováveis (ISI-ER) foi inaugurado nesta terça-feira (15) no Rio Grande do Norte como impulso ao fortalecimento da indústria e à competitividade do Brasil. A unidade vai trazer soluções que prometem catapultar a sustentabilidade do país, com redução de custos, mais eficiência e geração de energias limpas. Essa avaliação foi feita por lideranças empresariais e políticas durante a cerimônia que marcou a conclusão das instalações e o início da operação plena dos laboratórios do Instituto.

O ISI-ER faz parte de uma rede formada por 26 Institutos de Inovação implantados pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) no Brasil para atender a diferentes demandas da indústria. A inauguração foi realizado no Dia Mundial do Vento, data que reforça a importância da energia eólica.

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É a maior rede de institutos privados do país para Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I) do setor, com a unidade em Natal, no Rio Grande do Norte, como principal referência para pesquisa, desenvolvimento e inovação com foco em energia eólica e solar.

“O Rio Grande do Norte é líder nacional na geração desse tipo de energia, tem os maiores players do setor instalados em seu território e o ISI-ER vem apoiar essas empresas não só do estado, mas de todo o Brasil, trazendo o que há de mais moderno para agregação de valor, capacidade de discutir e transformar projetos que antes tinham gargalos, agora em soluções”, ressaltou o presidente da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Norte (FIERN), Amaro Sales de Araújo.

O diretor regional do SENAI/RN, Emerson da Cunha Batista, ressaltou que o Instituto complementa as ações do Centro de Tecnologias do Gás e Energias Renováveis (CTGAS-ER), a unidade do SENAI que forma mão de obra qualificada para a indústria - constituindo agora o chamado HIT, Hub de Inovação e Tecnologia no Rio Grande do Norte.

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Mercado

A carteira de projetos com serviços já contratados ao Instituto ultrapassa R$ 20 milhões e a expectativa é que o valor avance pelo menos 50% até o final do ano. A cifra engloba serviços prestados a empresas brasileiras e a multinacionais, em operação nos diversos elos da cadeia produtiva do setor de energia. A estimativa de expansão, de acordo com Batista, se baseia nas perspectivas de crescimento do setor e do avanço das energias renováveis na matriz energética brasileira.

“Parcerias voltadas à instalação e evolução dessa indústria encontram-se firmadas ou em contatos avançados com empresas e instituições nacionais e estrangeiras de peso, a exemplo da CTG (chinesa), da Maersk (dinamarquesa), da TNO (holandesa) e da AEB (Agência Espacial Brasileira)”, disse o diretor regional do SENAI RN, acrescentando que há ainda, em meio a esse movimento, a manutenção e a evolução de projetos de pesquisa com a Petrobras, a Câmara EIC Trier e a GIZ (Alemã), entre outros parceiros.

A governadora Fátima Bezerra, presente à cerimônia, destacou que o governo do Rio Grande do Norte também faz parte dessa demanda. “O Instituto é a entidade executora da elaboração do Atlas eólico solar do Rio Grande do Norte, um projeto que está em curso e que está recebendo mais de R$ 2 milhões em investimentos”, observou ela durante discurso.

O Atlas, explicou a governadora, é um instrumento pautado na pesquisa que deverá apresentar até o próximo ano um mapeamento completo sobre o potencial de geração de energia eólica e solar em diferentes áreas do estado, como uma espécie de guia para atuais e futuros investidores.

“A chegada do ISI-ER só vem fortalecer cada vez mais esse mercado tão promissor. Esse Instituto significa tecnologia de ponta para que possamos avançar cada vez mais na produção das energias, trazendo desenvolvimento e geração de empregos”, analisou, afirmando que o Rio Grande do Norte tem assegurados, até 2026, ao menos R$ 7 bilhões em investimentos em energia eólica e R$ 2,3 bilhões em energia solar fotovoltaica.

O prefeito de Natal, Álvaro Dias, avaliou a inauguração do Instituto em Natal como “momento ímpar na história” e como “um projeto de grande alcance social e desenvolvimentista”. “Se nós sonhávamos com esse tipo de energia, renovável, agora temos essa realidade, o futuro e o Instituto chega para contribuir com esse progresso”, analisou ele.

InstitucionalImpulso

Em depoimento gravado em vídeo, o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade, também ressaltou que o ISI-ER vai contribuir para a expansão das energias renováveis na matriz energética nacional, com o desenvolvimento da indústria potiguar e da indústria brasileira.

A unidade, lembrou ele, faz parte do conjunto de 60 Institutos de Tecnologia e 27 Institutos de Inovação mantidos pelo Senai no Brasil, que formam a maior rede de pesquisa aplicada da América Latina.

“Essa rede foi planejada com apoio de parceiros estratégicos, como a Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (EMBRAPII), o Instituto Fraunhofer da Alemanha, o MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts), dos Estados Unidos, e os resultados alcançados por ela mostram que o Senai vem se consolidando como aliado decisivo para o Brasil dar o salto tecnológico necessário, para ter um papel de maior destaque no cenário internacional. Especialmente neste momento de recuperação da economia, depois da brutal recessão causada pela pandemia da Covid-19”, disse Andrade.

Laboratórios

Entre os diferenciais do ISI-ER, um dos destaques é o Túnel de Vento, primeiro laboratório do Brasil projetado para atender a demanda da indústria eólica. O Túnel realiza pesquisas, desenvolvimento e prestação de serviços de calibração de anemômetros, instrumentos que medem velocidade e direção de ventos para o setor – e possibilita, ainda, avaliação de desempenho de estruturas e formas que precisam ser submetidas a diferentes intensidades de ventos.

O início da operação comercial do laboratório permitirá reduzir em pelo menos 3 meses o tempo de logística que as empresas gastam atualmente para realizar o serviço no exterior, em países como Alemanha e Espanha, explica o coordenador do ISI-ER, Antônio Medeiros.

O Túnel de Vento integra o chamado Laboratório de energia eólica e se soma a laboratórios nas áreas de energia solar e de sustentabilidade do Instituto. Os trabalhos são desenvolvidos por uma equipe de pesquisadores formada por engenheiros, meteorologistas, geógrafos e químicos, com o apoio de mestres e doutores bolsistas nessas áreas.

O Rio Grande do Norte – escolhido como sede – é o maior produtor de energia eólica do Brasil e também o estado com a maior potência prevista para os próximos anos. A expectativa, segundo Medeiros, é atender a demanda não só do estado, mas do Brasil inteiro. Rodrigo Mello, diretor do ISI-ER e do CTGAS-ER complementa: “Trata-se de um setor de rápido desenvolvimento e de uso intensivo de tecnologias e nosso trabalho tem a perspectiva de oferecer as respostas que a indústria requer, com tecnologias nacionais capazes de fazer a diferença no parque de produção”.

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