Energia

São Paulo disputa o capital eólico

Estado quer se inserir no setor que está concentrado no Nordeste.

Valor Econômico
02/10/2013 15:04
Visualizações: 493

 

O governo paulista pretende disputar com o Nordeste e o Rio Grande do Sul os bilionários investimentos que estão sendo despejados na geração de energia eólica no país. Amanhã (3), o secretário de Energia de São Paulo, José Aníbal, reúne-se com a presidente da Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica), Elbia Melo, para discutir a inserção do mercado paulista no setor. Também foram convidados para o encontro representantes das indústrias de equipamentos, que possuem fábricas no estado.
Apesar de estar próximo dos grandes centros de consumo de energia elétrica e de concentrar boa parte dos fabricantes de equipamentos, o São Paulo não conseguiu capturar ainda uma parte do capital dos empreendedores eólicos. Segundo Aníbal, essa falta de investimentos "não se justifica". De acordo com o secretário, não existem motivos para que não se sejam construídos parques em São Paulo. "Preciso descobrir o por quê".
Só no último leilão de energia organizado pelo governo federal, em agosto, 66 parques eólicos saíram do papel. Os empreendimentos vão consumir R$ 5,5 bilhões em investimentos. Deste total, o Nordeste ficará com R$ 5,2 bilhões, dos quais R$ 2,1 bilhões serão destinados à Bahia, R$ 1,4 bilhão ao Piauí e R$ 660 milhões vão para Pernambuco. No Rio Grande do Sul, serão construídos quatro parques, que vão custar R$ 305 milhões.
Segundo a presidente da Abeeólica, não existem incentivos tributários nos locais onde estão sendo instalados os parques eólicos. O que explica a escolha são a velocidade e outras qualidades dos ventos. Em São Paulo, os ventos sopram a 6,5 metros por segundo, enquanto, na Bahia, a velocidade é de 10 metros. Seria natural que a indústria se instalasse primeiramente nos locais com clima mais propício. Mas as inovações tecnológicas hoje já permitem um melhor aproveitamento em regiões que antes eram considerados menos atraentes, diz Elbia.
Apesar de não ter ainda investimentos em geração de energia, São Paulo já possui um papel preponderante para a indústria eólica nacional se considerada a fabricação de componentes, afirma Elbia. Os investimentos em geração certamente virão. "É só uma questão de tempo", disse a executiva. Segunda ela, o mapa eólico realizado pelo governo paulista, com as medições dos ventos, é um passo importante para a instalação de usinas. Mas esse estudo, divulgado no fim do ano passado, é recente. É preciso dar tempo para que os empresários analisem os projetos, o que pode levar anos.
Entre os fabricantes que estão instalados em São Paulo, Elbia cita a fornecedora de aerogeradores Wobben e a produtora brasileira de pás Tecsis, que exporta para os Estados Unidos. Ambas possuem fábricas em Sorocaba desde 1996 e foram pioneiras na indústria eólica nacional. No estado, também estão instalados outros grandes fabricantes mundiais, como a GE e a Siemens.
São Paulo também oferece outras vantagens competitivas, como custos logísticos mais baixos para transporte dos equipamentos e a proximidade com o centros de consumo. O estado também já possui uma ampla malha de transmissão. No Nordeste, muitos dos parques eólicos que ficaram prontos não puderam ser conectados à rede elétrica devido ao atraso na construção de linhas de transmissão.

O governo paulista pretende disputar com o Nordeste e o Rio Grande do Sul os bilionários investimentos que estão sendo despejados na geração de energia eólica no país. Amanhã (3), o secretário de Energia de São Paulo, José Aníbal, reúne-se com a presidente da Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica), Elbia Melo, para discutir a inserção do mercado paulista no setor. Também foram convidados para o encontro representantes das indústrias de equipamentos, que possuem fábricas no estado.


Apesar de estar próximo dos grandes centros de consumo de energia elétrica e de concentrar boa parte dos fabricantes de equipamentos, o São Paulo não conseguiu capturar ainda uma parte do capital dos empreendedores eólicos. Segundo Aníbal, essa falta de investimentos "não se justifica". De acordo com o secretário, não existem motivos para que não se sejam construídos parques em São Paulo. "Preciso descobrir o por quê".


Só no último leilão de energia organizado pelo governo federal, em agosto, 66 parques eólicos saíram do papel. Os empreendimentos vão consumir R$ 5,5 bilhões em investimentos. Deste total, o Nordeste ficará com R$ 5,2 bilhões, dos quais R$ 2,1 bilhões serão destinados à Bahia, R$ 1,4 bilhão ao Piauí e R$ 660 milhões vão para Pernambuco. No Rio Grande do Sul, serão construídos quatro parques, que vão custar R$ 305 milhões.


Segundo a presidente da Abeeólica, não existem incentivos tributários nos locais onde estão sendo instalados os parques eólicos. O que explica a escolha são a velocidade e outras qualidades dos ventos. Em São Paulo, os ventos sopram a 6,5 metros por segundo, enquanto, na Bahia, a velocidade é de 10 metros. Seria natural que a indústria se instalasse primeiramente nos locais com clima mais propício. Mas as inovações tecnológicas hoje já permitem um melhor aproveitamento em regiões que antes eram considerados menos atraentes, diz Elbia.


Apesar de não ter ainda investimentos em geração de energia, São Paulo já possui um papel preponderante para a indústria eólica nacional se considerada a fabricação de componentes, afirma Elbia. Os investimentos em geração certamente virão. "É só uma questão de tempo", disse a executiva. Segunda ela, o mapa eólico realizado pelo governo paulista, com as medições dos ventos, é um passo importante para a instalação de usinas. Mas esse estudo, divulgado no fim do ano passado, é recente. É preciso dar tempo para que os empresários analisem os projetos, o que pode levar anos.


Entre os fabricantes que estão instalados em São Paulo, Elbia cita a fornecedora de aerogeradores Wobben e a produtora brasileira de pás Tecsis, que exporta para os Estados Unidos. Ambas possuem fábricas em Sorocaba desde 1996 e foram pioneiras na indústria eólica nacional. No estado, também estão instalados outros grandes fabricantes mundiais, como a GE e a Siemens.


São Paulo também oferece outras vantagens competitivas, como custos logísticos mais baixos para transporte dos equipamentos e a proximidade com o centros de consumo. O estado também já possui uma ampla malha de transmissão. No Nordeste, muitos dos parques eólicos que ficaram prontos não puderam ser conectados à rede elétrica devido ao atraso na construção de linhas de transmissão.

 

Mais Lidas De Hoje
veja Também
Bacia de Campos
PRIO assume operação do Campo de Peregrino com aquisição...
13/11/25
Pessoas
Francisco Valdir Silveira assume presidência do SGB
13/11/25
Curso
Radix e UniIBP lançam primeira edição do curso "Análise ...
13/11/25
Margem Equatorial
Rio-Macapá: novas fronteiras levam à região Norte
12/11/25
COP30
Petrobras e BNDES lançam primeiro edital do ProFloresta+...
12/11/25
Evento
ANP participa de conferência de Geofísica Sustentável, d...
12/11/25
Pré-Sal
PPSA aguarda decisão sobre aumento de participação da Un...
12/11/25
Bacia de Campos
PRIO assume operação do Campo de Peregrino com aquisição...
12/11/25
COP30
Portaria sobre embarcações sustentáveis entra em consult...
12/11/25
COP30
Eficiência energética é essencial para desacoplar cresci...
12/11/25
COP30
Embrapii abre chamada pública para capacitação de grupos...
12/11/25
PD&I
União de expertises
12/11/25
Gás Natural
GNLink e Bahiagás firmam contrato para levar gás natural...
11/11/25
Pré-Sal
P-79 deixa estaleiro na Coreia do Sul rumo ao campo de B...
11/11/25
Amazonas
Petrobras e Amazônica Energy firmam primeiro contrato pa...
11/11/25
Refino
Complexo de Energias Boaventura terá unidades de refino ...
11/11/25
COP30
Soluções baseadas na Natureza: mitigar mudanças climátic...
10/11/25
Combustíveis
Etanol registra alta na primeira semana de novembro, apo...
10/11/25
Brandend Content
Oil States participa da OTC Brasil 2025 e reforça seu co...
07/11/25
Resultado
Lucro líquido da Petrobras chega a US$ 6 bilhões no terc...
07/11/25
ANP
XIII Seminário de Segurança Operacional e Meio Ambiente ...
07/11/25
VEJA MAIS
Newsletter TN

Fale Conosco

Utilizamos cookies para garantir que você tenha a melhor experiência em nosso site. Se você continuar a usar este site, assumiremos que você concorda com a nossa política de privacidade, termos de uso e cookies.