O estaleiro Atlântico Sul sem dúvida é um caso emblemático na construção naval brasileira. Recebeu encomendas quando o estaleiro era apenas um terreno vazio, de 1,6 milhão de metros quadrados. Hoje, em área que corresponde a quatro vez
S. Barreto Motta /Monito Mecantil DigitalO estaleiro Atlântico Sul sem dúvida é um caso emblemático na construção naval brasileira. Recebeu encomendas quando o estaleiro era apenas um terreno vazio, de 1,6 milhão de metros quadrados. Hoje, em área que corresponde a quatro vezes a cidade do Vaticano, lá estão diversas oficinas, um enorme dique e 3.700 empregados - dos quais 90% das proximidades de Suape, em Pernambuco.
O estaleiro tem dois guindastes de pórtico marca Goliath de 100 metros de altura, que podem suspender, cada um, 1.500 toneladas. O cais de atracação é de 730 metros. As encomendas somam US$ 3,5 bilhões, com 22 navios da Transpetro e uma plataforma. O processamento de aço é de 160 mil toneladas, um quarto da capacidade total do setor no país.
O Fundo de Marinha Mercante não economizou e, além de financiar as obras, deu crédito à instalação do estaleiro. No entanto, há casos de empresas que receberam benefícios e sequer fizeram sua parte, deixando o governo a ver navios - o que não ocorreu no estaleiro.
Comenta-se que o grupo coreano Samsung agora quer ampliar sua fatia no empreendimento, que é de 5% do total. De início, o Samsung queria vender navios feitos na Coréia, depois, aceitou ceder tecnologia e, agora, segundo se comenta, deseja ampliar seu comprometimento acionário.
Um fato praticamente desconhecido se dá em relação à produtividade na fabricação. No caso do João Cândido, o primeiro navio do estaleiro - e do Programa de Modernização da Frota (Promef), da Transpetro - foram montados 214 blocos e, no terceiro, serão apenas 11 blocos. Com melhor estrutura industrial, o estaleiro poderá usar blocos maiores, que facilitam o encaixe.
Por S. Barreto Motta /Monito Mecantil Digital
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