Redação TN Petróleo/Assessoria
A Siemens Energy garantiu o pedido para a construção da UTE GNA II, usina de ciclo combinado em regime turnkey no projeto integrado de GNL-para-energia localizado em Porto do Açu, no estado do Rio de Janeiro. A construção da planta, que já está em andamento, se dá após o comissionamento bem-sucedido de GNA I, no segundo semestre desse ano. GNA II será a segunda usina de ciclo combinado que a Siemens Energy irá construir em regime de turnkey no polo termelétrico e terá uma capacidade instalada de 1,7 gigawatt (GW).
Com uma capacidade combinada de 3 GW, GNA I e GNA II serão capazes de fornecer eletricidade para o equivalente ao consumo de 14 milhões de residências. Esse segundo pedido contará com a primeira aplicação no Brasil da turbina a gás classe HL. As usinas de ciclo combinado movidas a gás natural liquefeito (GNL) serão as termelétricas mais eficientes da América Latina. O valor total do projeto é de aproximadamente € 1 bilhão.
O escopo da Siemens Energy prevê a entrega de toda a ilha de energia, que consiste em três turbinas a gás classe HL de alta eficiência, uma turbina a vapor, quatro geradores elétricos e três geradores a vapor com recuperação de calor (HRSG), além de sistemas de instrumentação e controle. Os serviços oferecidos pela Siemens Energy cobrirão também a operação e manutenção de longo prazo (O&M) da planta, incluindo monitoramento remoto avançado e diagnóstico pelo Centro de Operação Remoto, localizado em Jundiaí, São Paulo.
A usina está sendo construída em conjunto com a parceira do consórcio Andrade Gutierrez, que fornecerá as obras civis, de infraestrutura e montagem.
“Nossa participação nesse projeto excepcional reforça como nossa abordagem abrangente de GNL-para-energia aumenta o valor agregado para nossos parceiros e também atende à necessidade de energia acessível e confiável”, afirma Jochen Eickholt (foto), membro do Conselho Executivo da Siemens Energy AG. “Esse projeto é estratégico, não só pela sua grandiosidade, mas também pela localização geográfica, próximo aos dois principais sistemas de gasodutos do Brasil, nas regiões Nordeste e Sudeste do país. Importante ressaltar que nossas turbinas a gás para GNA II estão prontas para queimar hidrogênio posteriormente. Isso significa que nossa tecnologia é preparada para o futuro dos nossos clientes”, acrescenta Eickholt.
O projeto Gás Natural do Açu contempla a construção de duas usinas termelétricas, um terminal de regaseificação de GNL, baseado em uma FSRU (Unidade Flutuante de Regaseificação de Armazenamento), além de subestações e linhas de transmissão para interligar as usinas ao Sistema Interligado Nacional. O complexo termelétrico faz parte do Polo Gás do Açu, projeto em desenvolvimento no Complexo Portuário do Açu que visa fornecer uma solução logística para o recebimento, processamento, conversão em energia elétrica e transporte do gás natural nas bacias de Campos e Santos, bem como para importar e armazenar GNL. Uma segunda fase compreenderá projetos de energia térmica adicionais sob a licença ambiental de 6,4 GW de propriedade da GNA.
A construção da usina GNA I foi iniciada em janeiro de 2018 e entrou em operação comercial em setembro de 2021. As duas usinas fornecerão energia para regiões como Espírito Santo, Minas Gerais e Rio de Janeiro dentro do Sistema Interligado Nacional.
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