Estudo

PIB do país só cresce com reformas

Conclusão é de estudo realizado por economistas do FMI.

Diário do Nordeste
13/06/2014 12:38
Visualizações: 1043 (0) (0) (0) (0)

 

Um nível maior e mais sustentado de crescimento econômico em países emergentes como o Brasil vai exigir um esforço renovado em reformas estruturais, para dar mais peso ao mercado interno como motor da atividade. A conclusão é de um estudo dos economistas do Fundo Monetário Internacional (FMI), divulgado ontem (12).
No estudo, chamado "Mercados emergentes em transição: perspectivas de crescimento e desafios", os economistas do FMI afirmam que, no curto prazo, o crescimento maior dos países desenvolvidos deve garantir maior demanda por produtos dos emergentes, como é o caso do Brasil.
Taxas fracas
O estudo destaca ainda que depois de serem estrelas de crescimento econômico, os emergentes estão amargando taxas decepcionantes, não só abaixo dos níveis pós-crise financeira mundial, mas também piores que os patamares na década pré-crise. O Brasil é citado como exemplo, com a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) reduzida em 2,75 pontos porcentuais desde 2010/2011, para "meros" 2,3%.
Como parte desta desaceleração é por conta de fatores cíclicos, o estudo diz que a recuperação maior esperada para os países avançados, como os Estados Unidos, deve ajudar os emergentes, na medida que os mercados desenvolvidos vão demandar mais exportações.
Velhos fatores
A previsão, porém, é que os fatores que ajudaram os emergentes a ter crescimento forte nos anos 2000 não devem se repetir nos próximos anos. Entre estes fatores, o estudo cita a alta dos preços das commodities e as condições favoráveis no mercado financeiro. O ambiente externo tende a oferecer menos estímulo à expansão dos emergentes.
Uma das razões é a mudança da política monetária nos EUA, que devem elevar juros em 2015, encarecendo os custos globais de captação de recursos.
Nesse cenário, uma das recomendações do estudo é que os emergentes reorientem os motores do crescimento, com peso mais forte para o mercado doméstico. "Um crescimento sustentado vai precisar de uma ênfase renovada em reformas estruturais", destaca o documento.
Os governos de países como Brasil, Turquia e China vão precisar identificar reformas prioritárias para remover gargalos na infraestrutura e aumentar a produtividade. No caso dos três países, o estudo diz que as reformas são necessárias para reorientar os catalisadores do crescimento econômico, que na economia brasileira e turca é muito dependente do consumo e na chinesa, do investimento.
O Brasil, destaca o estudo, tem que dar mais peso ao investimento. "Um rebalanceamento interno é necessário para reorientar a economia para modelos de crescimento mais sustentáveis", ressaltam os técnicos do Fundo.
Os técnicos do FMI destacam, no entanto, que não se pode subestimar a dificuldade de implementação das novas mudanças, em muitos casos por falta de consenso político.

Um nível maior e mais sustentado de crescimento econômico em países emergentes como o Brasil vai exigir um esforço renovado em reformas estruturais, para dar mais peso ao mercado interno como motor da atividade. A conclusão é de um estudo dos economistas do Fundo Monetário Internacional (FMI), divulgado ontem (12).

No estudo, chamado "Mercados emergentes em transição: perspectivas de crescimento e desafios", os economistas do FMI afirmam que, no curto prazo, o crescimento maior dos países desenvolvidos deve garantir maior demanda por produtos dos emergentes, como é o caso do Brasil.


Taxas fracas

O estudo destaca ainda que depois de serem estrelas de crescimento econômico, os emergentes estão amargando taxas decepcionantes, não só abaixo dos níveis pós-crise financeira mundial, mas também piores que os patamares na década pré-crise. O Brasil é citado como exemplo, com a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) reduzida em 2,75 pontos porcentuais desde 2010/2011, para "meros" 2,3%.

Como parte desta desaceleração é por conta de fatores cíclicos, o estudo diz que a recuperação maior esperada para os países avançados, como os Estados Unidos, deve ajudar os emergentes, na medida que os mercados desenvolvidos vão demandar mais exportações.


Velhos fatores

A previsão, porém, é que os fatores que ajudaram os emergentes a ter crescimento forte nos anos 2000 não devem se repetir nos próximos anos. Entre estes fatores, o estudo cita a alta dos preços das commodities e as condições favoráveis no mercado financeiro. O ambiente externo tende a oferecer menos estímulo à expansão dos emergentes.

Uma das razões é a mudança da política monetária nos EUA, que devem elevar juros em 2015, encarecendo os custos globais de captação de recursos.

Nesse cenário, uma das recomendações do estudo é que os emergentes reorientem os motores do crescimento, com peso mais forte para o mercado doméstico. "Um crescimento sustentado vai precisar de uma ênfase renovada em reformas estruturais", destaca o documento.

Os governos de países como Brasil, Turquia e China vão precisar identificar reformas prioritárias para remover gargalos na infraestrutura e aumentar a produtividade. No caso dos três países, o estudo diz que as reformas são necessárias para reorientar os catalisadores do crescimento econômico, que na economia brasileira e turca é muito dependente do consumo e na chinesa, do investimento.

O Brasil, destaca o estudo, tem que dar mais peso ao investimento. "Um rebalanceamento interno é necessário para reorientar a economia para modelos de crescimento mais sustentáveis", ressaltam os técnicos do Fundo.

Os técnicos do FMI destacam, no entanto, que não se pode subestimar a dificuldade de implementação das novas mudanças, em muitos casos por falta de consenso político.

 

Mais Lidas De Hoje
veja Também
Parceria
BRAVA Energia anuncia parceria e venda de 50% de infraes...
06/06/25
Negócio
Vallourec finaliza a aquisição da Thermotite do Brasil
06/06/25
Apoio Offshore
CBO fecha 2024 com expansão da frota, avanços em sustent...
06/06/25
Etanol
ORPLANA promove encontros com associações para esclarece...
06/06/25
Firjan
Receitas do petróleo não suportam mais taxas e inseguran...
06/06/25
Gás Natural
TBG reduz tarifas do Gasbol em até 28%
06/06/25
Hidrogênio
Vallourec obtém qualificação de sua solução de armazenam...
06/06/25
Amazônia
FGV Energia e Petrobras firmam parceria para geração de ...
06/06/25
Transição Energética
BNDES, Petrobras e Finep lançam edital para FIP em trans...
05/06/25
Pré-Sal
Shell aumentará participação no projeto operado de Gato ...
05/06/25
Biometano
Grupo de trabalho da ANP conclui estudos sobre regulamen...
05/06/25
Bahia Oil & Gas Energy 2025
Inovação no DNA: Como a Comquality vem revolucionando o ...
04/06/25
Bahia Oil & Gas Energy 2025
Oil States marca presença na Bahia Oil & Gas Energy 2025...
04/06/25
Oferta Permanente
Edital do leilão da Oferta Permanente e marco do Licenci...
04/06/25
Sergipe Oil & Gas 2025
Sergipe Oil & Gas 2025 é lançado com foco em inovação e ...
04/06/25
Meio Ambiente
Supergasbras amplia ações que reduzem as emissões de CO₂...
04/06/25
Campos Marginais
Medidas Fiscais com Impacto Desproporcional às Operadora...
04/06/25
Biometano
Gasmig abre chamada pública para aquisição de biometano ...
03/06/25
QAV
GOL e TAP adotam o IATA FuelIS para otimizar o uso de co...
03/06/25
IBP
Posicionamento do IBP sobre receitas extras com petróleo
03/06/25
ANP
Com 3,734 milhões de boe/d, produção de petróleo e gás n...
03/06/25
VEJA MAIS
Newsletter TN

Fale Conosco

Utilizamos cookies para garantir que você tenha a melhor experiência em nosso site. Se você continuar a usar este site, assumiremos que você concorda com a nossa política de privacidade, termos de uso e cookies.

22