Redação/Agência Petrobras
A Petrobras não fez qualquer mudança na tabela de custos do GLP, que continua tendo a mesma tarifação.
No entanto, a companhia alterou os contratos de fornecimento de GLP com as distribuidoras para melhor refletir custos de logística que tipicamente deveriam por elas ser cobertos, mas que eram suportados pela companhia. Na prática, está se reduzindo subsídios às distribuidoras de GLP. É um movimento semelhante ao que foi realizado há dois anos para os contratos de fornecimento de diesel e gasolina.
O impacto estimado pela Petrobras sobre os preços do botijão de 13 kg, que é a referência para uso residencial, é de R$ 0,20 por unidade, na média do país. Isso representa 0,36% no preço de um botijão que custe R$ 55,00, por exemplo. De acordo com cálculos internos, o impacto máximo, desconsiderando a média nacional, não ultrapassará R$ 0,70 por botijão nos preços cobrados pela Petrobras às distribuidoras. Como a lei brasileira garante liberdade de preços no mercado de derivados, as revisões feitas pela Petrobras nas refinarias podem ou não se refletir no preço final ao consumidor. A companhia não tem qualquer ingerência na precificação final adotada por distribuidoras e revendedores de combustíveis.
Esse movimento é importante para evitar distorções e estimular investimentos na cadeia de logística. Um exemplo é a estocagem: nas entregas feitas por cabotagem, muitas vezes o GLP é armazenado em tanques da Petrobras. O preço cobrado de quem usa a infraestrutura da companhia era o mesmo aplicado a clientes que não usam. A partir de agora passa a ser diferenciado, sendo inferior para quem dispõe de infraestrutura própria ou carrega o GLP direto do navio da cabotagem, estimulando as distribuidoras a investirem em armazenamento. Há exemplos similares no uso de dutos e de estações de carregamento de GLP da companhia.
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