Nova embarcação é pioneira na sua categoria no país. As tecnologias empregadas visam economia de combustível, redução de emissões de gases de efeito estufa e dão o tom do futuro em desenho pela petroleira
Redação TN Petróleo, Agência PetrobrasA Petrobras assinou com a Bram Offshore, contrato de afretamento da embarcação Mr. Chafic, do tipo AHTS (Anchor Handling Tug Suplly), para realizar operações de transporte marítimo de cargas pela Logística Offshore, em atendimento às demandas operacionais do E&P e Sondas de Perfuração. A Bram Offshore será responsável pela implementação das inovações tecnológicas, além de armar e tripular a embarcação.
A principal novidade deste contrato é que a embarcação terá implementada, até outubro de 2024, propulsão híbrida, isto é, serão instaladas baterias a bordo, permitindo que a navegação e operações marítimas sejam feitas com redução de emissões de gases de efeito estufa, bem como do consumo de combustível. A Petrobras tem a expectativa de que essas reduções se situem em torno de 15%.
O Diretor de Logística, Comercialização e Mercados da Petrobras, Cláudio Schlosser, comenta a dimensão das operações logísticas da Petrobras e a importância da transição energética desse segmento: "A Petrobras promove uma das maiores operações logísticas offshore do mundo. O posicionamento da Petrobras a torna um ator fundamental no atendimento às demandas da sociedade. E essas demandas são cada vez mais sofisticadas, passando necessariamente pela sustentabilidade em toda cadeia de operações de fornecimento energético. Vamos continuar investindo em iniciativas inovadoras que posicionem a Petrobras como a melhor empresa de energia na geração de valor, provendo energia que assegure efetiva prosperidade hoje e também nas próximas gerações."
O que é uma embarcação híbrida?
Uma característica importante dessa tecnologia é a sua perfeita integração ao sistema de propulsão. Através dessa integração, as baterias auxiliam os motores principais, proporcionando redução no consumo de combustível, uma vez que existe a possibilidade da embarcação operar com uma menor quantidade de geradores no barramento, mantendo-se a segurança operacional. Essa abordagem híbrida permite que a embarcação opere de forma mais eficiente, economizando recursos e reduzindo as emissões poluentes. A certificação da DNV (Det Norske Veritas) é uma validação importante para a segurança e conformidade com normas internacionais. A notação de classe garante que as baterias atendam aos mais altos padrões de segurança, assegurando a operação confiável e a proteção dos tripulantes e do meio ambiente.
"A consecução desse projeto é um passo importante da transição energética no âmbito das nossas operações logísticas. Os desafios tecnológicos ainda são expressivos, mas confiamos na capacidade técnica dos nossos times e fornecedores que, em conjunto, estão obtendo avanços importantes nessa temática e, igualmente relevante, demonstrando a nossa capacidade de incorporar tecnologias de ponta que não só promovam a descarbonização das nossas operações, mas o façam com segurança e competitividade." - pontua Daniel Gago, Gerente Executivo da Logística de E&P da Petrobras.
Essas embarcações podem operar em plataformas, turbinas eólicas offshore, em áreas de pesquisa e para construção e reparo offshore. O banco de baterias não requer espaço no convés da embarcação, nem interfere nas suas atividades.
Com um Bollard Pull de 167 toneladas e uma capacidade de carga de aproximadamente 2.800 toneladas, a embarcação alcançará níveis ainda mais expressivos ao agregar a bateria ao seu sistema. A autonomia aumentada e a manobrabilidade aprimorada proporcionarão maior flexibilidade para realizar operações complexas com eficiência e segurança. Além disso, a presença das baterias proporcionará uma maior segurança operacional, garantindo a continuidade das operações e minimizando riscos. A flexibilidade operacional também é ampliada, permitindo adaptações ágeis às necessidades e demandas do mercado.
"A Bram Offshore e o Grupo Chouest são parceiros da Petrobras há décadas. Nesse tempo, foram inúmeros os projetos conjuntos de desenvolvimento e transformação das operações logísticas, dado que compartilhamos com a Petrobras esse objetivo de buscar incessantemente novas tecnologias que tornem as operações logísticas mais seguras, sustentáveis e competitivas. Ficamos entusiasmados em participar, de forma pioneira no Brasil, de mais esse capítulo de transformação." - afirma Ricardo Chagas (foto), Diretor Presidente do Grupo Chouest para a América Latina.
O Mr. Chafic entrará em operação até outubro de 2023 e inaugurará sua configuração híbrida nos 12 meses subsequentes.
Esta contratação integra um rol de projetos em desenvolvimento pela Petrobras, em conjunto com o mercado nacional, com vistas à descarbonização das suas atividades e à modernização da frota de embarcações empregada nas suas atividades de E&P
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