Energia

Paraná vai ganhar a 1ª planta experimental de hidrogênio

Estrutura está sendo montada no Parque Tecnológico Itaipu.

Ascom Itaipu
24/07/2013 15:35
Paraná vai ganhar a 1ª planta experimental de hidrogênio Imagem: Estrutura está sendo montada no Parque Tecnológico Itaipu Visualizações: 960

 

Foz do Iguaçu vai ganhar a primeira planta para a produção experimental de hidrogênio do Paraná e a segunda da região Sul do país. A estrutura começou a ser construída no início do mês, em uma área de 2 mil metros quadrados, dentro do Parque Tecnológico Itaipu (PTI). A expectativa é que a produção comece até o final do ano.
O projeto é uma parceria da Itaipu Binacional, Eletrobras e a Fundação Parque Tecnológico Itaipu (FPTI) e foi desenvolvido com apoio do Centro Nacional de Referência em Energia do Hidrogênio (CENEH) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).
Além da planta experimental, a parceria com a Eletrobras (assinada em outubro de 2011) já viabilizou a instalação do Núcleo de Pesquisa em Hidrogênio (NUPHI), também no PTI. Pesquisadores e bolsistas foram contratados para atuar no centro.
O coordenador brasileiro da Comissão Interna de Conservação de Energia (Cice), engenheiro Marcelo Miguel, disse que os estudos vão possibilitar, no futuro, que Itaipu aproveite a energia que hoje deixa de ser gerada pela água excedente do reservatório para abastecer uma grande central de produção de hidrogênio.
O mesmo modelo de produção poderá ser adotado por outras hidrelétricas do país, abrindo a possibilidade de novas unidades de negócio para o setor elétrico. “Com o hidrogênio, Itaipu poderá elevar em até 6% a sua eficiência energética e se tornar referência dentro sistema Eletrobras para a aplicação dessa tecnologia”, disse.
Benefícios do hidrogênio
Marcelo Miguel comentou que o hidrogênio é um elemento abundante na natureza, com alta densidade energética e isento do carbono - um dos responsáveis pelo chamado efeito estufa. Ou seja, trata-se de uma alternativa economicamente viável e ambientalmente correta.
O potencial de aplicação, segundo ele, é amplo. Armazenado em grandes cilindros, em forma de gás, ou em pequenas células de combustível, o hidrogênio pode gerar energia para abastecer residências e indústrias, veículos elétricos ou até mesmo ser utilizado como bateria de telefones celulares.
“A utilização em larga escala seria uma revolução energética, já que 93% do universo é composto por hidrogênio”, estima Marcelo Miguel, explicando que é possível isolar o elemento químico a partir de qualquer material, inclusive do lixo.
No caso de Itaipu, a escolha da extração pela água (composta por oxigênio e hidrogênio) foi natural. “O Brasil é o país das hidrelétricas. Outros países, para produzir o hidrogênio, precisam queimar gás, petróleo ou carvão. Aqui, seria um processo totalmente limpo e ainda evitaríamos o desperdício de energia com a água escoada pelo vertedouro”.
Frentes de pesquisa
Os estudos desenvolvidos pelo Núcleo de Pesquisa em Hidrogênio (NUPHI) poderão ser testados na futura planta experimental - que terá 180 metros quadrados de construção. O principal equipamento da unidade, chamado de eletrolisador, foi comprado por meio de concorrência internacional e está em processo de fabricação pela empresa italiana H2Nitidor.
O equipamento permite produzir hidrogênio por meio da eletrólise, ou seja, a separação dos elementos químicos da água (hidrogênio e oxigênio).
O coordenador do Núcleo de Pesquisas em Hidrogênio (NUPHI), Ricardo José Ferracin, disse que o principal objetivo do centro é investigar o ciclo de vida do hidrogênio, envolvendo as etapas de produção, purificação, compressão, armazenamento, controle de qualidade, transporte e uso final em células a combustível e outras aplicações. Outra frente de pesquisa é a produção de hidrogênio a partir da criação de algas.
O centro também pretende promover a interação do hidrogênio com o Programa Veículo Elétrico (VE) - para abastecer com células de hidrogênio parte da frota de veículos elétricos de Itaipu.
“O hidrogênio tem a perspectiva de se inserir na matriz energética [do Brasil] até 2050, sobretudo na área do transporte”, explicou Ferracin, que também é o responsável pela planta de produção experimental.
Além da H2Nitidor e da Hytron, empresa spin-off (termo utilizado para descrever uma empresa que nasceu a partir de um grupo de pesquisa) da Unicamp, o centro já fechou parcerias com instituições como a Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila), Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e a Universidade Nacional de Missiones (UNAM), da Argentina.

Foz do Iguaçu vai ganhar a primeira planta para a produção experimental de hidrogênio do Paraná e a segunda da região Sul do país. A estrutura começou a ser construída no início do mês, em uma área de 2 mil metros quadrados, dentro do Parque Tecnológico Itaipu (PTI). A expectativa é que a produção comece até o final do ano.


O projeto é uma parceria da Itaipu Binacional, Eletrobras e a Fundação Parque Tecnológico Itaipu (FPTI) e foi desenvolvido com apoio do Centro Nacional de Referência em Energia do Hidrogênio (CENEH) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).


Além da planta experimental, a parceria com a Eletrobras (assinada em outubro de 2011) já viabilizou a instalação do Núcleo de Pesquisa em Hidrogênio (NUPHI), também no PTI. Pesquisadores e bolsistas foram contratados para atuar no centro.


O coordenador brasileiro da Comissão Interna de Conservação de Energia (Cice), engenheiro Marcelo Miguel, disse que os estudos vão possibilitar, no futuro, que Itaipu aproveite a energia que hoje deixa de ser gerada pela água excedente do reservatório para abastecer uma grande central de produção de hidrogênio.


O mesmo modelo de produção poderá ser adotado por outras hidrelétricas do país, abrindo a possibilidade de novas unidades de negócio para o setor elétrico. “Com o hidrogênio, Itaipu poderá elevar em até 6% a sua eficiência energética e se tornar referência dentro sistema Eletrobras para a aplicação dessa tecnologia”, disse.



Benefícios do hidrogênio


Marcelo Miguel comentou que o hidrogênio é um elemento abundante na natureza, com alta densidade energética e isentodo carbono - um dos responsáveis pelo chamado efeito estufa. Ou seja, trata-se de uma alternativa economicamente viável e ambientalmente correta.

 

O potencial de aplicação, segundo ele, é amplo. Armazenado em grandes cilindros, em forma de gás, ou em pequenas células de combustível, o hidrogênio pode gerar energia para abastecer residências e indústrias, veículos elétricos ou até mesmo ser utilizado como bateria de telefones celulares.


“A utilização em larga escala seria uma revolução energética, já que 93% do universo é composto por hidrogênio”, estima Marcelo Miguel, explicando que é possível isolar o elemento químico a partir de qualquer material, inclusive do lixo.


No caso de Itaipu, a escolha da extração pela água (composta por oxigênio e hidrogênio) foi natural. “O Brasil é o país das hidrelétricas. Outros países, para produzir o hidrogênio, precisam queimar gás, petróleo ou carvão. Aqui, seria um processo totalmente limpo e ainda evitaríamos o desperdício de energia com a água escoada pelo vertedouro”.



Frentes de pesquisa


Os estudos desenvolvidos pelo Núcleo de Pesquisa em Hidrogênio (NUPHI) poderão ser testados na futura planta experimental - que terá 180 metros quadrados de construção. O principal equipamento da unidade, chamado de eletrolisador, foi comprado por meio de concorrência internacional e está em processo de fabricação pela empresa italiana H2Nitidor.


O equipamento permite produzir hidrogênio por meio da eletrólise, ou seja, a separação dos elementos químicos da água (hidrogênio e oxigênio).


O coordenador do Núcleo de Pesquisas em Hidrogênio (NUPHI), Ricardo José Ferracin, disse que o principal objetivo do centro é investigar o ciclo de vida do hidrogênio, envolvendo as etapas de produção, purificação, compressão, armazenamento, controle de qualidade, transporte e uso final em células a combustível e outras aplicações. Outra frente de pesquisa é a produção de hidrogênio a partir da criação de algas.


O centro também pretende promover a interação do hidrogênio com o Programa Veículo Elétrico (VE) - para abastecer com células de hidrogênio parte da frota de veículos elétricos de Itaipu.


“O hidrogênio tem a perspectiva de se inserir na matriz energética [do Brasil] até 2050, sobretudo na área do transporte”, explicou Ferracin, que também é o responsável pela planta de produção experimental.


Além da H2Nitidor e da Hytron, empresa spin-off (termo utilizado para descrever uma empresa que nasceu a partir de um grupo de pesquisa) da Unicamp, o centro já fechou parcerias com instituições como a Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila), Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e a Universidade Nacional de Missiones (UNAM), da Argentina.

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