Relatório

Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas cobra medidas imediatas de mitigação

Documento foi divulgado hoje.

Agência Brasil
07/11/2013 12:17
Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas cobra medidas imediatas de mitigação Imagem: Stock XCHNG Visualizações: 1598

 

Relatório do Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas (PBMC), divulgado nesta quinta-feira (7), ressalta a necessidade de adoção de ações imediatas para reduzir as emissões de gases de efeito estufa. “O benefício da ação imediata para mitigar a mudança do clima supera o custo da inação”, destaca trecho do primeiro relatório de avaliação nacional sobre mudanças climáticas do organismo científico, criado pelo governo federal em 2009 por meio dos ministérios de Meio Ambiente e da Ciência, Tecnologia e Inovação.
O documento traz propostas de redução da emissão de gases poluentes nos setores de energia, indústria, transporte, edificações, agropecuária e uso da terra.
“Nesse relatório, mostramos as opções para os tomadores de decisão para reduzir as emissões, de forma que a gente não gaste tanto em adaptação [maneiras de amenizar o impacto]. Existe realmente a possibilidade de redução das emissões, mas depende de decisões muito mais políticas do que econômicas”, disse a presidente do comitê científico do PBMC, Suzana Kahn Ribeiro.
O estudo mostra que o Brasil, em 2010, reduziu as emissões para 1,25 bilhão de toneladas de dióxido de carbono (CO), em comparação com as emissões de 2,03 bilhões de toneladas em 2005 por causa do êxito no combate ao desmatamento. Entretanto, o documento informa que “após 2020, serão necessárias medidas adicionais de mitigação, devido à tendência de aumento das emissões provenientes da queima de combustíveis fósseis no país”.
“Houve diminuição da emissão de gases de efeito estufa por causa da redução do desmatamento. Isso tem um limite. Estamos atingindo a nossa meta, mas, nas próximas décadas, a redução terá que ocorrer nos setores de energia, transporte e agricultura”, acrescentou Suzana.
Segundo o PBMC, as liberações de dióxido de carbono no Brasil passaram, a partir de 2010, a serem determinadas pelos setores de energia, por causa da queima de combustíveis fósseis, e da agropecuária. As soluções passam pelo uso de energias alternativas, eficiência energética e um padrão de consumo e produção menos intensivo em carbono, que é causador do efeito estufa. Os pesquisadores também destacam que os setores de transporte e indústria são fontes importantes de emissões.
O relatório estima que as emissões do setor elétrico vão aumentar 130% na década entre 2011 e 2021, e aponta que medidas de eficiência energética e o incentivo às pequenas centrais hidrelétricas, às térmicas a bagaço de cana-de-açúcar, e às energias solar e eólica deve ser adotado para mudar o cenário.
As emissões de gases poluentes da agropecuária representam 35% do total do Brasil, “mantendo-se uma tendência crescente”, segundo o estudo. Grande parte das emissões no setor está associada ao produzido pelo rebanho bovino e o manejo das culturas de soja, milho, cana-de-açúcar e arroz que, juntas, ocupam mais de 70% da área cultivada.
“De 1990 a 2005, houve um aumento de 37% das emissões no setor, considerando-se basicamente o óxido nitroso e o metano, fruto não somente do crescimento dos rebanhos e da área plantada, mas também da maior utilização de tecnologias”, diz o texto. Os pesquisadores destacam que a recuperação de pastagens e a expansão de plantios comerciais de florestas são oportunidades de mitigação.
No setor de transportes, de acordo com estimativas para 2020, o transporte rodoviário poderá emitir 60% a mais do que em 2009, alcançando 270 milhões de toneladas de CO2. A redução do uso de transportes motorizados e o emprego de fontes de energia mais limpas, como os biocombustíveis, são algumas das propostas do PBMC.

Relatório do Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas (PBMC), divulgado nesta quinta-feira (7), ressalta a necessidade de adoção de ações imediatas para reduzir as emissões de gases de efeito estufa. “O benefício da ação imediata para mitigar a mudança do clima supera o custo da inação”, destaca trecho do primeiro relatório de avaliação nacional sobre mudanças climáticas do organismo científico, criado pelo governo federal em 2009 por meio dos ministérios de Meio Ambiente e da Ciência, Tecnologia e Inovação.

O documento traz propostas de redução da emissão de gases poluentes nos setores de energia, indústria, transporte, edificações, agropecuária e uso da terra.

“Nesse relatório, mostramos as opções para os tomadores de decisão para reduzir as emissões, de forma que a gente não gaste tanto em adaptação [maneiras de amenizar o impacto]. Existe realmente a possibilidade de redução das emissões, mas depende de decisões muito mais políticas do que econômicas”, disse a presidente do comitê científico do PBMC, Suzana Kahn Ribeiro.

O estudo mostra que o Brasil, em 2010, reduziu as emissões para 1,25 bilhão de toneladas de dióxido de carbono (CO), em comparação com as emissões de 2,03 bilhões de toneladas em 2005 por causa do êxito no combate ao desmatamento. Entretanto, o documento informa que “após 2020, serão necessárias medidas adicionais de mitigação, devido à tendência de aumento das emissões provenientes da queima de combustíveis fósseis no país”.

“Houve diminuição da emissão de gases de efeito estufa por causa da redução do desmatamento. Isso tem um limite. Estamos atingindo a nossa meta, mas, nas próximas décadas, a redução terá que ocorrer nos setores de energia, transporte e agricultura”, acrescentou Suzana.

Segundo o PBMC, as liberações de dióxido de carbono no Brasil passaram, a partir de 2010, a serem determinadas pelos setores de energia, por causa da queima de combustíveis fósseis, e da agropecuária. As soluções passam pelo uso de energias alternativas, eficiência energética e um padrão de consumo e produção menos intensivo em carbono, que é causador do efeito estufa. Os pesquisadores também destacam que os setores de transporte e indústria são fontes importantes de emissões.

O relatório estima que as emissões do setor elétrico vão aumentar 130% na década entre 2011 e 2021, e aponta que medidas de eficiência energética e o incentivo às pequenas centrais hidrelétricas, às térmicas a bagaço de cana-de-açúcar, e às energias solar e eólica deve ser adotado para mudar o cenário.

As emissões de gases poluentes da agropecuária representam 35% do total do Brasil, “mantendo-se uma tendência crescente”, segundo o estudo. Grande parte das emissões no setor está associada ao produzido pelo rebanho bovino e o manejo das culturas de soja, milho, cana-de-açúcar e arroz que, juntas, ocupam mais de 70% da área cultivada.

“De 1990 a 2005, houve um aumento de 37% das emissões no setor, considerando-se basicamente o óxido nitroso e o metano, fruto não somente do crescimento dos rebanhos e da área plantada, mas também da maior utilização de tecnologias”, diz o texto. Os pesquisadores destacam que a recuperação de pastagens e a expansão de plantios comerciais de florestas são oportunidades de mitigação.

No setor de transportes, de acordo com estimativas para 2020, o transporte rodoviário poderá emitir 60% a mais do que em 2009, alcançando 270 milhões de toneladas de CO2. A redução do uso de transportes motorizados e o emprego de fontes de energia mais limpas, como os biocombustíveis, são algumas das propostas do PBMC.

 

Mais Lidas De Hoje
veja Também
Mossoró Oil & Gas Energy 2025
Centro de Formação Profissional da Universidade Tiradent...
01/12/25
Levantamento Sísmico
TGS inicia pesquisa na Bacia de Pelotas
01/12/25
Etanol
Anidro e hidratado fecham a semana em alta
01/12/25
Petrobras
Com um total de US$ 109 bilhões de investimentos o Plano...
28/11/25
Mossoró Oil & Gas Energy 2025
Oil States marca presença na Mossoró Oil & Gas Energy 20...
28/11/25
Comemoração
Infotec Brasil completa 40 anos e destaca legado familia...
28/11/25
Mossoró Oil & Gas Energy 2025
Petrosupply Meeting realiza 267 encontros e conecta seto...
28/11/25
Gás Natural
Entrega de Gasoduto no Centro-Oeste de Minas Gerais é no...
28/11/25
Internacional
Brasil apresenta avanços em resposta a emergências offs...
28/11/25
Evento
Niterói encerra segunda edição do Tomorrow Blue Economy ...
28/11/25
Mossoró Oil & Gas Energy 2025
Sebrae impulsiona inovação ao aproximar startups do seto...
28/11/25
Gás Natural
Naturgy reforça papel estratégico do gás natural na segu...
28/11/25
Mossoró Oil & Gas Energy 2025
SLB destaca investimentos no Brasil e papel estratégico ...
27/11/25
Internacional
FINDES lidera missão à Europa para impulsionar descomiss...
27/11/25
Mossoró Oil & Gas Energy 2025
Onshore potiguar defende licença mais ágil para sustenta...
27/11/25
Mossoró Oil & Gas Energy 2025
Estudo aponta forte impacto da cadeia de petróleo e gás ...
27/11/25
Geração/ Transmissão
ENGIE Brasil Energia inicia operação comercial do primei...
27/11/25
Petrobras
Navios da Transpetro recebem bunker com conteúdo renovável
26/11/25
Mossoró Oil & Gas Energy 2025
Mossoró Oil & Gas Energy abre edição 2025 com participaç...
26/11/25
Pré-Sal
Shell conclui assinatura dos contratos de concessão na B...
26/11/25
Gás Natural
Concluída a construção da primeira unidade de liquefação...
26/11/25
VEJA MAIS
Newsletter TN

Fale Conosco

Utilizamos cookies para garantir que você tenha a melhor experiência em nosso site. Se você continuar a usar este site, assumiremos que você concorda com a nossa política de privacidade, termos de uso e cookies.