Redação TN Petróleo, Agência Petrobras
As plataformas P-66, P-70 e P-77, localizadas nos campos de Tupi, Atapu e Búzios, respectivamente, começaram a operar com mínima queima de gás no flare, que passa a ocorrer apenas em situações excepcionais de segurança, reduzindo a emissão de gases de efeito estufa (GEE). O flare é o equipamento que tem a função de queimar o gás não aproveitado nas plataformas, de modo a descartá-lo de forma segura. A entrada em operação do sistema de recuperação de gases de flare (FGRU ou Flare Gas Recovery Unit) permite que esse gás retorne para processamento na unidade, evitando a sua queima e a consequente emissão de gases de efeito estufa. O potencial de redução de emissões com o uso do sistema nessas três plataformas é de cerca de 80 mil toneladas de CO2 equivalente por ano.
Além da P-66, P-70 e P-77, a Petrobras iniciará a operação, em 2022, dos sistemas de recuperação de gases de mais oito plataformas nas Bacias de Campos e de Santos.
A utilização do sistema de recuperação de gases de flare é um dos vetores da companhia para a redução das emissões de gases de efeito estufa nas atividades de produção. A iniciativa irá contribuir para que a Petrobras alcance quatro dos seus compromissos de sustentabilidade, previstos no Plano Estratégico: o de redução de 32% de intensidade de gases de efeito estufa nas operações de exploração e produção (E&P) até 2025, o de atingir zero queima de rotina em flare até 2030, o de redução de 40% na intensidade de emissões do metano no E&P até 2025 e o de reduzir as emissões absolutas de gases de efeito estufa em 25% em 2030 em relação a 2015.
“Todos os novos projetos de unidades de propriedade da Petrobras já possuem o sistema de recuperação de gases por padrão e passamos a adotá-lo também na especificação de unidades afretadas. Além disso, com a revisão recente da resolução CONAMA 382, teremos uma nova geração de projetos de plataformas de alta capacidade de produção na configuração all electric, contribuindo ainda mais com a redução de emissões de gases de efeito estufa”, informa Carlos Travassos, gerente executivo de Sistemas de Superfície, Refino, Gás e Energia. A configuração all electric é mais eficiente e permite utilizar menos combustível para a geração de energia na plataforma, já que todos os equipamentos serão acionados por motores elétricos, a partir da energia elétrica gerada de forma centralizada. Na configuração atual, a geração de energia é descentralizada pois são também utilizados compressores que queimam gás natural como fonte de energia.
“Hoje produzimos petróleo com baixa emissão de carbono graças a uma melhoria de quase 50% em nossa eficiência desde 2009. Especificamente em relação ao metano, que é um dos gases que mais contribuem para o efeito estufa, tivemos uma redução de mais de 35% nas emissões nos últimos 10 anos. O uso do sistema de recuperação de gases de flare, entre outras medidas, nos ajudará a perseguir a eficiência máxima, o mais próximo possível de zero”, destaca Viviana Coelho, gerente executiva de Mudança Climática da Petrobras. A companhia busca operar com baixos custos e baixas emissões, o que a permitirá ter competitividade para atuar em cenários de transição energética acelerada e alinhados ao Acordo de Paris.
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