Pré-Sal

ONU pretende ter parte da produção brasileira

Tributo internacional vai variar de 1% a 7% do que for explorado.

Diário do Nordeste
24/09/2012 13:00
Visualizações: 724 (0) (0) (0) (0)

 

Uma nova disputa pelos recursos do petróleo do pré-sal está prestes a começar. A Organização das Nações Unidas (ONU) se prepara para abocanhar uma parte da produção brasileira de petróleo, que vai variar de 1% a 7% do que for explorado entre 200 e 350 milhas náuticas (370,8 km a 648,2 km da costa) - área considerada uma extensão do mar brasileiro, já concedida ao país pelo órgão. O novo tributo internacional, que funciona como "royalties" e será aplicado a toda atividade econômica na região, também começa a ser discutido em outros países, como o Canadá, e preocupa o governo brasileiro.
O Brasil ainda não explora petróleo nessa região - chamada de Extensão da Plataforma Continental, onde o país terá o controle de recursos não vivos -, mas a própria Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), que não se pronuncia sobre essa cobrança, confirma que parte do pré-sal está nessa área.
Conforme a agência, a faixa do pré-sal nessa extensão soma 542 km², ou 0,37% do total já descoberto. Mas especialistas acreditam que o potencial dessa área é muito maior, pois se trata da região menos pesquisada.
Sem estimativas
A bacia de Pelotas, por exemplo, que ainda está sendo analisada, fica nessa região. Assim, não há estimativas dos valores que serão pagos à ONU. A Petrobras não quis comentar o tema.
Segundo a advogada Andressa Torquato, especialista em energia, petróleo e gás, esse debate já está em alta no Canadá, que possui uma expansão marítima semelhante à brasileira.
Ela explica que a taxação da ONU se baseia em uma permissão contida no artigo 76 da Convenção de Montego Bay para que, atendidos determinados requisitos, as nações possam ampliar sua plataforma continental de 200 para até 350 milhas.
Questionamentos
A compensação por essa extensão, porém, gera dúvidas. "Na extração de petróleo na plataforma estendida do Canadá, surgiram questões como quem irá arcar com o pagamento de tais royalties? Governo central, companhias petrolíferas, estados ou municípios? Qual seria a base de cálculo desses royalties? Caberia a dedução?" questiona Andressa Torquato.
A advogada diz acreditar que o tema ainda não está sendo muito debatido no Brasil porque a cobrança deve demorar para começar. Assim como ocorre com os "royalties" brasileiros, os debates estão abertos na ONU.
Uma nova rodada está prevista para acontecer neste ano, em seminário na China. O governo brasileiro participa ativamente das discussões, uma vez que se preocupa com a taxação, que pode afetar a exploração do petróleo, além de outros minérios.

Uma nova disputa pelos recursos do petróleo do pré-sal está prestes a começar. A Organização das Nações Unidas (ONU) se prepara para abocanhar uma parte da produção brasileira de petróleo, que vai variar de 1% a 7% do que for explorado entre 200 e 350 milhas náuticas (370,8 km a 648,2 km da costa) - área considerada uma extensão do mar brasileiro, já concedida ao país pelo órgão. O novo tributo internacional, que funciona como "royalties" e será aplicado a toda atividade econômica na região, também começa a ser discutido em outros países, como o Canadá, e preocupa o governo brasileiro.


O Brasil ainda não explora petróleo nessa região - chamada de Extensão da Plataforma Continental, onde o país terá o controle de recursos não vivos -, mas a própria Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), que não se pronuncia sobre essa cobrança, confirma que parte do pré-sal está nessa área.


Conforme a agência, a faixa do pré-sal nessa extensão soma 542 km², ou 0,37% do total já descoberto. Mas especialistas acreditam que o potencial dessa área é muito maior, pois se trata da região menos pesquisada.



Sem estimativas


A bacia de Pelotas, por exemplo, que ainda está sendo analisada, fica nessa região. Assim, não há estimativas dos valores que serão pagos à ONU. A Petrobras não quis comentar o tema.


Segundo a advogada Andressa Torquato, especialista em energia, petróleo e gás, esse debate já está em alta no Canadá, que possui uma expansão marítima semelhante à brasileira.


Ela explica que a taxação da ONU se baseia em uma permissão contida no artigo 76 da Convenção de Montego Bay para que, atendidos determinados requisitos, as nações possam ampliar sua plataforma continental de 200 para até 350 milhas.



Questionamentos


A compensação por essa extensão, porém, gera dúvidas. "Na extração de petróleo na plataforma estendida do Canadá, surgiram questões como quem irá arcar com o pagamento de tais royalties? Governo central, companhias petrolíferas, estados ou municípios? Qual seria a base de cálculo desses royalties? Caberia a dedução?" questiona Andressa Torquato.


A advogada diz acreditar que o tema ainda não está sendo muito debatido no Brasil porque a cobrança deve demorar para começar. Assim como ocorre com os "royalties" brasileiros, os debates estão abertos na ONU.


Uma nova rodada está prevista para acontecer neste ano, em seminário na China. O governo brasileiro participa ativamente das discussões, uma vez que se preocupa com a taxação, que pode afetar a exploração do petróleo, além de outros minérios.

 

Mais Lidas De Hoje
veja Também
Fenasucro
Na FenaBio, Anfavea afirma que com 100% de etanol na fro...
14/08/25
Dutos
Transpetro investe R$ 100 milhões por ano para ampliar a...
14/08/25
Logística
Super Terminais recebe Selo Ouro e tem inventário de emi...
14/08/25
PD&I
Tecnologia brasileira utiliza inteligência artificial pa...
14/08/25
Energia Elétrica
GE Vernova fornecerá subestação de energia para fábrica ...
14/08/25
Fenasucro
Brasil terá combustível sustentável de aviação disponíve...
14/08/25
Gás Natural
Prorrogada consulta pública sobre Plano Coordenado de De...
14/08/25
Resultado
Gasmig registra crescimento de 8,5% de lucro líquido
14/08/25
IBP
Energia da Evolução: campanha do IBP explica como o petr...
14/08/25
PPSA
Produção de petróleo da União bate novo recorde e alcanç...
14/08/25
Fenasucro
FenaBio estreia com debates sobre etanol, biodiesel, IA,...
14/08/25
E&P
ABPIP leva agenda estratégica ao Congresso para fortalec...
14/08/25
Drilling
Constellation lança chamada para apoiar projetos inovado...
13/08/25
Fenasucro
Durante abertura de uma das maiores feiras de bioenergia...
13/08/25
Transição Energética
Sergipe elabora Plano de Transição Energética e se posic...
13/08/25
Fenasucro
UDOP, associadas e SENAI-SP firmam parceria para formaçã...
13/08/25
IBP
Decisão da Agenersa sobre migração de consumidores para ...
13/08/25
Oportunidade
Com cerca de 300 mil empregos, setor eletroeletrônico mi...
13/08/25
Fenasucro
Abertura da 31ª Fenasucro & Agrocana: setor quer o Brasi...
13/08/25
Fenasucro
Na Fenasucro, ORPLANA fala da importância de consenso en...
13/08/25
Fenasucro
Brasil terá que produzir 1,1 bilhão de litros de combust...
12/08/25
VEJA MAIS
Newsletter TN

Fale Conosco

Utilizamos cookies para garantir que você tenha a melhor experiência em nosso site. Se você continuar a usar este site, assumiremos que você concorda com a nossa política de privacidade, termos de uso e cookies.

22