O ministro da Secretaria Especial de Portos, Leônidas Cristino, iniciou ontem, por Santos, um "tour" nacional para conhecer os portos brasileiros. Trinta dias depois de assumir a pasta, o ex-prefeito de Sobral (CE) decidiu ver de perto a situação portuária no país.
Depois de sobrevoar e navegar pelo canal do maior complexo portuário do país, o ministro anunciou a visita hoje e amanhã dos portos fluminenses do Rio de Janeiro, de Itaguai e Angra dos Reis.
Na semana que vem, o ministro deve ir para Vila do Conde, Santarém e Belém.
Integrante do grupo político dos irmãos Cid e Ciro Gomes, Cristino foi deputado e membro da comissão de Transportes da Câmara.
O engenheiro sucedeu o conterrâneo e economista Pedro Brito -autor de "Muito a Navegar", obra sobre os portos brasileiros. Cristino afirma que leu o livro.
Como o antecessor, Cristino disse não ser técnico em logística portuária, mas se disse "tranquilo" no cargo.
Sobre Santos disse que manterá investimentos para melhorar os acessos ao porto-hoje um crônico problema- e reafirmou intenção de elevar a profundidade do canal de navegação.
Segundo ele, o plano é aprofundá-lo a 17 metros na parte externa e 16 metros na interna. A dragagem feita neste momento vai rebaixar a calha para 15 metros.
SEM POLÊMICAS
O novo ministro evitou polêmicas como tema sobre a manutenção ou não da atual diretoria da Codesp -gestora do porto de Santos- ou as providências em relação a evidências de corrupção no porto de Paranaguá, identificadas pela Polícia Federal na Operação Dallas.
"O governo vai analisar tecnicamente e depois disso vamos discutir", respondeu sobre o destino do porto de Paranaguá. Ele afastou a hipótese se intervenção.