Projeto

Lobão diz que erro nas usinas do Madeira é das empresas

Justificativa apresentada pelo ministro não foi bem recebida pela presidente.

Valor Econômico
14/08/2013 12:47
Visualizações: 612 (0) (0) (0) (0)

 

O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, disse ontem que é responsabilidade dos empreendedores das usinas de Jirau e Santo Antônio, em construção no rio Madeira, o erro do projeto de conexão das hidrelétricas com a linha que vai escoar a energia produzida até a região Sudeste. O ministro ressaltou que, "se houver necessidade", poderá ser aberto processo administrativo que, no limite, pode resultar em penalidade às empresas.
"Os consórcios ganhadores das duas usinas é que são responsáveis e a eles interessa resolver essa questão. Se houvesse redução na geração de energia, o que não vai haver, eles é que perderiam financeiramente", disse o ministro, assegurando que os equipamentos necessários para solucionar o problema já estão sendo encomendados.
A justificativa apresentada pelo ministro não foi bem recebida pela presidente. Dilma Rousseff chamou o ministro Lobão, no fim da segunda-feira, ao Palácio do Planalto e, segundo relatos, a cobrança foi dura e incisiva. A lógica no Planalto é que não interessa quem é o responsável técnico pelo erro. O que conta é que Lobão é o ministro da área e o problema demonstra falta de gerenciamento.
A falha de projeto que limita a geração de energia das hidrelétricas do rio Madeira foi revelada em reportagem publicada na segunda-feira no Valor. Em resposta, o Ministério de Minas Energia divulgou nota à imprensa, publicada na edição de ontem do Valor, com intuito de firmar posição de que "não houve erro" do órgão.
"Os editais de licitação (anexos 1 e 2) das duas usinas determinam que os vencedores do certame deverão obedecer aos procedimentos de rede e demais exigências e orientações do Operador Nacional do Sistema Elétrico", diz a nota.
Além disso, órgão informou que, nos contratos de concessões que foram assinados, "há uma cláusula que estabelece que as usinas hidrelétricas serão operadas na modalidade integrada". No edital de licitação, segundo o ministério, "foram disponibilizados aos agentes quatro relatórios técnicos que tratam do processo de planejamento", o que deveria envolver a instalação do "controle mestre".
"O requisito do GSC (Generator Station Coordinators), que envia informações necessárias ao master control [controle mestre] quanto ao número de máquinas em operação, obviamente só poderia ser, como foi, dimensionado após o leilão do sistema de transmissão para integração do Complexo Madeira, quando da execução do Projeto Básico. Uma vez identificada a necessidade do GSC, os agentes geradores deveriam tomar as providências para cumprimento dos procedimentos de rede", diz a nota.
O ministério não contesta, porém, o fato de que a instalação tardia do equipamento criou uma restrição operacional que não foi apontada em nenhum documento oficial até junho de 2013, apesar de identificada no fim de 2010.

O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, disse ontem que é responsabilidade dos empreendedores das usinas de Jirau e Santo Antônio, em construção no rio Madeira, o erro do projeto de conexão das hidrelétricas com a linha que vai escoar a energia produzida até a região Sudeste. O ministro ressaltou que, "se houver necessidade", poderá ser aberto processo administrativo que, no limite, pode resultar em penalidade às empresas.


"Os consórcios ganhadores das duas usinas é que são responsáveis e a eles interessa resolver essa questão. Se houvesse redução na geração de energia, o que não vai haver, eles é que perderiam financeiramente", disse o ministro, assegurando que os equipamentos necessários para solucionar o problema já estão sendo encomendados.


A justificativa apresentada pelo ministro não foi bem recebida pela presidente. Dilma Rousseff chamou o ministro Lobão, no fim da segunda-feira, ao Palácio do Planalto e, segundo relatos, a cobrança foi dura e incisiva. A lógica no Planalto é que não interessa quem é o responsável técnico pelo erro. O que conta é que Lobão é o ministro da área e o problema demonstra falta de gerenciamento.


A falha de projeto que limita a geração de energia das hidrelétricas do rio Madeira foi revelada em reportagem publicada na segunda-feira no Valor. Em resposta, o Ministério de Minas Energia divulgou nota à imprensa, publicada na edição de ontem do Valor, com intuito de firmar posição de que "não houve erro" do órgão.


"Os editais de licitação (anexos 1 e 2) das duas usinas determinam que os vencedores do certame deverão obedecer aos procedimentos de rede e demais exigências e orientações do Operador Nacional do Sistema Elétrico", diz a nota.


Além disso, órgão informou que, nos contratos de concessões que foram assinados, "há uma cláusula que estabelece que as usinas hidrelétricas serão operadas na modalidade integrada". No edital de licitação, segundo o ministério, "foram disponibilizados aos agentes quatro relatórios técnicos que tratam do processo de planejamento", o que deveria envolver a instalação do "controle mestre".


"O requisito do GSC (Generator Station Coordinators), que envia informações necessárias ao master control [controle mestre] quanto ao número de máquinas em operação, obviamente só poderia ser, como foi, dimensionado após o leilão do sistema de transmissão para integração do Complexo Madeira, quando da execução do Projeto Básico. Uma vez identificada a necessidade do GSC, os agentes geradores deveriam tomar as providências para cumprimento dos procedimentos de rede", diz a nota.


O ministério não contesta, porém, o fato de que a instalação tardia do equipamento criou uma restrição operacional que não foi apontada em nenhum documento oficial até junho de 2013, apesar de identificada no fim de 2010.

 

Mais Lidas De Hoje
veja Também
Etanol
MG deverá colher 77,2 milhões de toneladas de cana na sa...
28/04/25
Bunker
Petrobras e Vale celebram parceria para teste com bunker...
25/04/25
Pessoas
Thierry Roland Soret é o novo CEO da Arai Energy
25/04/25
Combustível
ANP concede autorização excepcional para fornecimento de...
25/04/25
Sísmica
ANP aprova aprimoramento de normas sobre dados digitais ...
25/04/25
RenovaBio
Regulação do RenovaBio trava o mercado e ameaça metas de...
25/04/25
Bacia de Santos
Oil States do Brasil fecha novo contrato com a Petrobras...
24/04/25
Oportunidade
Últimos dias para se inscrever no programa de estágio da...
24/04/25
ESG
Necta Gás Natural reforça compromisso com princípios ESG...
24/04/25
Investimentos
Bahia vai receber fábrica de metanol e amônia verdes e o...
24/04/25
Pré-Sal
Parceria entre CNPEM e Petrobras mira uso do Sirius para...
24/04/25
Meio Ambiente
Porto do Açu e Repsol Sinopec Brasil assinam acordo para...
23/04/25
Combustíveis
Gasolina em Alta: Como o Preço do Petróleo e do Dólar In...
23/04/25
Diesel
Após reajuste da Petrobras, preço do diesel volta a cair...
23/04/25
Energia Elétrica
Neoenergia vende 50% de Itabapoana Transmissão
23/04/25
Combustíveis
Abastecimento de combustíveis: ANP debate atuação de órg...
22/04/25
Startups
Concluída a avaliação das startups que se inscreveram na...
22/04/25
Etanol
Hidratado recua após duas semanas em alta; Anidro fecha ...
22/04/25
PPSA
União teve direito a 131 mil barris de petróleo por dia...
18/04/25
PPSA
União teve direito a 131 mil barris de petróleo por dia...
18/04/25
BRANDED CONTENT
O avanço da exploração offshore no Brasil e os bastidore...
17/04/25
VEJA MAIS
Newsletter TN

Fale Conosco

Utilizamos cookies para garantir que você tenha a melhor experiência em nosso site. Se você continuar a usar este site, assumiremos que você concorda com a nossa política de privacidade, termos de uso e cookies.

22